domingo, 31 de dezembro de 2006

DOSSIÊ VEDOIM - É O RIOCENTRO DO PT

Os dois episódios atentaram contra o regime democrático. O atentado no Riocentro, onde militares do exército viram explodir a bomba que manipulavam para provocar uma tragédia durante um show popular. Enquanto, os petistas foram surpreendidos e presos na posse de uma "montanha de dinheiro" - de origem ilícita - com a qual pensavam comprar um dossiê incriminando os políticos do PSDB com o escândalo dos sanguessugas. Nas duas ocasiões o objetivo era influir no caminhar da democracia brasileira - no riocentro, um atentado daquela ordem poderia muito bem ser conferido ao movimento de esquerda e com isso prolongar a estada dos militares no poder; já no caso da compra do dossiê vedoim, os petistas buscavam igualmente desmoralizar a oposição ao governo federal, facilitando a reeleição do atual presidente e favorecendo a vitória do PT no governo paulista. Apesar das evidências, os inquéritos relacionados com os dois episódios tiveram o mesmo destino - nada apuraram, por manifesta disposição de manipular o seu resultado. Pelo resultado das investigações, tanto em um, como no outro, o governo federal ficou isento de qualquer responsabilidade pelo ocorrido. Embora houvesse, carradas de elementos para envolvê-los nas duas lamentáveis ocorrências. Como diria Sherlock Holmes - elementar meu caro WATSON! Em ambos, caberia apenas indagar: a quem interessava o resultado do crime ?

sábado, 23 de dezembro de 2006

FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO

Acabei de ser alertado pelo organizador do blog sobre a conveniência de deixar uma mensagem de final de ano para os leitores - assíduos e eventuais - que registraram o número expressivo de dois mil e setessentos acessos durante 2006.

Confesso que o tema não me apraz. Tenho alguma dificuldade de felicitar as pessoas sobre o natal e o ano novo. Não que seja insensível ao espírito natalino e da passagem de ano. Apenas tento não confundir esse sentimento com sua exploração, principalmente comercial. Toda e qualquer afetividade podem e devem ser demonstrada em qualquer momento. A oportunidade não deve ser estabelecida pelo calendário, mas sim pelos nossos sentimentos - sendo imprescindível a sua espontaneidade.

Portanto, quero desejar aos meus leitores um natal - como outras datas importantes da vida de cada um - completo pela paz de consciência e harmônia, sempre que possível, com seus circunstantes. E que no ano novo, tenha possibilidade de conduzir a sua vida com dignidade na busca de seus objetivos e realizações, que podem ser pessoais, coletivos e até mesmo de terceiros.

Com esses propósitos, voltaremos a nos encontrar - ou não !

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Gerente foi feito para ser desautorizado

A expressão é antiga, mas oportuna para justificar a maneira como o presidente da república afronta os seus ministros - principalmente o Mantega. A discussão sobre o novo salário-mínimo evidenciou a forma de seu conduzir do chefe do executivo. Logo depois das eleições, o governo anunciou o reajuste valor do salário mínimo em 367 reais - correspondendo apenas à reposição da inflação do período. Depois os petistas sugeriram 375 reais. O ministro da fazenda, inadvertidamente ou não, veio a público dizer que não concordava. Agora, diante das centrais sindicais, o ministro do trabalho - certamente, autorizado pelo presidente - concordou com o valor de 380 reais. Nisso, o ministro Mantega - mais uma vez - engole sapo e declara não se sentir desautorizado. Se resume em subserviência explícita. Já que o presidente admite que não leu Maquiavel, então deve ter assimilado o diretor da empresa tratar o chefe da seção onde trabalhou - ainda que por pouco tempo !

Benefício para 47 presos - alcança menos de 3 % da população carcerária

É preciso desmistificar alguns procedimentos adotados pela política penitenciária brasileira. Um deles é a concessão de benefícios nos finais de ano. Tornou-se regra e a expectativa do benefício, não só contribui para a boa administração carcerária, como também estimula o preso ao bom comportamento e obediência às regras internas do presídio. Entra ano e sai ano, quando se aproxima desta data, alguns membros do ministério público e uma corrente da imprensa nacional insurgem contra a medida, sempre denunciando que haverá uma avalanche de criminosos invadindo as nossas cidades. Evidente, que alguns condenados - pelo perfil criminológico, manifesta tendência para o crime - haverão de reincidir na prática delituosa. É o risco de vivermos sob regras democráticas, onde a lei vigente alcança a todos indistintamente. Mais uma vez, assistimos o benefícios - saída de final de ano / indulto de natal - alcançar apenas 47 anos sentenciados de um universo de 1.500 presidiários. Corresponde a menos de 3 % da população carcerário do CDP de Piracicaba. Certamente, a maioria não ficará em nossa cidade, deverá se dissiminar entre mais de uma dezena de cidades da região e capital do Estado de São Paulo. A exploração do sentimento de medo da população, novamente fica desmascarado por se fundar em mera falácia dos seus propagadores. É a visão do profissional que passou metade da vida combatendo o crime e prendendo criminosos.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Mais do mesmo também na Polícia Civil

