quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Dilma foi tarefeira - não é mais . . .

O texto "O mito da administradora", da Dora Kramer, como diziam lá no interior, "tocou na ferida". O mito criado em torno da figura de Dilma Roussef - como de outros militantes de esquerda - transformou essas pessoas em gestores capazes de desempenhar os mais diferentes cargos na política e administração pública. Somente não os vejo, com a mesma freqüência, atuando com desenvoltura na iniciativa privada - salvo quando privilegiados pelo poder público. A eventual coragem, obstinação, altivez e alguma firmeza de atitude - alguns usam termos menos elogiosos - demonstradas durante a militância política / resistência armada atribuíram a essas pessoas qualidades que muitas demonstraram não possuir. A ministra Dilma - por sua rudeza no trato, já foi apelidada de "dama de ferro" - acabou tendo seu perfil de boa administradora desmistificado, como bem lembrou a colunista. Ao contrário do que acontecia na luta armada, a jornalista lembrou que nem mesmo como tarefeira, Roussef conseguiu desempenhar o seu papel com coragem e obstinação. Apenas restou a altivez e firmeza na atitude para se desvencilhar da pergunta embaraçosa sobre sua responsabilidade governamental pela crise na aviação brasileira. Ao contrário do movimento revolucionário, onde apenas cumpria missões - ainda que relevantes e de alto risco - as dificuldades de criar, gerir e fazer acontecer situações nas mais variadas áreas da administração pública ( e da política nacional ) revelou que não bastam as qualidades de militante para torná-la uma ministra competente. Isso já havia acontecido com seu antecessor - e os mitos vão caindo. Felizmente !

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