Estrelados suicidam-se!
A morte de dois comandantes militares - ambos generais - do Exército Brasileiro merece reflexão. No meu caso, aguçada pela curiosidade. As circunstâncias em que os eventos ocorreram não deixam dúvidas, trata-se de suicídios. Pelo noticiado, os dois generais ocupavam postos de comando e ambos se aproximavam dos 60 anos. Mesmo não sendo versado no assunto, Reconhecidamente nosso cérebro é um repositório de informações, conhecimentos, emoções, ações realizadas e não realizadas, e sentimentos dos mais incofessáveis, que torna - cada um de nós - um rescaldo de indefinição. Ao levar em conta que os dois oficiais mortos - cada um, com mais de trinta anos de serviço - participaram, efetivamente, dos Governos Militares. Seria oportuno, apenas a guisa de especulação, saber da atuação de ambos durante o período de exceção. Talvez fosse possível estabelecer algum parâmetro entre as atividades que realizaram - por dever de ofício, ou não ! - com a estupidez que os levaram a perder o recomendado equilíbrio e racionalidade, - valores indispensáveis na formação militar - a por fim à própria vida. Ou se chegaria a outra conclusão, também, plausível:- a falta de reconhecimento - primeiro dos governantes e depois da sociedade - da importância da organização militar na defesa da pátria e preservação da soberania nacional; desmotivação para o serviço, diante da falta de recursos e meios, decorrência da falta de verba; má remuneração, dificuldade de manter família em condições razoáveis e conseqüente perda de status social - isolamente, os próprios militares hoje se auto-intitulam milicos, expressão antes pejorativa. Enfim, os dois episódios não podem passar despercebidos e ignorados pela sociedade e muito menos alheios à observação acadêmicia, da qual não me incluo.
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