Morte de lider sindicalista não surpreende mais!
É do conhecimento público que a área sindical relacionada com o transporte - principalmente, os rodoviário público - é de alto risco, embora as ameaças, intimidações e violências se manifestem, praticamente, em todas as organizações. Nos últimos anos foram registradas incontáveis assassinatos, poucos de autoria conhecida e muitos praticados por desconhecidos - como esse no Rodoanel - sempre vinculados à disputa do poder no âmbito de cada sindicato. Lembramos que essas mortes não se restringiram à capital do estado, ocorreram também em Guarulhos, Piracicaba e região do ABC, em mais de uma oportunidade. Certo momento, quando as mortes se tornaram mais sistemáticas, figuras expressivas dessa área de intensa atuação político / sindical, chegaram a ser presos provisoriamente. Como sempre acontece - em questões judiciais dessa natureza - os julgamentos ficaram para as calendas e não se tem notícia da condenação dos envolvidos, certamente nenhum deles permaneceu preso. E, por mais incrível que possa parecer, continuam a atuar - as vezes de forma velada, nos bastidores - mas sempre a imperar nesse submundo onde giram os nossos sindicatos - mesmo naquelas entidades mais representativas e aparentemente melhor organizadas. Nessas ocasiões, as injunções políticas acontecem e sua
capacidade de ameaçar, interceder e interferir em decisões - inclusive na esfera do judiciário - são conhecidas do grande público. Democracia nesse meio não existe, prevalecem as lideranças mais ousadas e, geralmente, predomina o poder do grupo mais violento - nem sempre os mais representativo, voltado para o interesse da classe. Certamente, os mortos não falam, cabendo aos sobreviventes denunciar!
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