Reativação da cadeia de Palmital
O Jornal da Comarca, através da manchete estampada no seu site, deve ter produzido alguma a apreensão na população de Palmital. Realmente a disposição do Delegado Seccional de Assis buscar a suspensão da interdição da Cadeia Pública do município é motivo de preocupação, mesmo porque busca atender a demanda no âmbito da micro-região. Sabemos que as instalações da Polícia Civil na cidade são antigas e suas condições já não atendem as necessidades atuais, tampouco a cadeia oferece a mínima segurança. Basta lembrar que o prédio foi construído há mais de 50 anos, durante o *Plano de Ação do Governo Carvalho Pinto * - quem ainda se lembra da musiquinha /"em Parmitá fizeram cadeia nova, mariazinha coitadinha é criminosa"/. Nessas condições, a crítica pela inviabilidade da medida ainda se agrava quando se detecta que não visa atender o interesse da comunidade - imaginem até a Cadeia de Platina se tornou presídio regional. Enquanto isso, cidades dotadas de melhores recursos, como Assis e Paraguaçu Paulista, assistem satisfeitas a desativação de suas cadeias. Oportuna a lembrança de uma passagem :- /Certa feita, logo após rebelião na Cadeia Pública de Marília, que deixou seu prédio destruído, um ônibus lotado de presos estacionou defronte a Delegacia de Palmital, com ordem do Delegado Regional, para acolher na cadeia local um grupo de 10 (dez) presos. Exclusivamente no âmbito administrativo a determinação foi questionada, simplesmente por afrontar uma realidade. A título de colaboração foram recebidos apenas 3 (três) presos, todos considerados de baixa periculosidade. /Portanto, ainda que se encontrem motivos relevantes para o funcionamento dessas unidades em sede de comarcas - até mesmo para atender o interesse da polícia e da justiça, além de permitir a custódia de criminosos ocasionais e de baixa periculosidade - nas condições atuais, por inconveniente e inoportuna ao interesse público, a medida anunciada haverá de ser rechaçada. Uma simples questão administrativa!
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