quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Credit Suisse e os outros?

Se verdadeiro e correto o resultado das investigações da PF sobre o comportamento da direção do Credit Suisse no Brasil, sugerindo a prática de operações bancárias à margem do BC e Receita Federal. Por outro lado, a megafraude, envolvendo o americano Bernard Madoff, se expande como rastilho de pólvora por todo sistema bancário e fundos de investimento mundial. Certamente, a área financeira brasileira, por suas peculiaridades , também estará implicada nesse imbróglio. Talvez baste o prolongamento dessas investigações que a PF e Receita Federal haverão de alcançar uma safra de instituições bancárias comprometidas - algumas já foram até mencionadas pelos órgãos de imprensa - já que modus operandi sempre se traduziu no "transporte clandestino de dólares", até mesmo na cueca.

Washington, nosso oráculo

A inteligência e criatividade do publicitário Washington Olivetto já eram nossas conhecidas. Com o perdão da palavra, agora vamos também poder contar com sua sapiência, como nosso oráculo. É bom antecipar, nada de comparação com ex-ministro Delfim Neto, que mantém o presidente petista orientado e mais ou menos antenado com a nossa realidade. Ainda que diga depois que suas idéias estão sendo assimiladas pelo petismo de forma empírica.

Reativação da cadeia de Palmital

O Jornal da Comarca, através da manchete estampada no seu site, deve ter produzido alguma a apreensão na população de Palmital. Realmente a disposição do Delegado Seccional de Assis buscar a suspensão da interdição da Cadeia Pública do município é motivo de preocupação, mesmo porque busca atender a demanda no âmbito da micro-região. Sabemos que as instalações da Polícia Civil na cidade são antigas e suas condições já não atendem as necessidades atuais, tampouco a cadeia oferece a mínima segurança. Basta lembrar que o prédio foi construído há mais de 50 anos, durante o *Plano de Ação do Governo Carvalho Pinto * - quem ainda se lembra da musiquinha /"em Parmitá fizeram cadeia nova, mariazinha coitadinha é criminosa"/. Nessas condições, a crítica pela inviabilidade da medida ainda se agrava quando se detecta que não visa atender o interesse da comunidade - imaginem até a Cadeia de Platina se tornou presídio regional. Enquanto isso, cidades dotadas de melhores recursos, como Assis e Paraguaçu Paulista, assistem satisfeitas a desativação de suas cadeias. Oportuna a lembrança de uma passagem :- /Certa feita, logo após rebelião na Cadeia Pública de Marília, que deixou seu prédio destruído, um ônibus lotado de presos estacionou defronte a Delegacia de Palmital, com ordem do Delegado Regional, para acolher na cadeia local um grupo de 10 (dez) presos. Exclusivamente no âmbito administrativo a determinação foi questionada, simplesmente por afrontar uma realidade. A título de colaboração foram recebidos apenas 3 (três) presos, todos considerados de baixa periculosidade. /Portanto, ainda que se encontrem motivos relevantes para o funcionamento dessas unidades em sede de comarcas - até mesmo para atender o interesse da polícia e da justiça, além de permitir a custódia de criminosos ocasionais e de baixa periculosidade - nas condições atuais, por inconveniente e inoportuna ao interesse público, a medida anunciada haverá de ser rechaçada. Uma simples questão administrativa!

Meirelles na berlinda

Diante da afirmação do presidente petista sobre redução dos juros a partir do início do ano, a posição do ministro Meirelles ficou, no mínimo, incômoda. Supúnhamos que a presidência do Banco Central gozava, na prática, da autonomia negada oficialmente - e não foram poucas as ocasiões em que essa situação ficou evidente - para desconforto do ministro da fazenda. A partir de janeiro de 2009, a segurança, altivez e independência do ministro Meirelles na condução da política monetária do Banco Central deve ser reduzida a duas hipóteses - a primeira, capitula à vontade do voluntarismo-popular do presidente e se submete convenientemente rebaixando os juros, independentemente do agravamento da crise mundial, a segunda, simplesmente dá por cumprida sua missão e pede exoneração, sob pretexto de dar continuidade à sua carreira política solo, desprezando a possibilidade de ainda figurar como candidato do petismo governamental. Aguardemos !

