domingo, 30 de agosto de 2009

Planalto, tenta nos engabelar

O assunto caía no esquecimento, quando o lider do governo no senado ocupou a tribuna para anunciar o registro, datado do mês de outubro de 2008, da presença de Lina Vieira, ex-secretaria da receita federal, nas dependências do Palácio do Planalto. Lembre-se que o mesmo senador, anteriormente havia tornado público a inexistência de imagem ou registro da entrada daquela senhora, durante os meses de novembro ou dezembro de 2008, alegando que as imagens captadas pelas câmaras são apagadas automaticamente  depois de 30 dias. Das duas uma, o líder do governo mentiu em sua primeira intervenção ou o Palácio do Planalto está a nos engabelar, mais uma vez, com suas costumeiras manipulações de dados. Nesse assunto a Casa Civil tem experiência!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

SSP atua como a Rainha da Inglaterra

O Secretário da Segurança Pública atua no Estado de São Paulo, como se fosse a Rainha da Inglaterra. Ou seja, reina, mas não manda. Pelo menos no que diz respeito à Polícia Militar sua interferência é mínima - */limitada, mesmo /*- face a existência Casa Militar, cujo chefe, um coronel-PM, despacha diariamente com o Governador. Quando o SSP dispõe de algum poder de mando, como ocorre agora com o Ferreira Pinto, sua autoridade se revela com essa clareza meridiana, apenas no âmbito da Polícia Civil. Essa situação fica evidente no momento em que o Governador do Estado resolve criar, através de decreto, a Corregedoria Independente na Polícia Civil - */diretamente subordinada ao Gabinete do Secretário da Segurança./* Para o bem da verdade, não fica difícil encontrar os mesmos vícios empregados como argumento para adoção dessa medida - */por sinal, salutar, apesar de tardia/* - no que se refere ao corporativismo e postergação dos processos disciplinares, quando se avalia o órgão correlato na Polícia Militar. Evidente que a Polícia Militar não está isenta de descontrole ou desmando. Basta apenas observar o alto índice de mortes em situações admitidas ( unilateralmente ) como de "resistência" - */supostamente de confronto /*- para se indignar com essa diferença de tratamento. Por que /então não adotar a mesma medida - /*Corregedoria Independente*/ - para as duas corporações, num tratamento isonômico ? Não me venham com a ladainha que uma Corporação é Militar e outra é Civil - /*inconcebível, já que o militarismo no âmbito Estadual, é uma ficção, ainda um "entulho do regime militar" !*/

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Paim prefere ignorar a crise no Senado

Não surpreende a declaração do senador Paim, do PT/RS, afiançando que seu eleitor não deu conta da crise no Senado da República. Como em outras ocasiões similares envolvendo o seu partido, o senador gaúcho mantém-se distante de qualquer discussão, evitando, por conseguinte, posicionar-se a respeito. Assim ocorreu nos episódios do "mensalão", "dossiê dos aloprados", "dossiê da Casa Civil sobre os gastos do casal FHC" e agora das "dos atos secretos no senado ". Prefere adotar essa posição dúbia - manifestando-se após o seu desenlace - ou "fingindo-se de morto", permanecendo na espreita pode aproveitar o momento seguinte, como faz agora. É uma pena!

Falta de vagas não se restringe ao sistema carcerário

Quando o déficit de 170 mil vagas no sistema carcerário é destacado pela imprensa, seria oportuno traçar um paralelo com o déficit de leitos hospitalares na rede pública de saúde. Apenas para não continuar se chateando com a falta de critério na utilização das vagas em nossos presídios, particularmente no Estado de São Paulo.

Ao STF a pergunta: A quem interessa o crime?

Ao apreciar a denúncia da Procuradoria Geral da República contra o deputado Antônio Palocci Neto e outros, os ministros do STF não poderão se esquivar em responder a indagação:- /"a quem interessa ( no caso, a quem interessou a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo ? ) o crime ?/". Clássica, por inevitável, durante a persecução criminal. Evidente que, por ora, não haverá reconhecimento de culpa, tampouco de responsabilidade penal por parte do ex-ministro e de seus asseclas - condenação ou absolvição. Basta a existência de /"indícios suficientes" para embasar a denúncia - que a acusação não seja leviana ! Nesta fase, a lei processual penal considera indício a circunstância conhecida e provada - tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias - Art. 239 do C.P.P. Então... !

