É o que restou!
É deverás lamentável o atual momento vivido pela Unimep (leia matéria publicada no Jornal de Piracicaba) . Outros estabelecimentos de ensino superior também passam por crise semelhante. Recentemente, foi noticiado que a Universidade Tancredo Neves, em São Paulo, estava encerrando cursos comunicava o fechamento de cursos -
alunos se viam abandonados - já que seu mantenedor não encontrava meios de mantê-la funcionando. Por certo existirão inúmeros motivos que possam justificar essas dificuldades:- a perda do poder aquisitivo da classe média, passando pela má qualidade dos cursos ministrados, eliminação de subsídios e benesses governamentais, até alcançarmos as más administrações, aliadas da incompetência e irmã siamesa do corporativismo e favorecimento de grupos que se encastelaram na direção dessas organizações por décadas. Na condição de pai de dois alunos - formados pela Unimep - durante os últimos dez anos pude conviver (ou seria sofrer) diante da espoliação que nos era imposta pela direção daquela universidade. A insensibilidade de sua administração - representada pela figura execrável de seu reitor Almir de Souza Maia - nunca nos deu outra opção, senão aquela de contribuir de forma extorsiva, mas religiosa com as mensalidades. Não havia qualquer diálogo - consulta à clientela, nunca foi praticada - sendo os reajustes praticados sempre unilateralmente, sem qualquer complacência com as dificuldades enfrentadas pelos pais de seus alunos. A par disso, seu corpo diretivo e uma casta de profissionais se enraizaram de tal maneira em seus escaninhos - mais parecendo heras - minando de todas as maneiras possíveis os seus recursos. Não bastasse isso, a seu mantenedor, ainda abrigava grupos antagônicos - não diria rivais, porque convivem e praticam o mesmo credo religioso - que raramente conseguiram manter o poder hegemônico e, precisavam constantemene exibir eficiência e realizações na condução dos negócios da universidade. A postura do magnífico reitor Almir - com seus arroubos empreendedoes - ora promovendo aquisições de unidades de ensino em outras cidades e regiões do Estado, para em outros momentos anunciar, com a publicidade indispensável aos déspotas, empreendimentos nas dependências do campus Taquaral - até shopping foi ali edificado - que na maiorias das vezes se distanciavam da atividade precípua de uma instituição de ensino. Suas constantes e longas viagens - com seus áulicos - geralmente para o exterior, eram também objeto de manchetes e extensos comentários da imprensa, certamente não contribuíram para o sucesso de sua administração.Além disso, Almir nunca se mostrou propenso a se aproximar de seus alunos, mantendo-se distante - num outro patamar, de sabedoria e poder. Pelo contrário, numa postura de desprezo e indiferença com sua clientela, não se dispunha a presidir ou, simplesmente, participar das cerimônias de formatura de cursos ali ministrados. Com o andar da carruagem, mais adiante talvez não se tenha mais aquelas ocasiões festivas para comemorar. Mesmo diante das imensas dificuldades - agora reveladas - e as evidências reais da prática de gestão, no mínimo temerária, ainda encontramos as mesmas lideranças ocupando postos estratégicos e de realce no Instituto de Ensino Piracicabano. O prestígio e ascendência dessas pessoas sobre aquela instituição não mais se justifica, mesmo porque há muito abandonaram o exemplo de dedicação e amor deixados por Martha Watts, quando criou o IEP em 1881. É uma pena.
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