Marco Aurélio Garcia - vai acabar perdendo a identidade !
País irreal ! Antes já usara expressão para dar asas a divagações sobre situações insólitas vividas atualmente - referia-me à leis e regras criando benefícios ou impondo exigências impraticáveis para a nossa realidade. Recupero o expressado para comentar a figura exótica do cidadão Marco Aurélio Garcia, gaúcho de origem, homem de idéias extravagantes e petista por conveniência ideológica. Confesso, conheço pouco - o certo diria, nada . . . - sobre o seu passado. Apenas percebi a sua existência - como de outras figuras lúgrubes do petismo, a exemplo de Delúbio Soares - depois da posse do atual presidente, quando nomeado assessor especial para assuntos de política externa. Com seu jeitão atribulado, não demorou para "meter os pés pelas mãos" e anunciar mudanças na política nuclear brasileira, revelando alguma intenção do atual governo "brincar" com artefato atômico - dizia ele para se tornar "potência nuclear". Assim, poderia alcançar a almejada cadeira no conselho de segurança da ONU. Depois contribuiu para levar a política externa brasileira em direção a figuras exóticas da política sul-americana. Aliou-se a Hugo Chaves e o trouxe, de forma inviezada, para integrar o mercosul, tornando a integração regional, um veículo de afronta aos Estados Unidos da América. Essa política favoreceu a eleição de Evo Morales, presidente da Bolívia. Tentou interferir na eleições equatoriana e colombiana, felizmente deu com os burros n'água. Durante a crise do gás, criada pela nacionalização do hidrocarboneto, encontrou motivos para justificar a ação intempestiva - e contrária aos interesses brasileiros - do governo boliviano. Recentemente, diante do escândalo do Dossiê Vedoin envolvendo figuras de proa do PT, foi indicado para substituir Berzoine, como coordenador da campanha do Luiz Ignácio. Por se tratar de figura descartável, portanto dispensável, mais do que depressa a Casa Civil aproveitou o momento para defenestá-lo da assessoria para assuntos de política externa, enquanto o "gaúcho folgazão" insistia por um período de licença. Agora, para demonstrar que se trata de um "homem de mil instrumentos" - certamente, outras tantas necessidades - acaba introduzido na presidência do Partido dos Trabalhadores. Enfim, alcançou o patamar máximo de uma carreira obscura, por insignificante, mas de grande utilidade nesse mundo conturbado do petismo. Diríamos então, diante dessa multiplicidade de atribuições, cargos e representações a ele conferidas, seria o caso de dizer que Marco Aurélio Garcia, seguindo nesse trafegar, poderá vir a perder a identidade - isso, caso a tivesse !
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