domingo, 17 de setembro de 2006

A morte de dois valentes -"Tonico Listra e coronel / deputado Ubiratan"

Ao ler matéria no "Estadão" traçando o perfil do deputado Ubiratan, com destaque para sua carreira policial-militar, relação com filhos e circunstâncias de seu assassinato, me ocorreu fato semelhante.

Outro cidadão tão corajoso e valente quanto o Coronel-PM também foi morto com tiro no abdomen. Lembrei-me do lider político "Tonico Listra", também coronel da Guarda Nacional, assassinado a tiro - por um policial da Força Pública - na década de 20, na cidade de Santa Cruz do Rio Pardo.

Naquela época, quando uma morte era encomendada - para se ter certeza do resultado letal - recomendava-se ao matador que atirasse na "barriga" da. vítima. Isso aconteceu tanto com "Tonico Listra" quanto com o Coronel Ubiratan.

É bom lembrar que esse tipo de lesão - por suas características - regra geral não provoca a morte imediata. Por isso, a recomendação estava aliada à falta de recurso médico-hospital no interior, exigindo que o paciente fosse removido - sempre em condições precárias - para um centro mais adiantado para receber a assistência médica indicada.

Nem sempre dava tempo de alcançar o socorro, em tempo hábil e o paciente morria em conseqüência de hemorragia intra-abdominal ou em decorrência de septicemia, que inevitável se instalava, diante da demora no atendimento médico.

No caso do ?Tonico Listra? a sua morte ocorreu horas depois quando era conduzido - por um trem especial - para São Paulo.

Acredito que o Coronel Ubiratan - diante das circunstâncias em que foi assassinado - certamente não veio a óbito de forma instantânea, presume-se que tenha sofrido uma morte lenta e dolorosa.

Resta apenas a dúvida - teria ocorrido sob as vistas do seu algoz?

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