Foquismo às avessas
Muitos devem se lembrar do "foquismo" como estratégia guerrilheira, em movimento revolucionário. Aqui no Brasil tivemos como exemplo do emprego do "foquismo" a guerrilha do "Araguaia" e do "Caparaó", este último abortado no nascedouro. Em síntese, a proposta era criar grupos de insurgentes em diversos pontos do país, onde suas fileiras seriam engrossadas com a adesão da população local e assim conseguir minar e depois tomar o poder central. Agora, vejo a administração do município de São Paulo adotando como política pública uma tática semelhante ao "foquismo" quando passa a empregar em bairros - "nichos" de desigualdade e violência - medidas de ações sociais em parceria com a população. O modelo está sendo testado no Jardim Ângela com vista a prevenir o crime e atender a população em suas necessidades básicas. Alguns resultados já apareceram, a taxa de homicídios diminuiu e o engajamento dos moradores foi significante. Assim, a Prefeitura tende a estender as ações para outros bairros Brasilândia, Grajáu e Lajeado, também considerados violentos e carentes dos serviços públicos elementares - saúde, limpeza e iluminação pública, escola, transporte digno, lazer, segurança, assistência social, etc. - Essa experiência da Prefeitura de São Paulo deve servir de exemplo para outras cidades do Estado e do País, lembrando que nas cidades menores os resultados poderão ainda ser melhores, desde que haja disposição do Poder Público e adesão da população.
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