sábado, 30 de setembro de 2006

Fotografias - probição e divulgação mal explicadas !

O Partido dos Trabalhadores buscou no Poder Judiciário a proibição da divulgação das fotografias dos reais e dólares encontrados e apreendidos em poder dos petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha. A justiça negou o pedido justificando-se que a proibição feria a liberdade de imprensa. Lembrando que essa mesma justiça quedou-se inerte ao não intervir - em assunto que já se achava sub-júdice - quando o Ministério da Justiça e Polícia Federal negaram-se a divulgar essas mesmas fotografias. Cabe ao Poder Judiciário responder:- A veiculação das fotografias era de interesse público, portanto, o Ministério da Justiça e a Polícia Federal agiram ao arrepio da lei - quiçá de forma criminosa ? Ou a proibição dessa mesma veiculação foi oportuna e conveniente para uma justiça refém de sua própria idiossincrasia ?!

Teixeira - conseguiu salvar o seu !

O empresário Marcelo Teixeira, presidente do Santos Futebol Clube, há quase uma década, admite:- "dinheiro da venda do Robinho, Elano e outros, foi empregado para equacionar dívidas". Como diria "Zé Dirceu":- "é público e notório..." - que a família de Teixeira, dona de universidade na baixa santista, cobrava de seu membro mais ilustre o retorno dos recursos particulares dispendidos com o Santos Futebol Clube. A par dos investimentos no Centro de Treinamentos, Marcelo Teixeira certamente salvou o seu - o nosso diriam seus familiares !

Marcelo - vamos corrigir o verbo !

Excelente o texto do Marcelo Rubens Paiva, em "Os Aloprados", publicado no "estadão" deste sábado. Evidente as dificuldades do governo petista e do seu presidente desastrado. Oportunas as sugestões e "dicas" sobre os filmes nacionais. Realíssima (?) a analogia vivida pelas crianças no filme "O ano em que meus pais sairam de férias", com sua experiência pessoal e de outras tantas famílias brasileiras - que tiveram que chorar em silêncio e escondido. Confesso, sua "mea culpa" é minha também. Certa feita, votei em Genuíno para deputado federal. Então conjuguemos o verbo corretamente:- "Vamos ver se caprichamos desta vez !

Polícia enfrenta duas situações análogas !

A Polícia Civil de São Paulo e a Polícia Federal, num curto espaço de dias, deparam-se com duas situações - insólitas - e análogas. O crime de morte contra o deputado Ubiratan Guimarães, onde a advogada Ana Cepollina - mesmo enfrentando todas as evidências e indícios - insiste em negar a autoria do crime de homicídio. Ainda assim, a polícia paulista encontrou elementos para imputar a ela a autoria do crime. E depois, a negociação do Dossiê Vedoin, com a movimentação de "um saco de dinheiro vivo", apreendido com os altos próceres petista Gedimir e Valdebran. As investigações realizadas, desta vez por uma Polícia Federal "meio constrangida", revelam evidências e indícios do envolvimento de outro expressivo quadro petista Hamilton Lacerda, flagrado pelas câmaras do Hotel Ibsen, carregando malas idênticas às que continham a dinheirama. A semelhança dos dois fatos alcança a postura do suspeito Hamilton Lacerda, que ao negar envolvimento no crime, comete a imprudência de oferecer uma versão insólita - por irreal e mentirosa. Esperamos que a Polícia Federal saiba estabelecer a sua culpa. Tratando-se de petista de alto coturno, essa postura, já era esperada !

Uma vez banqueiro, sempre banqueiro !

Até parece que o banqueiro Edmar Cid Ferreira, que se achava preso e, recentemente, beneficiado com habeas corpus concedido pelo STJ (ou seria o STF), não está lá preocupado com o curso do(s) processo(s) criminal(is) que responde por crimes contra o sistema financeiro e outras figuras típicas do Código Penal. Ainda se considera credor do mundo das artes - não se pode esquecer que sonegou obras apreendidas pela justiça - e agora se empenha em readquirir o status de mecenas, descartando os meios que construiu a sua fortuna. Comete o desplante de atribuir culpa aos correntistas e investidores que escolheram o Banco Santos para depositar e aplicar suas reservas. Sugerindo que foram gananciosos e optaram pelo risco da sua gestão, certamente pela alta remuneração que oferecia. Esqueceu apenas de inumerar os clientes - políticos, autoridades e outros - que favoreceu alertando-os para sacarem seus numerários diante da inevitável intervenção do Banco Central. Anteriormente e agora, o banqueiro / acusado não se comporta como uma pessoa séria e muito menos disposto a se redimir !

PF - a gente se vê !

