segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Vai correndo senador!

Já havia aventado essa possibilidade tão logo o governo brasileiro emitiu as primeiras notas sobre a fuga do senador Molina, da Embaixada Brasileiro em La Paz. No entanto, diante da fúria da "presidente petista", manifestada nos seus últimos pronunciamentos - aliada aos atos assinados pelo novo ministro das relações exteriores, exonerando o  embaixador e o ministro conselheiro, parece que antes mesmo da aprovação do seu nome pelo plenário do Senado da República, o político boliviano corria sérios riscos em permanecendo no território brasileiro.  O "petismo" em geral tem manifestado repúdio à entrada do senador Molina no território brasileiro. Definitivamente, apesar de acolhido como asilado, Molina tornou-se persona non grata diante do nosso governo. Diante da postura do governo petista e do seu comportamento em situações similares (vide o caso dos boxeadores cubanos), não e de se estranhar se o Governo Brasileiro aceitar o pedido de extradição do governo boliviado e entregar (encaixotado como encomenda) o político boliviano, com um agrado ao presidente do país vizinho. Resta então ao senador Molina refugiar-se o mais rápido possível, na embaixada de outro país reconhecidamente democrático - preferência EUA. Canadá ou país Europeu. Pelo sim, pelo não, sua segurança estará preservada e seu gesto desnudará de vez o arremedo de democracia que grassa nos países desta parte subdesenvolvida da América do Sul.

A sina do Rio de Janeiro!

Ao contrário de outros estados, o Rio de Janeiro, nas últimas décadas, não tem conseguido superar a mediocridade de seus governantes. Agora, salvo algum incidente de percurso, o petismo , pela primeira vez, terá a governança daquele estado brasileiro através de um ex-presidente da UNE. Não é boa coisa, seu passado não o recomenda. Mesmo que sua passagem pela prefeitura de Nova Iguaçu tenha sido marcada pela falcatrua e manipulação inidônea do dinheiro público - pelo menos é o que revela os processos judiciais que responde, por improbidade administrativa e outros ilícitos - no momento ele se apresenta como imbatível. A única opção das correntes oposicionistas seria Gabeira, que na última eleição apresentou boa performance  - mas o jornalista já descartou, seu retorno às redações está rendendo bons frutos e tranquilidade. Diz estar cansado e, mais do que isso, decepcionado com a forma de se alcançar um mandado e os péssimos hábitos de seus detentores. O atual governador desabrochou antes de concluir seu segundo mandato - não alcançou a primavera, murchou e secou por falta solidez em seus projetos, enfim perdeu o viço. Ainda assim, achou um meio (contando com o "menino do rio" no STF e da mineira sonhadora imperdenidade da praia de Guarapari) de auferir vantagem na arrredação dos royalties, em detrimento dos demais Estados da Federação; Garoto experto, mas acabou sapecado na fogueira da vaidade e da própria arrogância. A última esperança dos cariocas seria a Lei da Ficha Limpa atuar contra o ex-presidente da UNE e assim livrar o Estado do Rio de Janeiro de mais um desatino, ou seja, o "aparelhamento" de seus órgãos administrativos e a continuidade dos saques a seus cofres, desta vez em operações do tipo "mensalão" - Definitivamente o povo fluminense não merece  - e  ficar a mercê do "Pezão" também não!

Tercerização equivocada

O instituto de terceirização de serviço, suponho fruto da brisa liberal que felizmente grassou por nossa paragem, quando bem bem realizado, em geral traz benefícios tanto ao contratante como à empresa ou cooperativa contratada - por sinal, o Congresso Nacional está discutindo a implantação de uma legislação moderna e específica sobre o assunto. Enquanto isso, pelo que me é dado observar, essa relação é disciplinada pelas regras do Código Civil (no que diz respeito aos contratos e responsabilidade civil) e Consolidação das Leis Trabalhistas - no entanto, em qualquer situação a responsabilidade é sempre solidária das partes envolvidas no contrato. Por essa razões as cláusulas contratuais haverão de ser claras e do conhecimento de todos os envolvidos. Lamentavelmente não é o que vislumbramos nesse simulacro de "terceirização" - que o governo petista está ultimando para trazer médicos cubanos.

Antes, é bom deixar claro que a ninguém, em sã consciência, haverá de ser contra o concurso de mais profissionais da medicina para atender, mormente as regiões mais carentes e isoladas do país - depois, esperamos poder contar com melhores instalações, recursos condizentes, remuneração justa e condições de trabalho em segurança. Retornando, lembro que esse contrato, curiosamente, é realizado entre três partes - nessa conta não entra o profissional envolvido. Segundo, por sua origem e volume de médicos envolvidos (4.000), fica difícil estabelecer a qualificação desses profissionais sem uma avaliação específica, inadmissível desconhecer se concluiram o curso de medicina, nesse caso, a caretirinha apenas não vale, tampouco ignorar o seu currículo escolar e também conta a experiência profssional acumulada.

