Saboia nosso guardião
Nesses tempos obscuros da nossa Relação Exterior, onde o Itamaraty atende o viés "progressista" dos últimos governos brasileiros, não podemos deixar passar em branco a ação do jovem diplomata - Ministro Eduardo Saboia, por ocasião da transferência do senador boliviano senador boliviano Roger Pinto Molina. Não se trata apenas de um ato de coragem e desapego com a estabilidade do seu cargo - vai mais longe - encontramos neste episódio a demonstração do caráter e compromisso de um servidor vocacionado para atender, prioritariamente, o interesse público e humanitário, privilegiando a liberdade individual.
No Itamaraty devem existir outros Saboia, talvez sem a disposição de enfrentar situações extremas como esta e decidir - sem hesitar e decidir em favor da saúde e liberdade de um senador, eleito por seu povo e que se apresentava como opositor de um governo antidemocrático, perseguidor de seus adversários, incluindo empresas estrangeiras, sem sofisma ou disposição para um entendimento democrático. Devemos acuir que a situação era extrema - o cidadão boliviano acolhido na Embaixada do Brasil, como asilado político, há mais de quinze meses aguardava
por um "salvo-conduto" - alcançado pela força moral e coragem pessoal de um jovem diplomata.
Haveremos de nos orgulhar de Eduardo Saboia, diplomata de carreira, que colocou em xeque sua carreira e a fúria do "petismo desgovernado". Por onde anda o senador Suplicy ou como dizia Paulo Francis, nosso "Modagon", que não se manifesta em favor do asilado e, particularmente, do seu protetor e caucionador da sua liberdade.
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