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

1ª Conseg é uma farsa

A 1ª Conseg, organizada pelo Ministério da Justiça para discutir Segurança Pública no âmbito nacional, vai se resumir a mais uma dessas marchas em direção à Brasília (vide MST, prefeitos, carteiros e outras) com propósito iminentemente político / eleitoral. Deliberadamente para confundir os incautos, o Ministério da Justiça apropriou-se da sigla CONSEG - *criada pelo Governo do Estado de São Paulo há mais de vinte anos para o Conselho Comunitário de Segurança já existente nos municípios paulistas -* para divulgar a sua Conferência. Durante mais de seis meses foram montadas Câmaras Municipais e Estaduais - *deliberadamente somente foram escolhidos municípios com mais de 200 mil eleitores *- para discussão do assunto e proposição de medidas a serem discutidas em Brasília. Certamente para não criar dissenção ou animosidade entre os participantes, a organização da 1ª Conseg afastou discussão envolvendo alteração do Artigo 144 da CF - *que define a situação atual e estabelece as atribuições dos órgãos envolvidos. *Portanto, afastada qualquer mudança significativa. inclusive a participação dos Municípios *- com suas Guardas Municipais* - em atividade de prevenção criminal, a Conferência servirá apenas de palanque eleitoral para a candidata petista. Ainda assim, por interesses outros, haveremos de encontrar em Brasília, entre os dias 27 e 30 de agosto de 2009, as ruas, hotéis e amplos salões da Administração Federal, aboletados de delegações de todo Brasil - *muitas totalmente alheias ou jejunas no assunto *- com personagens ávidos por uma foto com o presidente e sua ministra, sem perceber que estarão sendo usados simplesmente como "massa de manobra".

Construções de cadeias exigem critérios

Sugiro que a administração estadual adote o mesmo critério, tanto para construção de cadeias como para hospitais. Pelo visto, a prioridade para construções de cadeias apenas tem levado em conta a demanda pelo serviço. Indispensável também ser levado em consideração, como ocorre na área da saúde, a utilização racional das vagas disponíveis. Evidente que também são insuficientes. Dispensados esses critérios, instala-se o caos - alguém duvida?

domingo, 23 de agosto de 2009

O julgamento do Palocci - sua origem e repercussão

Diante da possibilidade de deliberação pelo STF sobre a deflagração ou não de Ação Penal contra o deputado Antônio Palocci, oportuno saber o paradeiro e condições de vida do caseiro Francenildo. Apenas para lembrar:- Francenildo era empregado de uma residência vizinha à mansão
alugada, em Brasília, pela República de Ribeirão Preto - composta por um grupo políticos e seus asseclas oriundos da cidade paulista, onde Palocci iniciou sua carreira, que ali se reuniam para discutir assuntos marginais e, nos intervalos promoviam festas descritas como orgia. Ao caseiro foi atribuída a heresia de comentar a presença do então Ministro da Fazenda, o ribeirãopretano Antônio Palocci Neto, naquele endereço por ocasião de reuniões. Divulgado o comentário pela imprensa, coube ao então presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, com o propósito de desacreditar e desmoralizar o caseiro, violar sua conta bancária e divulgar o saldo. Isso com a participação do jornalista Marcelo Neto, assessor direto de Palocci que lhe teria exibido o extrato, para depois publicá-lo na revista Época. Não é preciso dizer que a vida do caseiro tornou-se um inferno, já que perdeu o emprego e chegou a ser tomado como refém pela Polícia Federal, a título de protegê-lo, chegando a ter seus documentos pessoais retidos, incluindo CIC e cartão da CEF. É bom lembrar que o PT, através da Senadora Idely Salvatti, a mesma que votou recentemente a favor do Sarney, tentou por todos os meios impedir o depoimento de Francenildo na CPI dos Bingos. Com esse escândalo, o ministro Antônio Palocci Neto, que até então apresentava-se como sucessor do atual presidente petista, acabou sucumbindo e foi obrigado a deixar o cargo. Atualmente Palocci aguarda esse julgamento para poder habilitar-se ao Governo do Estado de São Paulo - já imaginaram o retorno da "República de Ribeirão Preto"
com suas atividades escusas!