Certa feita, escrevi uma carta - publicada no Jornal da Tarde - comentando que Mário Covas e a Polícia alimentavam antipatia recíproca. Justifico ! É do conhecimento público que "Zuza" quando jovem militou no movimento estudantil - certamente, foi alvo da repressão policial. Quando governador do estado, ainda que tenha honrado um reajuste - apenas assinado, mais ou menos de forma irresponsável, pelo Fleury no estertor do seu governo - impôs cortes de verbas correntes e suprimiu por alguns anos a atualização dos vencimentos dos policiais. Sofremos até hoje essa defasagem salarial. Por outro lado, as corporações que compõem a segurança pública do estadual, não aderiram com a disposição recomendada a todo servidor público as iniciativas, medidas e políticas adotadas pelo Governo Covas. Em algumas ocasiões, ficou evidente o boicote, até mesmo sua agressão pelo pessoal da APEOSP no Caetano de Campos, deveu-se à essa pré-disposição. Dito isso ! Volto-me para o atual comportamento da Polícia Federal. Está escancarada a manipulação das investigações a respeito do Dossiê Vedoin - já não existe qualquer constrangimento em dizer que as provas e nomes dos, principais, envolvidos somente serão revelados depois das eleições. Ao contrário do que aconteceu com Mário Covas, aqui a Polícia Federal aderiu de vez à maneira de governar do petismo - os fins justificam os meios. É bom não esquecer, caso o regime democrático suporte mais um período de governo petista, fica claro que haverá alternância no poder. Em 2010, outra corrente política estará elegendo o seu candidato à presidência. Então, mesmo sem disposição para revanche, os policiais federais serão cobrados pela adesão ao petismo, através da pior forma de cobrança - a falta de reconhecimento da sua importância como instrumento de controle social e, por conseguinte, a não valorização dos seus quadros como servidores dignos do respeito e confiança do povo brasileiro. Ficamos assim combinados. Vamos nos encontrar mais adiante !

sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Fabricar colchões em Ourinhos é tradição !

O exemplo do Hélio Silva e seu dinamismo, visão empresarial e capacidade empreendedora devem ser destacados sempre. Os Colchões Castor levou o nome de Ourinhos para os mais distantes rincões do país, inclusive no exterior. Apenas tomo a liberdade de introduzir algumas passagens nessa trajetória do Hélio Silva, reconhecendo a efetiva participação de seu pai, senhor Armando Silva, nessa caminhada. Acho que aconteceu no final da década de 40 - certamente, no início da década de 50, meus avós Aureliano e Pedrina já haviam comprado a colchoaria então instalada na esquina da rua Paulo Sá esquina com rua Euclides da Cunha, que pertenceu ao Armando Silva - pai do Hélio, que conheci ainda bem jovem, trajando uniforme do I.E. Horácio Soares. Depois disso, o senhor Armando instalou-se comercialmente - com armazém de secos e molhados - no caminho da Vila Musa. Passava diariamente entregando Café Santo Antônio no seu estabelecimento. Meu avô Aureliano, ainda continuou com sua labuta de "leiteiro", enquanto a vovó e meus tios Paulo (o Paulo Colchoeiro e depois decorador, bom jogador de snoocker ) Diná e Maria - apenas a tia Diná é viva e mora na rua Paraná, participando com orgulho das atividades políticas da sua valorosa filha Belkis, vice-prefeita do nosso município - se ocupavam da colchoaria. Tornou-se "Colchoaria Gonçalves". Foi o senhor Armando quem lhes transmitiu a técnica e o segredo na fabricação de um bom e acolchegante colchão de crina vegetal ou mesmo de capim, buscado no longínqüo bairro das Sete Cruzes - em condições iguais à descrita pelos familiares do Hélio. A minha infância foi vivida em meio aos montes de capim, sentindo o cheiro da crina e do algodão sendo desfiado para os travesseiros.Os colégios internos eram clientes expressivos. Apenas uma vez viajei sobre a carga de capim lá das "Setes Cruzes" (depois Sobra e hoje distrito industrial) até a cidade - chegamos à noite - vovó nos esperava com um jantar delicioso, ainda hoje sinto o seu aroma e sabor. Ali trabalharam pessoas célebres da nossa cidade. Havia um senhor, de nome Vicente(?), homem forte, lutador de judô e massagista do E.C. Operário. Depois foi funcionário dos Corrêios e finalmente expressivo advogado da Comarca. Estudioso. Exemplo de abnegação. Figura humana exemplar! Leitor de gibi - exibia com orgulho sua coleção. O "Taquinho", lateral esquerdo, também do Operário, aprendeu o ofício e trabalhou longo período na Colchoaria Gonçalves. Além de seus familiares, acho que apenas a vovó o tratava pelo nome de batismo - que poucos devem saber. Descobri que ele era atleta no dia que uma "cabra leiteira" , que a vovó Pedrina mantinha no quintal, escapou e ele a cercou depois de intensa corrida pelo entorno dos "Armazens Gerais" - hoje mercado municipal. Por razões diversas, a empresa da família Gonçalves acabou sucumbindo em meio às dificuldades financeiras. Desculpem ! Acabei me perdendo, mas . . . Fica assim o registro, da saga dos Silva - Armando, Hélio e agora a diligente Maria Eunice e seus filhos - com significativa participação dos Gonçalves nessa tradição de fabricar colchões em Ourinhos. (ver matéria no Jornal da Divisa)

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Dólares chegaram do EUA - elementar meu cargo "Watson"!

