quinta-feira, 2 de março de 2006

O Estádio do Operário foi um sonho

Nessa historia, minha intenção é furar meu conterrâneo Oswaldo Perino, o bom "Goiaba". Embora, quando jovem um pouco metido para o meu gosto!

Acredito piamente que o fato existiu, embora nem mesmo meus irmãos - Aureliano e Tércio - bem mais velhos que eu, afirmem não se lembrar doocorrido.

Certa manhã - num domingo ou feriado - meu pai chamou-nos e entregou cartões - Ação entre amigos (lembram-se ?) - que davam direito a um espeto de churrasco e nos disse: "- Hoje vai ser lançada a pedra funda ental do novo campo do E.C. Operário, lá nas terras da famíliaPerino, na beira da estrada oficial e depois haverá um churrasco".

Como sócio-fundador e bom torcedor do Operário, recomendava:"

- Vão lá me representar!

Na minha lembrança, o evento aconteceu - final da década de 50 - numa área rural, às margens da Rodovia Raposo Tavares, ainda de terra batida e muita poeira, suponho no mesmo local onde, atualmente, encontra-se instalado o Ourinhos Tênis Clube , doada que foi -possivelmente sob condição de ser aproveitada num determinado prazo - pela Família Perino.

Recordo-me da presença de um grande público. Particularmente, as figuras do "Pedrinho do Bazar", José Henrique Pinha (seu Pinha, dono de pensão), os irmãos Janduya e Bento Perino (respectivamente, pai e tio do Oswaldo), Salem Abhujanra, Nelson Costa, filho do Sr. "Joaquim dos Couros" e outros personagens populares, como "Celso Careca", "Chinelão", "Pinhé", "Margarido" , ainda permanecem bem visíveis na minha retina.

A proposta era de construir um estádio, nos moldes do Clube Atlético Ourinhense - a rivalidade se fazia presente - e depois vender a área da rua Antônio Prado, para então implementar as novas instalações esportivas.

Como se pode constatar, aquele projeto não se viabilizou e a doação deve ter caducado pelo decurso de prazo para utilização da área - ou teria havido outro tipo de intervenção legal - mas o certo é que o E.C. Operário não aproveitou aquele espaço e acabou sucumbindo na sua própria história.

Atualmente, quando esporadicamente passo pela rua Duque de Caxias e vejo o terreno do campo do Operário ocupado por um prédio público, garro a imaginar:- Que tipo de transação garantiu a transferência do domínio daquele imóvel? Qual foi o seu custo? E a quem favoreceu? ou melhor,Quem aproveitou dos recursos advindos da operação imobiliária?

Resta-nos - irrelevante, se o episódio ocorreu ou não - apenas cabe lamentar a extinção do E.C. Operário, com sua camiseta alvi-negra, em listras verticais, empolgando nossas tardes de domingo, com seu pavilhão tremulando no mastro do portão da rua Antônio Prado indicando que haveria partida oficial, com interessante preliminar!

Um comentário:

Anônimo disse...

O E.C. Operário não era uma entidade jurídica. O depois prefeito Dr. Clovis Chiaradia insinuou-se no clube procurando solucionar a questão, mas o que fez quando se tornou prefeito, foi desapropriar a área construindo ali um centro cultural e a promessa de um outro terreno para a construção da praça de esportes ficou apenas na promessa. Segundo alguns, essa nova área é a mesma ocupada pelo OURINHOS TENIS CLUBE E NÃO ASSIS TENIS CLUBE COMO COLOCADO NO BLOG.
Obs. agradeço por se lembrar de meu pai no artigo os fiscais da prefei- tura publicado no jornal FOLHA DE OURINHOS.
Carlos Lopes Baia, filho caçula de Celestino Lopes Bahia.

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