Observem que os médicos oriundos de outros países, ao que tudo indica, não estão recebendo as mesmas restrições - certamente pelos motivos opostas Terceiro, como receber um prestador de serviço do qual desconhecemos a sua remuneração - não vale fazer proselitismo político/sociológico, como ouvimos da vice-presidente de Cuba. Um escárnio à nossa inteligência! Apenas para exemplificar, na hipótese de uma empresa ao terceirizar os serviços de portaria e limpeza de suas instalações, um dos contratos mais comuns, acompanhado da vigilância e segurança - por certo o empresáŕio, através da área específica, não deixará de acompanhar a avaliação da seleção, qualificação do profissional e suas  condições de saúde. Não custa lembrar julgados que responsabilizaram a empresa/contrante por
descumprimento, não só das regras trabalhistas, como também da responsabilidade civil. Por isso ignorar os salários do empregado é de leniência suoimpa - como diria Roberto Jefferson, isso para não ferir 
suscetibilidades.  E atentem:- ainda não foi ventilado o risco do retorno do "foquismo", através da manipulação dessa massa carente, pouco instruída e abandonada pela inércia de nossos governantes - com mensagens inverídicas sobre o regime socialista do país onde vivem - onde reina a igualdade, gozam de liberdade, usufruem de moradia digna, pleno emprego, conforto de uma vida social estável e que estão aqui apenas para ajudar os desassistidos e explorados pelo regime capitalista injusto. Ficaremos atentos - apenas lamentando que a imprensa brasileira tende a capitular e se entregar ao "canto da sereia"!

Na verdade, o (s) mesmo (s), com certeza

Admito que teria dificuldade, assim de sopino, em definir a classe e função gramatical de cada umas das expressões que dão nome ao título. Mesmo assim ouso afirmar sem hesitação que o seu uso, de forma indiscriminada, sem qualquer racionalidade ou exigência do texto ou do discurso, significa não só adesão ao "lugar comum", como também ausência de vocabulário mais extenso e de um mau gosto descomunal. Mesmo a conversa coloquial entregue amigos e familiares não suporta vício dessa natureza, mas a situação se torna intolerável - e até certo ponto inaceitável - quando o vício grassa pela mídia, tanto através da palavra escrita como nas falas de jornalistas, analistas políticos, economistas e por aí a fora. Há de se reconhecer afronta à forma correta de escrever e falar, além de sugerir aos incautos que o emprego dessas expressões poderia dar status e demonstrar alguma erudição.

Observo que o vocábulo "o mesmo", tanto no singular como no plural, passou a pulular no nosso cotidiano, a partir da fala e da escrita dos agentes policiais - os boletins de ocorrências e entrevistas o repetem com uma frequência despropositada, sem conseguir tornar mais clara a comunicação. Mas seu uso por um magistrado - juiz do caso Nardoni - ao ler sua sentença, causou mais apreensão, por não ter economizado o uso de "o mesmo" ou "os mesmos" no seu extenso relato e decisão. Talvez tentasse tornar o seu texto mais claro e objetivo - definitivamente não conseguiu, apenas mostrou insegurança e hesitação, possivelmente algum vício de origem.

Já "na verdade", suponho que seu emprego vise estabelecer, quase de maneira absoluta, que a premissa levantada é real e verdadeira, quando na realidade apenas tenta desenvolver um raciocínio lógico sobre o assunto - nada mais vazio para tentar convencer o leitor ou ouvinte de que a sua exposição (e conclusão) estão corretas.

Quanto ao "com certeza", seu uso procure refletir a segurança que de fato não existe ou está capenga, na exposição do seu autor - em geral está apenas reproduzindo argumento colhido aqui e ali, na maioria das vezes infundados.

Assim, resta apelar para a revisão crítica de eventuais leitores - assim como fizeram osd partidos comunistas de então. Enfim, penso que podemos refletir e concluir que o uso indiscriminado de expressões - consideradas da moda - não só denota carência de vocabulário, como também ausência de autocrítica e adesão a qualquer modismo que apareça por aí, além de se tratar de um vício de linguagem, diante da sua reiteração.

É lamentável!

Saboia nosso guardião

Nesses tempos obscuros da nossa Relação Exterior, onde o Itamaraty atende o viés "progressista" dos últimos governos brasileiros, não podemos deixar passar em branco a ação do jovem diplomata - Ministro Eduardo Saboia, por ocasião da transferência do senador boliviano senador boliviano Roger Pinto Molina. Não se trata apenas de um ato de coragem e desapego com a estabilidade do seu cargo - vai mais longe - encontramos neste episódio a demonstração do caráter e compromisso de um servidor vocacionado para atender, prioritariamente, o interesse público e humanitário, privilegiando a liberdade individual.

No Itamaraty devem existir outros Saboia, talvez sem a disposição de enfrentar situações extremas como esta e decidir - sem hesitar e decidir em favor da saúde e liberdade de um senador, eleito por seu povo e que se apresentava como opositor de um governo antidemocrático, perseguidor de seus adversários, incluindo empresas estrangeiras, sem sofisma ou disposição para um entendimento democrático. Devemos acuir que a situação era extrema - o cidadão boliviano acolhido na Embaixada do Brasil, como asilado político, há mais de quinze meses aguardava
por um "salvo-conduto" - alcançado pela força moral e coragem pessoal de um jovem diplomata.

