É estranho - delegado elogia altivez do acusado
Se verdadeira a notícia - publicada domingo "OESP" - revela estranha a avaliação do delegado Maximiano da PF sobre o resultado do interrogatório de Hamilton Lacerda. A certa altura, adiantou delegado "ele me parece uma pessoa firme e convicta", "fiquei impressionado com a segurança dele", "insistia em dizer que não cometera crime algum". Conclui afirmando "Ele poderia estar apenas cumprindo orientação de advogados. Mas não, acha que não havia nenhum mal nisso". No mínimo, curiosa a louvação - emprestada da música de Gilberto Gil - do delegado Maximiano ao comportamento de um infrator contumaz. A mesma matéria diz ter sido Hamilton indiciado em outro fato - sempre envolvendo interesses petistas. O mínimo que se esperava da autoridade policial, responsável pelas investigações - e até mesmo pelo seu adiamento e resultado até agora pífio - que admitisse suas dificuldades em levar a termo seu trabalho, diante da alta especialização, capacidade de organização e dissimulação dos envolvidos. Realçar na conduta de acusado - alguma qualidade ou relevância - apenas contribui para inflar o ego de um mentiroso irrecuperável, tornando-o respeitado e valorizado diante de seus superiores (leia-se mandantes), servindo de exemplo para seus pares. Sua capacidade, reconhecida pelo delegado, de não baixar a guarda, certamente vai ser de lição para outros militantes petistas. Enquanto isso ... !
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