Exército e a circunstância !
A expressão "sou eu e mais as minhas circunstâncias" (?) é oportuna para justificar a ação do Exército Brasileiro nos morros do Rio do Janeiro. Há muito, segmentos expressivos da sociedade clamavam pela intervenção do Exército na cidade do Rio de Janeiro para coibir o alto índice de violência que permeia a comunidade carioca. Seus comandantes sempre relutaram em tomar posição ativa nesse contexto, alegando que a finalidade do Exército era outra, por certo mais ampla e mais nobre, e que seus homens eram treinados para a guerra e não para o controle social. Ainda que a situação se agravasse ao ponto da sede do governo estadual ser atacada a tiros, as Forças Armadas se negavam a atuar na garantia da segurança pública. De repente, quis o destino que um quartel - de elite - do Exército Brasileiro instalado na cidade maravilhosa fosse invadido, seus guardas subjugados e agredidos, e do seu interior subtraido dez fuzis e uma pistola. Diante da afronta e humilhação, seus comandantes tomaram posição e resolveram agir. Mobilizaram tropa, veículos e armas pesadas, para tomar de assalto os morros e pontos estratégicos da cidade do Rio de Janeiro. Decorridos alguns dias de ocupação militar, não consta que os autores do roubo tenham sido identificados e muito menos as armas recuperadas, mas é certo que os registros policiais apontam acentuada diminuição nos índices de criminalidade. Então, ainda que premido pelas circunstâncias, a atuação do Exército Brasileiro - embora gere alguma polémica - tem revelado eficiente no combate à violência urbana. Se traduz na operação saturação que o prefeito Rudolph Giulianni empregou com sucesso em Nova York. Apenas resta lamentar que o Poder Público não atue - implementando políticas públicas nas áreas carentes - no momento de vácuo do poder paralelo, sob controle diante da presença da força policial / militar, para ocupar os espaços que lhe pertence por direito e dever legal.
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