E daí ! Evidente que os dólares vieram dos Estados Unidos. Tratando-se de dólares americanos, sendo verdadeiros, só poderiam ser fabricados nos USA. Quando a Polícia Federal divulga que os dólares apreendidos com os petistas são oriundos do EUA parece que está a zombar do nosso discernimento. O ministro Marco Aurélio já adiantou, então faz-de-conta que não houve "grampo". Isso, depois de divulgada a escuta e ter-se passado uma semana. Pera aí ! A Polícia Federal pode até favorecer o governo petista, protelando as investigações ou omitindo os crimes e envolvidos até aqui identificados, mas não pode continuar nos tratando como imbecis. Os dólares são verdadeiros, constam exibir-se com numeração em série continuada e que foram trazidos dos Estados Unidos - isso não incrimina ninguém ! Não se concebe que a diversidade do espectro profissional da Polícia Federal mantenha - em nome de um governo corrupto e de sua permanência no poder - sob sigilo as provas e dados colhidos até o momento. Em nome da democracia e de uma eleição limpa, vamos dar nome aos bois, revelando a fotografia da dinheirama apreendida, origem dos reais e dólares (não vale dizer que foram trazidos do USA), e demais pessoas envolvidas. Sejam isentos -não manipulem as informações e muito menos compactuem com esse tipo de conduta - e não maculem a história de vida de cada um dos senhores. Delegado Paulo Lacerda, o senhor encontra-se aposentado, exibiu conduta profissional exemplar, atuou com isenção e profissionalismo em momentos históricos deste país, não deixe a vaidade (não posso acreditar em conivência) empanar esse brilho e o orgulho que devotamos à sua pessoa. A sua vida pessoal e profissional deve tê-lo forjado a resistir a qualquer tipo de pressão, sugestão ou interesses contrariados. Mantenha a altivez e resista mais uma vez. O vosso compromisso é com a lei. com sua instituição e com o país!

Ana Cepollina - recebe tratamento privilegiado !

É uma afronta ao entendimento do homem médio - quiçá aos pobres - quando o promotor de justiça afirma que no momento não se justifica a prisão da advogada Ana Cepollina, suspeita da morte do deputado Ubiratan, porque ela está colaborando com as investigações. Minta - falseie a verdade - que eu gosto ! Apenas para lembrar:- a advogada além de não confessar a prática do crime, ainda tergiversou sugerindo à investigação outros caminhos, inclusive a possibilidade de relações estranhas do deputado com morador - ou moradora - do mesmo condomínio; lavou ou providenciou a lavagem das roupas que trajava na noite do crime e ao exibir a blusa que usava, teria oferecido peça diferente com visível propósito de dificultar o trabalho policial; com o mesmo propósito procurou por todos os meios insinuar o envolvimento de outras pessoas, principalmente da delegada da PF; agiu com manifesta arrogância, impondo-se perante à imprensa, com visível intenção de inibir a ação do poder público - ao tentar passar-se por inocente; por último, mantinha em sua casa - isso em concurso com sua mãe - verdadeiro arsenal, que pode não revelar, mas indica conduta social belicosa. Apenas a guisa de registro, esta última situação foi vivenciada dez ou quinze dias depois da descoberta do crime. Em resumo, Ana fugiu do local do crime, fez desaparecer a arma utilizada, sonegou provas, afrontou todas as evidências ao negar estar presente no momento do dísparo, dissimulou e tergiversou, enfim - efetivamente não colaborou com a busca da verdade real. Agora, imagine uma empregada doméstica, moradora na periferia da cidade - ou qualquer outra pessoa de origem humilde - que viesse a se envolver numa situação análoga. Alguém tem dúvida que sua prisão provisória já estaria decretada na mesma noite - quando muito no dia seguinte - que o cadáver foi encontrado ? É de se estranhar que o apartamento da suspeita Ana Cepollina tenha sido alvo de busca apenas uma ou duas semanas depois do crime - isso, no mínimo, cheira à negligência ! Depois disso, surge o delegado afirmando "estou absolutamente convencido, não me interessam o conteúdo dos laudos restantes, que a advogada está envolvida na morte do deputado / coronel" - então porque não conclui que foi ela quem atirou contra Ubiratan ? Adiantam que ela será indiciada por crime de homicídio qualificado, pelo motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima - então o crime é hediondo e cabe a prisão temporária, quando imprescindível para completa elucidação dos fatos. É bom lembrar, que nessa altura além de presa, o "barraco" da empregadinha já teria sido varejado inúmeras vezes e raramente com o mesmo respeito ou cuidado dispensado ao apartamento das advogadas. Ainda poderíamos ir mais adiante, questionando o motivo da vida pregressa da suspeita não ter sido vasculhada, para se saber de seus hábitos, costumes e antecedentes sociais e, eventualmente, criminais - nem mesmo a imprensa, sempre diligente foi buscar essas informações. Sem qualquer dúvida, ainda que a constituição federal diga que todos são iguais perante a lei, o tratamento criminal dispensado ao rico ou social e/ou politicamente bem situado nesse país é comprovadamente privilegiado. Depois ainda querem encontrar, exclusivamente nas causas sociais, os motivos e razões pela predominância de pobres em nossas prisões. A indignação fica assim dirigida aos operadores do direito, porque as leis existem e valem indistintamente para todos !