Haveremos de nos orgulhar de Eduardo Saboia, diplomata de carreira, que colocou em xeque sua carreira e a fúria do "petismo desgovernado". Por onde anda o senador Suplicy ou como dizia Paulo Francis, nosso "Modagon", que não se manifesta em favor do asilado e, particularmente, do seu protetor e caucionador da sua liberdade.

O "Canto" tem novo personagem

Depois das siriemas, quatis, gralha azul, pombas rajadas de grande porte, apareceu um espécime de Irara - animal silvestre, próximo do guaxumin e da ariranha, o corpo aproxima-se de 1/2 m., mas com a calda longa pode chegar a um metro, a cabeça é grande em relação ao corpo, cinza escuro, próximo da cor preta. Os vizinhos vinham reclamando do abate de galinhas, cujas carcaças eram abandonadas. No último final de semana, os cachorros, como de costume, latiam na mata - logo depois desciam perseguindo a caça, bem próximos mas sem coragem de atacá-la. Ao chegarem nas proximidades do rio, felizmente abandonaram a perseguição. Parece que a Irara dissimula seu predador através da urina, de cheiro forte, sobrepõe ao seu odor característico. Come ovos, sangue e mel - consta que está em extinção. Assim, vamos colecionando, cada dia mais um espécime, da fauna e da flora silvestre -  além dos animais domésticos, é claro!

Gylmar, uma lenda!

Realmente preocupante o estado de saúde do nosso querido Gylmar dos Santos Neves, referência para os goleiros brasileiros - por sua técnica refinada, elegância, plasticidade nas defesas e longevidade como guarda-meta do Jabaquara, Corinthians, Santos e, particularmente, na Seleção Brasileira. Atente que ele teve o Castilho e o Veludo, como sombras, ambos goleiros do Fluminense, como reservas de luxo. Seu tipo de galã e atitudes serenas (salvo aquela corrida contra o Maurinho, jogador do São Paulo, que o teria provocado perguntando qual canto que queria a bola - imagine!) provocavam o coração e sentimentos das garotas sonhadoras. Lembro que seu casamento com uma moça da colônia sírio-libaneza, integrante da alta sociedade paulistana, foi noticiado com destaque pela revista "O Cruzeiro", maior tiragem da época, que lhe reservou a capa. Como corinthiano, lamentei sua transferência para o rival da baixada santista - lugar de origem, pelo menos futebolisticamente. Também acompanhei suas análises, serenas como seu temperamento, que emitia sem hesitação e com acuidade técnica, quando de sua participação em programas esportivos. Após deixar os gramados, tive a alegria  de encontrá-lo pessoalmente,  em apenas uma oportunidade - algum tempo atrás no Pão de Açúcar, do Guarujá. Já na cadeira de rodas, aguardava seu vigilante cuidador realizar compras.

Um pouco constrangido aproximei-me e pedi licença para me dirigir a ele - sem hesitar, abriu aquele sorriso largo e me estendeu a sua longa  mão esquerda, onde obsersei  seus dedos, também longos, exibindo as marcas de sua atuação como goleiro. Como ele foi minha referência na infância e adolescência, tive a ousadia de mostrar-lhe o cotovelo, para comprovar que também carregava vestígio de minhas aventuras como goleiro de futebol de salão, já que meu 1,68 m de altura não permitiram que me aventurasse na saga do meu ídolo. Gylmar voltou a sorrir e eu, respeitosamente, me despedi, falando da honra de encontrá-lo e desenjan-lhe saúde e longa vida. Mais adiante, ainda na minha estada no Guarujá, constatei que éramos vizinhos e assim pude observar em várias manhãs, sua esposa ainda uma bela mulher, caminhando pela praia e parar para saudar seu esposo, confortavelmente sentado na varanda de seu apartamento. Sinto-me privilegiado e por isso reitero meus votos de saúde e longa vida ao nosso "Girafa" - apelido que define bem sua postura.

Presidente da Vale mostra desinteresse pela MMX

No mínimo intrigante a manifestação do presidente da  Vale ao afirmar desinteresse pela MMX. Mesmo porque as instalações, equipamentos, jazidas e exploração relacionadas com a empresa controlada pelo famigerado grupo "X" compõe o portifólio da maior mineradora brasileira. Neste momento em que a MMX passa por dificuldades financeiras, decorrentes particularmente pela gestão temerária do seu controlador, revela menosprezo ou disposição de adquiri-la mais adiante, quando estiver em mãos de outros controladores - preferencialmente de estrangeiro - quando então a "negociata" pode ser estabelecida. Mais ou menos como aconteceu com a Refinaria comprada pela Petrobrás, na gestão do "petista" Gabrielli, em Passadina, na Califórnia - EUA.

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