O "Estadão" publicou hoje as mudanças introduzidas na Polícia Civil pelo novo governo do Estado de São Paulo. O delegado Jordão, indicado para ocupar a DGP, marcou sua gestão à frente da seccional / centro pela descoberta de uma delegacia clandestina que funcionava defronte ao prédio da sua repartição. A transferência do delegado Godofredo do DEIC para o Deinter / São José dos Campos, revela mais um desagravo. Na década de 80 (ou início de 90), Godofredo, então seccional de Taubaté, foi recolhido e mantido na NASA a pedido do então deputado Robson Marinho - expressão política do Vale do Paraíba. O Deinter / Santos vai ser dirigido pelo delegado Waldomiro, cujo perfil é semelhante ao do seu antecessor Tanganelli - até mesmo a origem de ambos é a mesma. No interior, Bicudo - em Campinas; Anivaldo Registro - Ribeirão Preto; Mestrinho - em São José do Rio Preto; Annibal - em Bauru, Urdiales - em Presidente Prudente e Cleber - em Piracicaba, foram mantidos. Aguardam-se mudanças - ou não ? - no Detran, Denarc, DHPP, Decap e Demacro. Talvez por isso, a Polícia Civil venha assistindo, nos últimos anos, a diminuição de suas atribuições. Sendo, portanto,
natural que suas lideranças não traduzam a mesma expressão e nem demonstrem capacidade de interferir nos destinos da corporação.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Advogados dos pilotos americanos - atuam fora dos tribunais

Os advogados dos pilotos Legacy - para exibir empenho e eficiência - podem dispensar o questionamento público da atuação do delegado da PF. Estão cansados de saber que o inquérito policial é mera peça informativa e de caráter administrativo. Os simples indiciamentos dos pilotos podem ser impugnados via HC - é o instrumento legal para coibir a coação ilegal que julgam estar os dois pilotos americanos a sofrer. A imprensa pode até ser um meio a ser utilizado para tornar pública a irresignação e criar um ambiente favorável aos indiciados - tornando-os, adredemente inocentes. Parcialmente, já obtiveram êxito nessa estratégia, mas foi a Justiça que liberou os passaportes permitindo que deixassem o território brasileiro. Evidente que a justiça brasileira - no estreito campo da legislação penal - jamais os alcançará, simplesmente por se tratar de cidadãos americanos, agora no território de sua nacionalidade. Então o comportamento dos advogados - ilustres e consagrados profissionais - deixa apenas antever que estão querendo exibir seus dotes e prestígios pessoais, certamente para justificar a justa e merecida remuneração pelo serviço prestado. Por outro lado, colocam em evidência a figura do delegado de polícia, que de outro modo não teria como usufruir dessa projeção profissional. Portanto, a discussão é equivocada, exclusivamente por acontecer em ambiente inadequado e sob patrocínio de interesses não confessados !

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Enfim, um Oliva como ministro da guerra

Já houve tempo que as três armas - exército, marinha e aeronáutica - ficavam subordinadas ao Ministério da Guerra. Posteriormente, cada área dispôs do respectivo ministro. Mais recentemente, por força de injunções internacionais, o Brasil criou o Ministério da Defesa, tentando fazer crer que o poder militar estará sempre subordinado ao poder civil - como se isso fosse possível obter através de um texto legal. A partir de então sucederam-se uma série de ministros da defesa. Todos, sem exceção, com expressivo currículo político / administrativo, mas nenhum deles conseguiu se firmar como líder inconteste - na acepção mais abrangente do termo - das três armas da república. Essas administrações se sucederam sem que houvesse qualquer evolução na relação - digamos, sensível - entre o poder civil e o poder militar. Os ministros da defesa viveram esses momentos, assim como uma "rainha da inglaterra" - apenas reinaram. Agora ouço e leio sobre a possibilidade do senador Aloizio Mercadante Oliva ser investido como Ministro da Defesa, em substituição ao desastrado Waldir Pires. Sabe-se que o senador Mercadante é oriundo de uma dinastia de militares. Seu pai, general Oswaldo Muniz Oliva foi atuante no movimento de 31 de março e teve participação preponderante nos anos do governo militar. O irmão Osvaldo Oliva Neto, atualmente no posto de coronel do exército, ocupa alto cargo na administração federal e já atuou como intermediário entre o chefe do exército e o presidente da república - ignorando o ministro da defesa. Portanto, o senador Aluízio Mercante Oliva, embora tenha buscado por décadas omitir o seu lado militar, por seu histórico familiar desenha o perfil adequado para exercer de forma efetiva o cargo de ministro da defesa. Aliás, poderá inclusive recuperar o feitio original desse ministério, nos moldes do antigo ministério da guerra e reagrupar as três armas sob um comando
único. Enfim, para gáudio da família, teremos um Oliva como Ministro da Guerra !