Ao invés de extinguir, vamos renovar o Senado

Tudo indica que o PT, liderado pelo presidente petista, apostam na extinção (fechamento) do Senado Federal. Lideranças expressivas do seu partido na Câmara dos Deputados estão propondo e dispostos a introduzir o Legislativo Unicameral. Evidente que interessa ao presidente e seu partido o fechamento do Senado, pois é naquela casa de lei, onde sempre prevaleceu a sabedoria, emanada da experiência e equilíbrio dos seus membros, que o governo vem encontrando as maiores
resistências a seus desmandos e sofrendo derrotas expressivas - basta lembrar a não prorrogação da CPMF. Agora, por conveniência e oportunidade políticas, o governo petista intervém num assunto que diz respeito à economia interna do Senado, através de um grupo de apaniguados e contando também com o descrédito e falta de unidade da oposição, já impôs e procura manter em sua direção um aliado de ocasião, flagrado na prática de atos ilegais e totalmente desmoralizado. Reconhecidamente o propósito é político, tendo como pano de fundo - /não a eleição de 2010, como vem apregoando/- inviabilizar o regular funcionamento daquela casa legislativa e sua condição de câmara revisora dos atos e projetos - deflagrados numa Câmara adesista - emanados do Poder Executivo. Pelo visto e já demonstrado pelos atuais integrantes do Senado Federal, o plano e a vontade do governo petista estão sendo cristalizados através da manutenção do maranhense na sua presidência - mesmo com os escândalos pipocando diariamente - e do seu descrédito decorre o não funcionamento regular do plenário. Por isso, a população não podendo esperar qualquer modificação desse lastimável quadro, mesmo porque não interesse ao governo petista, através de sua base,
restabelecer a normalidade do importante órgão legislativo, continuar assistindo seus "projetos aloprados" barrados ou reformados, enquanto seus membros revelam desinteresse com o destino da casa e demonstram apenas disposição em salvar a própria pele - vide os exemplos dos senadores Azeredo e Arthur Virgílio - cabendo exclusivamente aos eleitores alterarem essa situação. Basta lembrarem que nas eleições de 2010, dois terços (2/3) do Senado Federal será renovado. Atentai! - Nada menos que 54 senadores enfrentarão as urnas para buscar a renovação de seus mandatos. Por motivos óbvios, alguns já desistiram de concorrer, como é o caso do senador Romeu Tuma. Este é o nosso momento - caberá a nós eleitores defenestrar os renitentes, por falta de capacidade de nos representar com dignidade e dedicação (leia-se coragem!) para enfrentar e defender os verdadeiros interesses do povo brasileiro. Lembrem-se, no Estado de São Paulo, os senadores Aluízio Mercadante (petista, filho do general Oliva, mais conhecido como "um dos aloprados" e agora renunciante arrependido) e Romeu Tuma (de origem política indefinida), terão ou não os seus mandatos renovados - dependendo de cada um de nós eleitores!

Um playboy orinhense

Sua figura franzina, alquebrada pelo cigarro e consumo excessivo do álcool – certamente teve acesso a outros tipos de drogas – aliada à decadência econômico-financeira de sua família, já não permitiam vislumbrar a intensidade da vida de Antônio Carlos Barbosa. Naquela altura, apenas o cavalo baio, seu animal de estimação, que insistia em manter no quintal da residência, ainda atendia sua vontade.

Mesmo nos dias de hoje, ficava difícil imaginar, em uma cidade do interior – bem provinciana, como era Ourinhos nas décadas de 40 e 50 – encontrar um personagem como Antônio Carlos. Seus pais, Oscarlino e Emília, empresários de sucesso, foram donos do Bar e Restaurante Central e depois de uma Panificadora na avenida Jacinto Sá – como era costume, fizeram todas as vontades do único filho homem, ainda tiveram duas filhas.

Apesar de não formado – situação comum em jovens daquela época - demonstrava razoável cultura, indicando que estudara em boas escolas. Exibia excelente caligrafia e facilidade em escrever e discorrer sobre os mais variados assuntos – quando sóbrio, falava com desenvoltura e rico vocabulário. Gostava de exibir fotografias montado em sua potente motocicleta - daquelas que traziam bolsas de couro nas laterais. Com outros jovens ourinhenses, integrou as primeiras turmas de pilotos formados pelo Aero Clube de Ourinhos – talvez tenha sido um dos seus fundadores.