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

DETRAN - É HORA DE DISCUTIR SEU FUTURO !

A notícia é recorrente, já que periodicamente surge um novo escândalo envolvendo funcionários, despachantes policiais, auto-escolas e a sistemática de funcionamento do Detran de São Paulo. Agora, mais uma vez a Polícia Civil, como responsável pelas principais atividades do Departamento de Trânsito, inclusive sua direção, suporta denúncia sobre venda de "carteiras de motoristas". Embora reconhecendo tratar-se de importante serviço prestado pela Polícia Civil de São Paulo - no âmbito de todo território do estado - assim como, o serviço de identificação civil e criminal (IIRGD), as questões atinentes ao registro de veículos e habilitação de condutores fogem da sua atuação precípua - que diz respeito à atividade de Polícia Judiciária e suas questões processuais
- conforme preceitua o Artigo 144, § 4º da Constituição Federal. Apenas a guisa de lembrança, cabe registrar que a Polícia Civil de São Paulo, durante os cem anos de existência, já suportou enorme elenco de atribuições, inclusive relacionados com diversão pública - incluindo, o serviço de censura - assistência social, fiscalização de hotéis e similares, controle de armas e munição, dentre outros. Por razões que não cabe considerar, acabou sendo substituída nessas atribuições por outros órgãos, com mais afinidade e disposição para o mister. Nas questões relacionadas com Detran, vamos caminhando para o mesmo destino. A rigor, os serviços de registro, licenciamento e fiscalização de veículos, bem como, cursos de aprendizagem e habilitação de condutores, setor de ensino, exames médicos / psicotécnicos e outras atividade relacionadas com o trânsito, lamentavelmente não se coadunam com a atividade fim da Polícia Civil. O ônus que a corporação vem suportando há décadas, diante dos repetidos escândalos, mazelas e dificuldades administrativas, parece não compensar o status e prestígio eventual que a atribuição lhe confere. Talvez fosse este o momento oportuno - como demonstração de despreendimento e sabedoria - para se discutir o assunto no âmbito da corporação, com a disposição de encontrar-se o meio adequado para levar ao Exmo. Governador do Estado sugestões para o seu encaminhamento. Por exemplo, redistribuir essas atribuições com duas ou mais secretarias de estado. Certamente haverá resistência, até mesmo na Polícia Militar do Estado, por motivos, razões e interesses mais diversos. É bom lembrar, na expressiva maioria dos estados brasileiros, o departamento de trânsito não está vinculado à Secretaria da Segurança Pública. Situações já vividas recomendam:- " ... entregar os anéis para não perder os dedos ... " Reflitam !

(Diário de Assis - 27/09/2006)

domingo, 24 de setembro de 2006

Bunker do José Dirceu já era conhecido !