A crise na UNIMEP

O editorial do JP foi feliz ao expor para discussão pública a crise administrativa da UNIMEP. Tanto a universidade, como o Instituto Piracicabano de Ensino - como entidade mantenedora - são instituições relevantes para a área da educação / ensino da cidade e região. Contudo, seria oportuno o registro, que o centenário IPE - como entidade privada - funciona há mais de cem anos, sempre prestando serviço de qualidade e sem subvenção do poder público. Então, neste momento de crise e dificuldades econômico / financeiras - que colocam em risco o seu funcionamento - há que se permitir que sua direção e a organização religiosa que a orienta - continuem a conduzí-la com as mesmas regras impostas à atividade privada. Se rigorosas e insensíveis ao interesse individual ou de grupos - havendo de respeitar sem as leis e preservar os direitos - certamente terão de acontecer, diante do interesse maior, que é a preservação da UNIMEP como instituição. O JP vem acompanhando e elencando as medidas administrativas adotadas pela atual gestão, com destaque para sua repercussão social e resistência dos atingidos, mas em nenhum momento foi lido ou ouvido alguma outra sugestão que pudesse ser adotada - neste momento - para amenizar ou solucionar a grave crise da Universidade Metodista de Piracicaba. A coragem, abnegação e disposição administrativa do reitor Davi Barros - atuando com transparência e publicidade, já que tem vindo a público justificar as medidas adotadas - há que serem respeitadas, porém discutidas e confrontadas com outras alternativas viáveis. Desde que sérias e isentas de corporativismo ou interesses menores !

Dilma foi tarefeira - não é mais . . .

O texto "O mito da administradora", da Dora Kramer, como diziam lá no interior, "tocou na ferida". O mito criado em torno da figura de Dilma Roussef - como de outros militantes de esquerda - transformou essas pessoas em gestores capazes de desempenhar os mais diferentes cargos na política e administração pública. Somente não os vejo, com a mesma freqüência, atuando com desenvoltura na iniciativa privada - salvo quando privilegiados pelo poder público. A eventual coragem, obstinação, altivez e alguma firmeza de atitude - alguns usam termos menos elogiosos - demonstradas durante a militância política / resistência armada atribuíram a essas pessoas qualidades que muitas demonstraram não possuir. A ministra Dilma - por sua rudeza no trato, já foi apelidada de "dama de ferro" - acabou tendo seu perfil de boa administradora desmistificado, como bem lembrou a colunista. Ao contrário do que acontecia na luta armada, a jornalista lembrou que nem mesmo como tarefeira, Roussef conseguiu desempenhar o seu papel com coragem e obstinação. Apenas restou a altivez e firmeza na atitude para se desvencilhar da pergunta embaraçosa sobre sua responsabilidade governamental pela crise na aviação brasileira. Ao contrário do movimento revolucionário, onde apenas cumpria missões - ainda que relevantes e de alto risco - as dificuldades de criar, gerir e fazer acontecer situações nas mais variadas áreas da administração pública ( e da política nacional ) revelou que não bastam as qualidades de militante para torná-la uma ministra competente. Isso já havia acontecido com seu antecessor - e os mitos vão caindo. Felizmente !

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Petismo, tenta inovar - mas apenas repete a fórmula

Puro jogo de cena - o Cesar Maia falava em "factóide" - é o que o petismo vem empregando como estratégia política. Antes foi o pseudo apoio ao mineiro Paulo Delgado para a vaga no TCU - o deixaram segurando na "brocha". Sua postura isenta e correta não era conveniente. O propósito era apenas desmoralizá-lo - como relutava em deixar o PT, acabou desmoralizado. Agora, na forma de dissimulação, sugerem a candidatura de Arlindo Chinaglia para presidente da Câmara dos Deputados. Outro jogo de cena - sabem de antemão da rejeição ao petismo. Agem assim, com o propósito de fazer migrar para a candidatura do comunista Aldo Rebelo os votos oposicionistas. Com isso, acabam elegendo a candidatura favorita do Palácio do Planalto - sem contestação. O governo prefere Aldo Rebelo na presidência Câmara dos Deputados que qualquer petista mais voluntarioso que vai lhe causar problemas - o comunista já demonstrou que sabe ser sorrateiro, sem perder a utilidade !