Por certo a boemia foi sua principal ocupação. Freqüentador fiel da noite ourinhense – existiam bons bares noturnos e invariavelmente as noites terminavam na zona do baixo meretrício – percebia-se claramente que "Toninho Pinguinha", como passou a ser chamado, nunca trabalhou, nem mesmo na panificadora da família, apesar de não desconhecer os segredos do comércio e fabricação de pão.

Em minhas lembranças, Antônio Carlos já não possuía mais motocicleta, tampouco aventurava-se a pilotar e nem mesmo freqüentava o Aero Clube. Raramente saía para cavalgar em seu cavalo "Baio". Mas, quando o fazia, apresentava paramentado de polaina, bota e rebenque. A sua montaria era elegante, em posição ereta e altiva ocupava a impecável sela trabalhada em couro, onde se destacavam os estribos prateados. Ao final da cavalgada, apeava defronte o estabelecimento comercial e num movimento enérgico com o rebenque ordenava e seu cavalo se afastava em direção à cocheira – dobrando a rua Gaspar Ricardo, alcançava a porteira do quintal.

Mesmo debilitado, manteve-se na boemia. Já não dispunha de recursos ou disposição física para as noitadas. Ainda assim, o notívago mantinha-se fiel aos seus princípios. Em geral levantava-se depois do almoço e logo depois era encontrado ocupando uma mesa do Bar do Toloto diante de seu "traçado" predileto – mistura de aguardente com Undemberg, substância amarga e de cor escura – que ingeria pacientemente, sem pressa, ainda preservando algum requinte.

Salvo quando discutia com seus pais, momentos que lhes atribuía culpa pelo seu desatino – situação comum em muitas famílias - Antônio Carlos era incapaz de proferir palavras de baixo calão ou comportar-se de modo inconveniente perante alguma senhora – as crianças o adoravam pelas brincadeiras ingênuas ou provocações, Luizinho Tanaka era uma das suas vítimas, talvez por perceber suas birras infantis, já que éramos todos vizinhos.

Mais adiante, após vender a panificadora, o senhor Oscarlino manteve-se exclusivamente na condição de cotista da Cervejaria Brahma – lembro que as garrafas chegavam embaladas individualmente revestidas em palhas e acondicionadas em sacos de linhagem - e responsável por sua distribuição na cidade. Essa atividade teve continuidade nas mãos do seu cunhado – o admirado e respeitado capitão Benedito – depois provedor da Santa Casa local.

A família mudou-se então para a rua Gaspar Ricardo, depois da rua Amazonas, e o nosso playboy encerrou os seus dias, sem perder a postura e o bom humor, tomando a sua mistura no Bar do Tanaka – onde também se degustava o melhor sorvete de Nata do mundo - e, quando encontrava algum ouvinte, certamente discorria sobre suas aventuras da juventude.

Ao contrário de outros playboys, como foi o carioca Jorginho Guinler, o ourinhense Antônio Carlos, por discrição ou pudor, não falava de suas aventuras amorosas e também não se gabava das belas mulheres que conheceu!

Talvez seus contemporâneos possam fazê-lo!

A UMPI da Dona Olinda

Suponho que muita gente conheça a religiosidade de dona Olinda Guglielmetti e sua dedicação na pregação do evangelho, fundado nos princípios e valores da doutrina Presbiteriana Indepedente.

Ainda bem jovem, com o filho próximo da adolescência, dona Olinda tomou para si a tarefa de atrair jovens palmitalenses para sua igreja, através da UMPI. Para aqueles não iniciados no assunto, permitam esclarecer que a sigla denomina a União da Mocidade Presbiteriana Indepedente, que tem como finalidade agregar os jovens no seio da congregação, promovendo atividades de estudo da bíblia, evangelização, assistência espiritual para enfermos e segregados, além de iniciativas na área do lazer e esporte.

Cabe observar que, com o mesmo objetivo de integrar segmentos da igreja, ainda são previstas a formação de outros grupos, como a Sociedade Auxiliadora de Senhores e a Liga Juvenil, esta constituída por crianças e adolescentes, além do Conselho da Igreja, formado pelos homens e mulheres já consagrados (presbíteros e diáconos).