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

PM cada vez mais seletiva

Embora conte com efetivo superior a cem mil homens e mulheres, a Polícia Militar do Estado de São Paulo, nos últimos anos - militarmente falando - vem se utilizando de uma estratégia que, progressivamente, a tem liberado de inúmeros serviços. Na prática, não esperou a introdução do atual Código de Trânsito Brasileira, que já não é tão novo, para a corporação de Tobias de Aguiar, de maneira lenta e gradual, afastar-se da fiscalização e orientação do trânsito nas cidades paulista. É certo que já havia deixado o simpático, por indispensável serviço de proteção de pedestres e escolares, talvez por considerá-lo obsoleto. Embora, como a fiscalização e orientação do trânsito, também servisse para coibir a presença de malfeitores e afastar pessoas indesejáveis da porta dos colégios e áreas de maior circulação popular. Mais adiante, batalhou pela liberação de seus homens da guarda de muralha dos nossos presídios - prometendo remanejar cerca de 4.000 (?) homens para o policiamento preventivo - acabando por lavrar mais um tento em sua política corporativa. Recentemente, conseguiu se desincumbir da escolta de presos - em algumas ocasiões apenas acompanha as viaturas da SAP. Por outro lado, não observamos essa mesma disposição para remover seus integrantes de serviços internos, em repartições públicas com emprego da força policial em atividades também alheias à sua atribuição constitucional, Isso ocorre comumente em áreas do DETRAN, Assembléia Legislativa, Tribunais, Fóruns e outros - em geral atuando em concurso com outras corporações, como é caso da Guarda Civil, Polícia Civil e vigilância particular contratada. Ainda assim, seu empenho na seletividade de seus serviços não encontra parâmetro e mesmo conseguindo retirar seus integrantes de atividades consideradas inconvenientes ao seu interesse ou alheias à sua obrigação constitucional, até o momento, infelizmente, não foi possível detectar significativas melhoras no policiamento preventivo - que tanto prometeu priorizar no curso desse caminhar. Talvez fosse o caso de repensar a estratégia até aqui adotada e quiçá retornar no tempo e espaço !

Promotor precipitado ou parcial

O promotor da Justiça Paulo Gomes, do Distrito Federal, afirmou nesta terça-feira que o sargento da Polícia Militar José Luiz Carvalho Barreto -- apontado como responsável pelo tiro que acertou um torcedor são-paulino no último domingo (7)-- não deve responder por homicídio doloso (com intenção). Adianta que chegou a essa conclusão depois de observar a imagem do PM agredindo o "sãopaulino" com uma coronhada desnecessária. Justifica, admitindo não ter ficado demonstrado que o policial quis matar o torcedor - a seu ver teria ocorrido um acidente. Se verdadeiras as afirmações atribuídas ao promotor Paulo Gomes, se revela em platitude inconcebível ao servidor responsável pela promoção da ação penal. Isso, por não levar em conta a clara possibilidade do policial militar José Luiz ter assumido risco de produzir o resultado letal. Das duas uma:- as assertivas foram precipitadas ou se revelam em parcialidade do "parquet". Na prática, essa postura do órgão acusador se resume na absolvição antecipada do criminoso. Lamentavelmente, nos últimos tempos, as intervenções do Ministério Público não têm guardado qualquer parâmetro - basta lembrar o afastamento do árbitro Wagner Tadelli.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

kM 58, da rodovia Castelo Branco

A ministra/candidata foi reconhecer famoso reduto petista no Km 58, da Rodovia Castelo Branco. O local é famoso por abrigar reuniões nem sempre "republicanas". Supõe-se ter sido gestadas muitas campanhas políticas e outras - digamos mais pragmáticas. É um espaço privilegiado do pessoal de Osasco, onde prevalece a opinião do antecessor da ministra. Por isso, sua introdução no grupo sugere apoio à eventual candidatura - até mesmo pela ausência de outra opção. Se ganhar, saem no lucro e na hipótese de derrota - tida como previsível - esta seria atribuída ao presidente que a indicou.

Futebol não é para amador

Sabendo que o árbitro Wagner Tardelli, se caracteriza pela "arbitragem caseira" - para os entendidos, isso quer dizer:- prefere nunca prejudicar o time da casa. Assim, não ficou difícil para a Federação Paulista, contando com o concurso do órgão do Ministério Público, atualmente "sãopaulino", insinuar uma situação fictícia, como sendo possível de ocorrer, e, com isso, provocar o afastamento do carioca Tardelli. O novo sorteio, realizado em circunstância anômala, acabou por indicar um juiz inexperiente para dirigir a partida final do Campeonato Brasileiro. Qualquer outro árbitro indicado atuaria sob pressão. E, como soe acontecer, o São Paulo acabou favorecido pela arbitragem - essa situação adredemente preparada pelo submundo do futebol. No atual estágio, definitivamente futebol não é coisa para amador - basta observar o dia-a-dia da atual direção do Vasco da Gama!