sábado, 9 de dezembro de 2006

Um país engessado

Não saberia dizer se o STF agiu corretamente ao julgar inconstitucional a cláusula de barreira imposta aos partidos políticos. Apenas entendo como mais uma representação do engessamento do país - em cima pela Constituição de 1988 e por baixo pela conduta espúria dos políticos e de uma administração pública ineficiente e corrupta. Os membros do Poder Judiciário, em particular os ministros do Supremo Tribunal Federal, agem como pretores de uma sociedade refém de um feixe de regras constitucionais e leis infra-constitucionais contraditórias e muitas vezes inaplicáveis, no conjunto do ordenamento jurídico. Abaixo, praticamente no submundo, onde atuam os políticos e os altos escalões da administração pública, a sociedade se vê rendida pela manipulação do poder, malversação do dinheiro público e total desinteresse pela boa administração. Os primeiros - como todo bom pretor - sempre encontram meios para aplicar o direito, segundo um entendimento enviesado e muitas vezes esdrúxulo para compreensão do brasileiro médio. Em outros momentos, não agem com o mesmo rigor e tampouco com a mesma compreensão extensiva, mormente quando levados a apreciar a conduta de detentores de mandato popular. Regra geral, são benévolos e tolerantes. Novamente, confrontam-se com a percepção do cidadão responsável e cumpridor dos seus deveres. Ficamos então nesse impasse - fazendo lembrar a propaganda do biscoito ou, então ao locupletemos todos - o que é pior !

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

Absurdo - é a existência de Casa Militar em Governo Estadual

Leio que o governador eleito José Serra concluiu seu secretariado. A única exceção foi a Casa Militar, cuja indicação caberá ao Ronaldo Marzagão, futuro secretário da segurança pública. Fui levado a refletir:- como justificar a existência de gabinete militar, em área governamental que não dispõe de exército, marinha ou aeronáutica. Diria o incáuto:- mas existe a Polícia Militar, cujo efetivo supera a maioria dos exércitos da América Latina. Mesmo com esse poderio todo não se trata de força militar, na acepção legal do termo. Assim agindo, sabiamente o governador eleito tenta mantê-la subordinada ao Gabinete do Secretário da Segurança Pública, situação até então não vivenciada. Curioso era ver o chefe da Casa Militar, representando a Polícia Militar, reportando diretamente ao Governador. Na prática ignorando sua subordinação com a SSP. Diante da incongruência, para dizer o mínimo, dessa denominação, haveria de ser a Casa Civil desativada ou transformá-la em Casa Policial - eminentemente civil, como regra da administração pública.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Lula e seus interlocutores - lições para perpetuar-se no poder

Em fevereiro de 2006, durante viagem à Africa - ao visitar Benin, Luiz Ignácio admitiu querer aprender com o presidente Mathieu Kérékou como ficar mais de trinta anos no poder. Após a reeleição viajou para a Venezuela, com propósito de levar o seu apoio para o candidato Hugo Chaves, que também buscava reeleger-se. Agora, recebe a visita do presidente venezuelano - já reeleito para um novo período de 6 anos. Ainda que não se disponha a tanto, mas a insistência do ex-sindicalista manter relacionamento cada vez mais estreito com governantes longevos, acabará lhe indicando uma fórmula de obter um terceiro - ou, quiçá quarto mandato. Eleitores, beneficiados - eu não disse aliciados - pelo bolsa-família, certamente não haverão de lhe faltar. Resta manter alguma esperança na resistência do Congresso Nacional - nem sempre coeso com os interesses da democracia - e, principalmente com a imprensa nacional, desde que livre !

Paulo Delgado destoa da forma petista de governar

As qualidades do deputado Paulo Delgado, como intelectual e político, são reconhecidas em todas as áreas da política nacional. Evidente que sua indicação para o TCU não atendia os interesses do governo petista. Sua postura de independência e retidão de caráter não se coadunam com o comportamento de seus companheiros de partido. Sendo assim, sua atuação no Tribunal de Contas da União não representaria a certeza de condescendência com os "erros" e "equívocos" da administração petista. Se for para criar caso é melhor dispor de uma pessoa compreensiva e maleável. Certamente, o deputado Aroldo Cedraz, escolhido com os votos do baixo clero, preencherá esse perfil conveniente a um governo que costuma agir à margem da lei e distante das boas regras administrativas. Lamentavelmente, Paulo Delgado - avis rara do petismo - foi abatido pelo fogo amigo. Isso pela segunda vez, já que não conseguiu sua reeleição para a Câmara dos Deputados. Agora, deve-se recolher à sua querida Juiz de Fora, enquanto define seu futuro político - esperamos que encontre abrigo seguro algum outro núcleo que saiba reconhecer e valorize as suas qualidades. Estamos carentes de pessoa com o seu perfil !