Esses órgãos, a par de atuarem primordialmente na difusão dos valores religiosos, quando de sua formação observam princípios básicos de uma democracia. A instalação decorre de uma assembléia através da qual são estabelecidas as regras para sua constituição e seu funcionamento, através de direção provisória e com a aprovação do regimento são realizadas eleições da mesa diretora. Os candidatos são previamente habilitados e compostas as chapas concorrentes, os candidatos previamente habilitados podem expor seus programas e metas administrativas – excelente aprendizado para o exercício da cidadania – a eleição é realizada através do voto secreto. O mando é determinado, com previsão de alternância periódica.

Assim surgiu na Igreja Presbiteriana Independente de Palmital a UMPI da dona Olinda, agregando jovens – em sua maioria não evangélicos – atraídos inicialmente pelo lazer e esporte. O lazer a bondosa senhora oferecia na propriedade rural de sua família – denominada "Miséria" - onde promovia agradáveis pic nics reunindo integrantes de outras igrejas da região. Nesses eventos as atividades lúdicas eram permeadas de mensagens e difusão de valores religiosos.

O sucesso do time de futebol de salão da UMPI de Palmital, despertou o interesse dos jovens esportistas da cidade e consegiu amealhar um grande contingente de rapazes ávidos não só pelo esporte, mas também pela possibilidade de viajarem e conhecerem outros jovens – principalmente as jovens. Além do excelente time de futebol de salão (tenis de mesa?), voluntária ou involuntariamente dona Olinda aproximava a comunidade palmitalense da sua igreja e difundia entre os jovens e suas famílias princípios religiosos e valores relevantes para o exercício da cidadania e boa convivência em sociedade.

Certa feita, durante a III Oliumpiadas, na cidade de Avaré – Jogos Inter-Umpis – a representação de Ourinhos não só foi fragorosamente derrotada pelo bom time de futebol de salão da UMPI de Palmital, como ainda assistiram irresignados as meninas do seu grupo flertarem com os palmitalenses – assim como fazíamos ao frequentar as quermesses da Igreja Santo Antônio e o footing da Praça da Matriz.

Ainda posso, com algum risco de me enganar, citar alguns integrantes daquele time da UMPI da dona Olinda – o artilheiro Joel (Mello?), o "Francês" do Banespa, com toda sua classe, e ainda o mascarado goleirinho Miltinho (?) - outros haverão de se lembrar dessa passagem.

Acho que foi naquela época que o prédio da Delegacia e Cadeia foram inaugurados, pois a delegação palmitalense gostava de cantar: "... em Palmital fizeram cadeia nova, Mariazinha coitadinha é criminosoa..."

Mais adiante, na antiga quadra descoberta do Clube São Paulo, conseguimos devolver o revés sofrido em Avaré – acho que naquela altura a UMPI da dona Olinda já não contava com a mesma adesão. Curioso é que os cartazes fixados nos estabelecimentos comerciais anunciando a realização do evento informavam que a UMPI de Ourinhos contava o goleiro Pery, da seleção ourinhense, mas foi outro atleta, bem mais modesto, quem brilhou defendendo o time visitante.

Ao final do jogo, antes de tomarmos o último trem noturno, fomos recebidos na bela residência da dona Olinda, onde os atletas se confraternizaram diante de uma mesa farta – mas, antes do lanche, sob a orientação da anfitriã, houve um momento de reflexão e oração, como era praxe em toda reunião "umpista".

Adeptos ou não da mesma fé religiosa, haveremos de louvar a iniciativa da dona Olinda, cujo propósito destinava-se a agregar a juventude – ainda com poucas opções de esporte e lazer - numa convivência sadia voltada para o desenvolvimento integral do ser humano. Boas lembranças, aliadas à amizades duradouras e até mesmo algum namoro sem maior compromisso, remanescem daquele período. Evidente que aquela integração e os valores ali difundidos contribuíram para formação de cidadãos de bem, enquanto a Igreja Presbiteriana Independente de Palmital, com sua organização e princípios religiosos, tornou-se mais conhecida.

À dona Olinda, essa homenagem, na forma de reconhecimento e gratidão por ter nos possibilitado aquele aprendizado e um período de convivência saudável!

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