Protógenes foi o mentor - e o juiz De Sanctis sabia?

Pela evolução dos fatos, a versão oferecida pelo Hugo Chicaroni, em entrevista à "Folha", revela ao algum fundo de verdade. Mesmo porque não se tem imagem, ou pelo menos não difundida, da entrega dos R$ 50.000,00, apenas da conversa no restaurante - entre delegado Victor Hugo, Braz e Chicaroni. Por outro lado, parece que Protégenes não teria disposição de se expor, numa operação de alto-risco desse tipo, sem o conhecimento - quiçá aquiescência do juiz De Sanctis. Aliado a esse raciocínio, conta a postura de Protógenes, tanto em relação ao Paulo Lacerda, como do Fausto De Sanctis - onde pontua a subordinação e subserviência.

sábado, 6 de dezembro de 2008

O pessoal do Legacy bebeu?

Eu já sabia! Não foi difícil, à época do acidente com o Boeing da Gol, detetar essa possibilidade - objeto do relatório da Aeronáutica. No Legacy viajava o jornalista Joe Sharkey, do The New York Times, que logo saiu em defesa dos americanos que compunham sua tripulação. Embora sendo reconhecido problemas em nosso espaço aéreo, havia alguma coisa de estranha na postura do jornalista - mesmo porque no interior da aeronave teriam sido encontradas garrafas de bebidas vazias. Na época, cheguei a especular - vide Blog do Noel - sobre a possibilidade do experiente jornalista, estimulado pela bebida, ter monopolizado a atenção dos ocupantes do Legacy, com suas aventuras profissionais e história de vida. Eventualmente o ruído do transponder (rádio) atrapalhava o "papo" e por isso resolveram desligá-lo. As conseqüências todos nós conhecemos - inclusive o empenho do jornalista na defesa dos seus compatriotas. Esperamos que o relatório esclareça também detalhes do convívio durante a viagem no Legacy.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Nova América está a venda!

Os jornais têm noticiado que as usinas produtoras de açúcar e álcool enfrentam sérias dificuldades. Esses problemas teriam outras matizes, não estando adstritos à atual crise econômico / financeira que assola o mundo. Sabemos que a cidade de Assis, embora não dispondo de unidades indústrias dessa natureza, lidera região onde pontua o Grupo Nova América, detentor de diversas usinas, constituindo um conglomerado agropastoril da maior expressão. Recentemente o jornal "O Estado de São Paulo" veiculou matéria onde era admitida a fusão da "Nova América" com outros grupos, dentre os quais "Cosan" e "São Martinho" - quiçá a sua venda. Por não desconhecer a importância do Grupo Nova América para a economia da região de Assis, fica difícil entender a ausência desse assunto na imprensa local. Mesmo porque não há como fugir da realidade!

Condenação, sem surpresa

As condenações de Daniel Dantas e seus asseclas mais próximos, como já era esperado, aconteceram. Com exceção do advogado do banqueiro, nenhuma outra pessoa razoavelmente informada refutou a decisão judicial condenatória - mesmo reconhecendo que o juiz foi parcial, tanto na condução das investigações, como na presidência do processo-criminal, e as penas aplicadas denotam algum excesso. Com isso, o Operação Satyagrara foi salva e a honra do delegado Protógenes lavada e enxaguada. Esse resultado, faz lembrar a recorrente passagem do "malandro contumaz" - mesmo não sendo surpreendido na prática de ilícito, quando abordado pela polícia, sempre recebia alguma "carrraspana". Irresignado indagava sobre o motivo dos "maus-tratos" - como resposta ouvia:- "nós não sabemos porque lhe batemos, mas você sabe porque está apanhando ". Ainda nos causa certa estranheza a falta de referência aos nomes do doleiro Naji Nahas e do ex-prefeito Celso Pita, também presos na mesma operação - tornando ainda mais emblemático os meandros da ação policial e do móvel da decisão judicial.

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