O 3º andar ou seria o 7º andar, enfim qualquer que fosse a área ocupada da sede do Partido dos Trabalhadores, era inespugnável porque ali funcionava - o certo é dizer agia - o serviço liderado por José Dirceu. Certa feita, a imprensa chegou até porta. Logo, o chefe daquele serviço determinou não deixe entrar essa porr ... !. Igual conduta Delúbio Soares externou quando alguém sugeriu que fosse publicada na internet a movimentação financeira dos partidos políticos. Isso, é ingenuidade ! Ali funcionava o "núcleo de inteligência" do PT - esse mesmo que Jorge Lorenzetti, enfermeiro de profissão, chefiava, sob supervisão do seu mentor. Alguma coisa parecida com o SNI criado pelo general Golbery Couto e Silva. As atividades do órgão era recolher, analisar, ordenar, cruzar e, sempre que possível manipular as informações. Logo eram vazadas para imprensa - sempre havia e, lamentavelmente, ainda há militantes e simpatizantes da "causa" nas redações dos principais veículos de comunicação do Brasil. Circunstância então apenas sugerida, agora é conhecida e admitida por dissidentes ou contrariados com o método de governar do petismo. Enquanto, nas mãos de profissionais - salvo alguns deslizes, vejam os casos do Paulo de Tarso e da Beth Mendes - esse grupo manteve o núcleo sob seu controle e domínio. Com isso, conseguiram tripudiar, injuriando o governo do Fernando Henrique. Durante aquele período seus aliados ultrapassaram a imprensa, foram ter aos desvãos do Ministério Público Federal e Estaduais - até mesmo no Poder Judiciário e Forças Armadas não ficaram isentos da sua intervenção. Figuras expressivas do governo anterior foram execradas - algumas de forma merecida - e tiveram suas carreiras interrompidas com denúncias infundadas e descabidas. O Eduardo Jorge é exemplo - hoje processa o seu detrator Luiz Fransciso de Souza, promotor petista. Até mesmo "companheiros" foram alvo da ação do núcleo - Heloisa Helena, "Babá", certamente não foram os últimos. Graças ao "setor de inteligência" o PT conseguiu com inaudita rapidez aparelhar o estado brasileiro, ocupando os principais cargos da administração pública - direita e indireta. É verdade que parte dessa ocupação já vinha acontecendo. Seus pares ocupavam a sorrelfa ou sob as vistas complacentes e, até certo ingênua, dos antigos governantes, cargos importantes na administração federal e fundos de pensões. Não se tem notícia - nem mesmo informação - da preocupação dos órgãos de segurança estaduais ou federal com a atuação clandestina desse núcleo petista. Agora, fica evidente que além de ações políticas ilegais, agiram como criminosos - quando não, aliavam atos políticos com práticas ilícitas ou vice-versa !

Recado para o procurador Mário Lúcio !

Jovem, dedicado e corajoso Mário Lúcio Avelar, procurador da república. Sua atuação nas investigações sobre o "Dossiê Vedoin" merece aplausos e, principalmente, o nosso respeito e admiração. Como medida de justiça, os méritos hão de ser estendidos a segmento expressivo da Polícia Federal - certamente, até com maior ênfase - por estarmos ainda trafegando pela primeira fase da persecução criminal. Assim, doutor Mário Lúcio denuncie, mas não se exaspere sobre a conduta dos envolvidos na operação. Nesta situação, diante das injunções político / eleitoral haveria de acontecer a disposição de alguns adiantarem-se em seus depoimentos - o correto seria interrogatório, por existirem elementos para indiciamento de todos - com intuito de direcionarem as investigações, segundo a conveniência do grupo de malfeitores. Então não se amofine jovem procurador, ao contrário - tire proveito das versões exageradamente coincidentes para levá-los à presença da Justiça, não só para responderem por eventuais crimes:- eleitoral, contra o poder econômico e outros - como também pela "associação criminosa". Encontre nos detalhes fornecidos, elementos para implicação de cada um, com o todo e o desideratum da conduta ilícita. Bando ou quadrilha, é isso que constituíram com a disposição de governar o país, através do SINDICATO DO CRIME !

O caminho de Abel Pereira !

Assim como a vida, o crime também tem o seu caminho. A expressão "Iter criminis", utilizada no mundo jurídico, para fins de estudo e discussão, estabelece as etapas percorridas pela ação criminosa até que se consume ou esgote a conduta ilícita. Sem embargo, da conduta do empresário piracicabano Abel Pereira, ter ou não, operado no Ministério da Saúde durante a gestão José Serra / Barjas Negri, seu aventado envolvimento com a negociação do "Dossiê Vedoin" não nos parece evidenciado. Pelo menos, tomando como elementos, as informações veiculados pela imprensa nos últimos dias. O noticiário dá conta que Abel Pereira teria tentado manter contato com os Vedoin em meados do mês de setembro corrente, período de negociação com o pessoal do PT e da campanha do presidente Luiz Ignácio Chegou a deixar recados, mas não consta que o contato pessoal, ainda que por telefone, tenha se efetivado. Considerando que o "Iter criminis", prevê no caminhar do criminoso - fases distintas - algumas nem mesmo punível pela lei penal brasileira. Vamos em frente ! A primeira fase, se desenvolve no âmbito da idealização da ação delituosa, exclusivamente no pensamento, portanto, irrelevante para o mundo do direito. Vencidas as resistências pessoais, sociais, religiosas e legais, o infrator avança no sentido dos atos preparatórios. Aí sim, passa a exteriorizar alguns atos e praticar ações - em direção ao crime - que, isoladamente, já podem até mesmo se revelar em conduta reprovável e, por conseguinte punível pela lei (é o caso do "assaltante" que se arma para execução do roubo) e outras como aliciar coadjuvantes e / ou parceiros, alugar ou comprar um imóvel ( exemplo foram os ladrões de bancos no RS), obter veículos, etc ... Por último, vem a execução, ou seja a exteriorização da ação humana no sentido de levar a termo sua disposição, consumando o crime. Por isso, não nos convence - até o momento, diante dos elementos revelados - que Abel Pereira tenha praticado alguma ação criminosa no episódio, qual seja, compra do "Dossiê Vedoin", ainda que o quisesse, sua conduta não teria transposto a primeira fase do "Iter criminis". Assim, mais uma vez o Ministério da Justiça, através da Polícia Federal, atua em favor do Governo Federal - como advogado de defesa - quando se dispõe a denegrir a imagem do ofendido, com o propósito de atenuar (ou até mesmo justificar) a ação criminosa do (s) criminoso (s). SE TODOS SOMOS IGUAIS, PORQUE PUNIR O LADRÃO DE PORCO ?

