Vale o que está escrito!
Reputo que o "jogo do bicho" - embora tolerado pela sociedade - é um daqueles, pequenos ilícitos, que vão sendo descartados como prioridade pela polícia, ministério público e justiça, para depois tornarem-se objeto do crime organizado. Isso também ocorreu com o contrabando, uso de substancia tóxica, ultraje ao pudor público (urinar nas ruas e estradas) e outros mais. Parece que ninguém leva em consideração que o "jogo do bicho", tal qual o tráfico de drogas, alicia jovens sem qualificação profissional e/ou emprego, utilizando-os para realizar a arrecadação das apostas junto aos "pontos" e/ou "cambistas", transportando o material em motocicletas geralmente conduzidas de forma imprudente e perigosa. Depois de algum tempo, realizando - ou praticando, esse tipo de conduta mediante pagamento compensador, esse jovem não se sujeitará mais a um trabalho regular e honesto. Logo depois, como numa ascensão profissional, passará da coleta de apostas do "jogo do bicho" para o tráfico de drogas e daí para outras intervenções mais ousadas no mundo do crime.
Acabei me perdendo no discurso e derivei do foco da minha análise. Queria dizer, de forma clara e objetiva, que o "jogo do bicho" somente obteve essa tolerância da sociedade e credibilidade junto aos apostadores por levar a sério a regra "vale aquilo que está escrito" - ainda, que nem sempre! Recentemente, o presidente da república - Luiz Ignácio - ao contrário dos "banqueiros do jogo do bicho" desconsiderou essa regra básica da contravenção - e, fundamental para regular a vida em sociedade através das leis - revogando-a na prática, quando afirmou em rede nacional de televisão; "eu demiti o Zé Dirceu e o Palocci". Mentira ! O Diário Oficial da União publicou e a imprensa brasileira repercutiu que ambos foram exonerados - a pedido. Repito, mentira das mais desvaladas. Não honra o que está escrito nenhum "cambista ou bicheiro" admitiria, mas foi ouvida pela pronúncia - um pouco inaudível, é verdade ! - do presidente da república, na busca de sua reeleição.
Há que se considerar ! Não foi a primeira e muito menos será a última impropriedade que Luiz Ignácio está tentando nos impor!
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