Enfim, um Oliva como ministro da guerra
Já houve tempo que as três armas - exército, marinha e aeronáutica - ficavam subordinadas ao Ministério da Guerra. Posteriormente, cada área dispôs do respectivo ministro. Mais recentemente, por força de injunções internacionais, o Brasil criou o Ministério da Defesa, tentando fazer crer que o poder militar estará sempre subordinado ao poder civil - como se isso fosse possível obter através de um texto legal. A partir de então sucederam-se uma série de ministros da defesa. Todos, sem exceção, com expressivo currículo político / administrativo, mas nenhum deles conseguiu se firmar como líder inconteste - na acepção mais abrangente do termo - das três armas da república. Essas administrações se sucederam sem que houvesse qualquer evolução na relação - digamos, sensível - entre o poder civil e o poder militar. Os ministros da defesa viveram esses momentos, assim como uma "rainha da inglaterra" - apenas reinaram. Agora ouço e leio sobre a possibilidade do senador Aloizio Mercadante Oliva ser investido como Ministro da Defesa, em substituição ao desastrado Waldir Pires. Sabe-se que o senador Mercadante é oriundo de uma dinastia de militares. Seu pai, general Oswaldo Muniz Oliva foi atuante no movimento de 31 de março e teve participação preponderante nos anos do governo militar. O irmão Osvaldo Oliva Neto, atualmente no posto de coronel do exército, ocupa alto cargo na administração federal e já atuou como intermediário entre o chefe do exército e o presidente da república - ignorando o ministro da defesa. Portanto, o senador Aluízio Mercante Oliva, embora tenha buscado por décadas omitir o seu lado militar, por seu histórico familiar desenha o perfil adequado para exercer de forma efetiva o cargo de ministro da defesa. Aliás, poderá inclusive recuperar o feitio original desse ministério, nos moldes do antigo ministério da guerra e reagrupar as três armas sob um comando
único. Enfim, para gáudio da família, teremos um Oliva como Ministro da Guerra !
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