Restituição de coisa apreendida - pode voltar a acontecer !

O Artigo 118 e seguintes do Código de Processo Penal trata da restituição das coisas apreendidas - no curso da persecução criminal. Assim, o dinheiro - reais e dolares - apreendidos em mãos dos petista Gedimar Passos e Valdebram Padilha, estão inseridos nesse elenco. Portanto, a qualquer momento os proprietários e/ou detentores desses numerários poderão socorrer-se do Poder Judiciário para pleitear a sua restituição. Não importa estar ainda em curso as investigações - desde que não interessem mais ao processo - poderão ser restituidos. Aliás, isso já aconteceu em outros momentos importantes da política nacional. Lembram-se da apreensão de uma "pilha de dinheiro" - mais de um milhão de reais - na firma Liduma (?) de propriedade Jorge Murad, genro do José Sarney - esposo da pré-candidata Roseana Sarney - lá do Maranhão. Então, é preciso estar atento - os mesmos interesses políticos que vem impedindo a publicidade da fotografia da "montanha de dolares e reais" apreendidos - poderão perfeitamente viabilizar a restituição daqueles numerários aos responsáveis pela operação, desde que julguem não interessar mais ao processo criminal. Parece que caminhamos para uma operação semelhante - deixar esvaziar o assunto - para obter as benesses da lei já que preso, não existe mais ninguém (Vedoin não conta). Crime parece que nenhum dos envolvidos cometeu. Com as fotos, pelos menos poderíamos exibi-las para nossos netos, senão passaríamos por mentirosos !

INGÊNUO OU CONIVENTE !

O jeito bonachão do vice-presidente José de Alencar. Até modo de falar, salvo quando se dispõe a explicar teorias econômicas, chega a transmitir expressões de um homem bom. Por outro lado, acreditar que um mineiro - que, come quieto - com sucesso nos mundos dos negócios, ainda que se utilizando de mão de obra barata - quase escrava - do norte das Minas Gerais, revele tamanha ingenuidade quando se manifesta na defesa do presidente Luiz Ignácio, cheira a hipocrisia. Aliás, hoje, durante a caminhada na praia, o velho Bianor, nordestino como Lulla, com bem mais de 70 anos, vendedor de sorvete, veio ao meu encontro afirmando:- "... como pode o povo acreditar num homem desse e por cima dar o seu voto a ele ..." Mesmo lhe sendo facultativo, o senhor Bianor prometeu comparecer para votar em Geraldo Alckmin. O sorveteiro ainda insitou o "Zé Baiano", vendedor de cocô e milho verde a fazer o mesmo - Zé, caboclo sabido, logo se isentou afirmando que não votara em Lulla na eleição passada e, portanto, vota em Alckmin por escolha. Agora ! Ouvir a fala mansa do mineiro José Alencar, apesar de septuagenário, afirmar que o presidente é vítima dos erros dos campanheiros - já o foi das elites - sinceramente, não dá mais para acreditar. Doutor José Alencar (?) até há pouco eu o tinha como ingênuo. Passo a me convencer que o senhor é um oportunista - quiçá conivente com a conduta do governo petista !

sábado, 23 de setembro de 2006

A VIOLÊNCIA JÁ EXISTIA

Embora tendo vivido num lar harmônico, onde o casal se respeitava e procurava transmitir bons exemplos para os seus filhos e exigir destes comportamento condizente com a educação recebida, na minha infância assisti momentos de extrema violência.

