Texto e postura do Frei Beto merecem reparos
Primeiro, não é justo - quando aprecia a conduta de dois pecadores, por humanos (ler artigo publicado no Jornal Debate). O terceiro, poderia muito bem ser um de nós. Sua benevolência com seus companheiros petistas não revela o equilíbrio, muito menos isenção, de um bom julgador. Por outro lado, seu rigor e intolerância com pessoas que já lhes foram próximas e solidárias quando do seu calvário - igualmente não demonstra o ideário do sentimento cristão. Sua parcialidade é cristalina e fica evidente quando encontra - o certo seria dizer, cria - justificativas para os demandos, na realidade crimes, praticados em concurso por seus amigos petistas. Já com seus contrários, trata-os com rigor beirando o ódio - lembro ao religioso, não foram eles que eventualmente o espancaram. Para ser justo, poderia apenas lembrá-lo que o governo Fernando Henrique permitiu que o Banco Nacional, propriedade de seus netos, quebrasse e seus controladores humilhados e processados, pela mesma Polícia Federal e Procuradoria da Justiça que o Frei insiste em desmerecer. Outro banco, Bamerindus, do tesoureiro de sua campanha e ministro do seu governo também sofreu intervenção do BC. Portanto, não houve a leniência apregoada pelo religioso. Ainda para fazer um pouco de justiça, poderia ao menos lembrar o favorecimento ao Fábio Luiz, seu afilhado "Lulinha", por uma empresa concessionária do serviço de telefonia - Telemar - tornando-o milionário, juntamente com os filhos do Bittar, outro fundador do PT. O Frei Beto sabe, mas preferiu omitir, foram 15.000.000 de reais para um jovem ocioso, que vivia jogando video-game e acabou empresário, graças a um favorecimento escandaloso. Segundo seu critério, o virtuoso é aquele que viu seu filho enriquecer sem mérito e, ainda assim, o autor das maracutáias (segundo suas palavras) foi o presidente que não salvou o patrimônio de seus netos e o banco do patrono de sua candidatura. Então vamos ao encontro de um futuro justo e sem medo, votando em Geraldo Alckmin - que certamente nos guiará por águas mais tranqüilas (e limpas) !
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