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

É lamentável . . .

Há que se lamentar a notícia, hoje estampada em todos os jornais do Estado, dando conta da malversação de finalidade do Centro de Ressocialização de Piracicaba. Certamente, como se tornou praxe nos dias atuais, dirão:- outras unidades também foram mal administradas ou, simplesmente, algumas pessoas incorreram em erros. Não cabe apenas lamentar, que para instalação do centro de ressocialização - da rua São José - a área então pertencente ao patrimônio da Polícia Civil ter sido segmentada. Há que se indignar ! Qualquer outro projeto mais amplo, com vista a abrigar os inúmeros serviços prestados pela corporação, tornou-se inviável. Enquanto isso, assistimos impassíveis a instalação de um presídio no centro da cidade - foi na contramão da contrapartida para construção do CDP no município. É questão de justiça reconhecer que delegado Sérgio Augusto Bastos, então seccional, resistiu bravamente a essa transferência. Durante sua gestão foi inviabilizada, diante dos interesses da Polícia Civil e da sociedade piracicabana. O mesmo comportamento não encontramos nos dirigentes que o sucederam - quer os regionais, como os seccionais. Como inevitável, o imóvel acabou caindo em mãos - pelo visto - descompromissadas com a Segurança Pública. Curioso é ainda registrar, que nas duas últimas décadas a Polícia Civil, ao invés de incorporar imóvel ao seu patrimônio como era de se esperar, face o aumento da demanda pelos seus serviços, acabou assistindo a desmobilização de parte do seu acervo. É deverás lamentável !

Texto do deputado Simões merece comentário ( Diário de Assis)

A versão oficial da relação do presidente com o petismo deve ser destacada pelo governo e por seus companheiros - já foram camaradas. Felizmente, a imprensa nacional - de um modo geral, exceção da Carta-Capital e outras - não se transformou em porta-voz dos interesses do petismo. Simplesmente, reproduzir os pontos coincidentes entre o pensamento petista e a forma de conduzir do atual governo é assunto para a polícia, ministério público e a justiça - aliás, o fazem de forma morosa e sem vontade de alcançar a verdade real - e não para a imprensa. O interesse jornalístico são os pontos conflitantes entre o lulismo e o petismo, cada vez mais evidentes. Dizer o contrário, como quis denunciar o deputado Simões - por sinal, foi melhor como promotor público - é querer tornar a imprensa nacional órgão oficial do seu partido. É aí que mora o perigo. A democracia haverá de superar esse período - a versão oficial, em geral é tendenciosa. Apenas para lembrar, vide o "apagão aeroviário" - pouco se sabe sobre os problemas do controle do nosso espaço aéreo.

Ronaldinho Gaucho e Kaká são escadas para Dunga

Chega a ser irritante ! Isso para dizer o menos, quando Dunga diz que Ronaldinho Gaucho não preenche o perfil de atleta que busca para compor a seleção brasileira. Sua mediocridade como jogador e, agora sua limitação como selecionador, justificam sua aparência ridícula e sua fala quase-lógica. O jornalismo esportivo em particular e a torcida em geral, assistem impassíveis o gaucho Carlos Caetano tripudiar contra os jogadores Kaká e Ronaldinho Gaucho. Ao afastá-los do time principal passa a utilizá-los como escada para sua projeção pessoal - cria a polêmica e assim surge na mídia esportiva como corajoso e inovador. Pura bravata ! Quando as partidas se apresentam difíceis - ou quando os adversários são expressivos - logo lança mãos dos dois craques. Cabe a eles darem um sentido de jogo objetivo ao selecionado - são indispensáveis, mas o selecionador insiste em minimizar o valor de ambos. Além disso, Dunga deve explicações mais honestas sobre a convocação de jogadores inexpressivos. É bom dizer logo a quem interessa tais convocações - antes que algum gaiato denuncie. Lembram-se do Jonatas, então jogador Flamengo - foi convocado apenas uma vez e logo vendido para o futebol europeu. No Brasil acabou virando moda elegermos pessoas medíocres como salvadores da pátria - eis aí mais um exemplo. Puro engodo !

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