A nossa rua, segundo meu irmão, seria uma representação das nações únidas. Famílias das mais variadas nacionalidades conviviam em paz. Mais do que isso, mantinham boas relações e se tornaram amigas - e, como era costume na época, conversar sentado na calçada era um hábito.

Por outro lado, a existência de pensões, restaurantes, bares, indústrias, em meio a outras atividades comercias e de serviço faziam da avenida Jacinto Sá, naquele trecho - infelizmente, hoje bastante degradada - uma área de intensa movimentação de pessoas de de veículos. Daquele ponto era possível alcançar as estações ferroviária e rodoviária, assim como, o centro da cidade através do saudoso "pontilhão".

Numa daquelas noites, observamos dois homens passar correndo, um perseguindo o outro - pela calçada oposta, alcançaram a antiga rua Goiás, tomando o sentido do viaduto.

Momentos depois, apenas um deles retornou apressado. Desta vez passou pela calçada de casa e chegou a tocar nas pernas do meu pai - sentado numa cadeira. Logo veio a notícia, seu algoz - o perseguidor, na primeira passagem - havia sido esfaqueado num desvão do Restaurante do Schmith, que funcionava junto ao acesso à passarela.

À certa distância, mais do que observar - ouvíamos os comentários não só da perseguição, mas também o seus desfecho dando conta que o crime de morte se consumara.

Em outra ocasião, abria o açougue para pegar o leite para o lanche noturno - geladeira só aquela do comércio - quando avistei "Gibi" e seu irmão "João Preto" saindo na mão, como dizem hoje. Ambos negros, muito fortes e agéis - trabalhavam como saqueiros.

Percebi claramente quando "Gibi" foi derrubado com um golpe, próprio de capoeirista, popularmente conhecido por "rabo de arraia" e ao levantar-se, vendo se em desvantagem, foi armar-se de um balaustre - tirada da cerca de proteção às árvores recém plantadas na rua - e golpeou seu irmão e desafeto até prostá-lo ao solo mortamente ferido.

Mais adiante, a profissão que tomei como princípio de vida, por mais de trinta anos continuou a me manter bem próximo da violência e até mesmo conviver com ela no dia-a-dia do meu trabalho. Lembro-me que nos primeiros tempos de atividade policial - algo como teste de aptidão - foram me exibidos os primeiros cadáveres produzidos pelo famigerado esquadrão da morte. "Negro Sete", "Saponga" e outros, isso quando eram transportados para o instituto médico legal.

Ainda assim, a imagem de violência mais nítida na minha memorária e que ainda me intriga diz respeito a dois meninos, meus amigos de infância !

Permitam-me referir a eles apenas como "Baianinho" e "Lourinho". Ambos moravam num mesmo quintal, ali na rua Amazonas. O primeiro, era filho de um pequeno comerciante de miudezas. O outro, filho de um soldado da antiga Força Pública.

Num final de tarde, depois da escola, como de costume saimos para brincar na rua. Dado momento, "Baianinho" e "Lourinho" - instigados por outras crianças - envolveram-se numa "briguinha" de criança. Nada de sangue ou machucado. Ambos acabaram apanhando "à meia", já que apenas se engalfinharam em luta corporal.

Depois da contenda, "Lourinho" afastou-se chorando. Enquanto isso, a mãe de "Baianinho" logo o chamou, evidente que para reprendê-lo.

Continuamos a brincar. Já escurecia quando vimos o policial chegar em sua casa e, inteirado do ocorrido - ainda meio fardado - invadir a casa do vizinho e tomando "Baianinho" nos braços o levou para oferecer ao filho, para que este revidasse a inexistente desvantagem sofrida durante a "briga".

Não chegamos a presenciar o que ocorreu no interior da casa do "Lourinho", mas é certo que "Baianinho" retornou muito assustado e chorando foi buscar refúgio no colo de sua mãe.

O clima ficou tenso e refletia a expectativa diante da iminente chegada do pai de "Baianinho" - esse apelido dizia respeito a origem da família. Não me consta ter havido desdobramento daquele fato, salvo a mudança da família do policial lá para os lados do "buracão".

Não saberia dizer se "Lourinho" e "Baianinho" continuam morando em Ourinhos. Tudo leva a crer que seus pais já estarão mortos. Mas essa passagem insiste em me acompanhar e ao reproduzi-la tento apenas desfazer-me de um fantasma que me persegue há meio-século.

Como puderam observar, guardo inúmeras lembranças boas e desagradáveis, poucas me incomodam e provocam indignação como essa conduta do miliciano. Ainda que passados mais de 50 anos !

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Ministro - agilizar é não postergar a investigação !

Com aquela expressão e fala de santo casamenteiro - que não falha nunca - o ministro Tomaz Bastos declara que as investigações sobre o dossiê caminham a contento e, certamente, não acompanharão a dinâmica da campanha eleitoral e eleições de 1° outubro. Evidente meu caro "Watson", a sonegação da publicidade das provas já o indicava. Como jurista - talvez o melhor, quando atua no polo passivo - não pode negar que estamos tratando de ações criminosas com conotação eleitoral. Não há dúvida que visavam o próximo pleito. Assim, sua apuração - sob pena de ser taxada de conduzida e sem isenção - deveria sim acompanhar a démarche da campanha para as eleições que se aproximam. O interesse público deve sempre prevalecer ! Desde sempre a conduta dos candidatos - incluindo aí, sua estratégia de campanha - foi levada em consideração para esclarecimento e orientação dos eleitores, na escolha de seus candidatos. Por isso, omitir ou sonegar informações desse grande público, simplesmente se reduz em manipulação de campanha - com visível favorecimento ao candidato oficial - em detrimento da igualdade de condições, quando dispensadas a transparência e publicidade sobre a intenção dos candidatos. O momento é este. Investigações tardias, como a justiça, serve sempre ao acusado. O corolário de todo processo - é o voto ! A Justiça Eleitoral há de saber impor as regras para uma eleição justa !

Negar outra vez ! Não, presidente.

O presidente Luiz Ignácio vem se jactando que desde 1989, quando disputou sua primeira eleição, em nenhum momento fez uso de meios inidôneos para obter uma vitória eleitoral. Esta, como as demais declarações do lider petista, também nos deixa intrigado e dispostos a desmascará-lo. Não se trata de discutir o mérito da afirmação - o PT utilizou-se ou não de meios condenáveis para ganhar eleições ? - por se tratar de matéria vencida, diante dos assassinatos de petistas eméritos e das coincidências ocorridas nas eleições municipais de Guarulhos. A afirmação do presidente simplesmente não pode ser levada em consideração, por que o Ignácio da Silva - há quatro anos - vem se esquivando dos escândalos em seu governo alegando "desconhecer os fatos". Como agora ! Diante de grave acontecimento, envolvendo importantes figuras da sua campanha, pode querer nos convencer que - mais uma vez - "não sabia de nada". É uma afronta à nossa capacidade de discernimento !

terça-feira, 19 de setembro de 2006

BRASIL VIROU UM IMENSO SINDICATO

Bem! Isso já era esperado.

Apenas os incautos poderiam considerar que um sindicalista, com qualidades próprias dos oportunistas, poderia governar com correção um país da dimensão e complexidade do Brasil.

Quem conhece, pelo menos um pouco, o meio sindical, seus meandros e bastidores, enfim a organização sindical brasileira e a forma como se conquista e exerce o poder nesse ambiente, não tinha como acreditar nas mentiras, dissimulações e falsifidades que envolviam a candidatura do atual presidente.

Depois de uma série de tentativas, com a aquiescência "meio envergonhada" das pessoas mais esclarecidas desta nação - certamente, com algum componente de culpa histórica e manifesta negligência - inclusive do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sociólogo de formação, que em certos momentos exibia disposição acadêmica e nunca escondendo a possibilidade de vivenciar a experiência de um operário governando o país, inevitavelmente a hipótese acabou se realizando.

Logo pudemos constatar - melhor dizer, sentimos - que o "modus operandi" empregado nos sindicatos acabaria se instalando na estrutura do governo federal. O aparelhamento foi imediato - a tomada dos postos mais parecia uma corrida rasa e, sem obstáculos - os cargos passaram a ser ocupados sem qualquer constrangimento, diante da evidente desqualificação dos candidatos nomeados.

Até mesmo a mulher do presidente, não hesitou em dar novas cores para a fachada da moradia oficial, inserindo em seu jardim uma grande estrela vermelha - como a indicar, o símbolo da nova gestão e sua cor preferida. Depois disso, prostou-se num silêncio e ociosidade completos.

Essa disposição para usar e abusar das benesses do poder, logo se evidenciaram - festas e reuniões familiares e de amigos - com utilização dos meios, instalações e todos tipo de facilidade que a estrutura da administração oferece, passaram a ser rotina na seara petista / governamental.

A ascensão revelou instintos e sentimentos que a vida sindical, certamente não permitia. Socorreu-se dos maiores empresários nacionais, como se empresta uma xícara de açúcar do vizinho ou o butijão de gás, para reformar, para tornar mais sofisticada, a residência oficial do presidente da república. Apenas não se tem notícia da manutenção da "estrela vermelha" no jardim presidencial.

Nas primeiras viagens, deve ter logo equiparado o avião presidencial ?sucatão? à velha kombi que todo sindicato utiliza para os mais variados serviços, inclusive levar a diretoria para pescar nos finais de semana. Não se fez de rogado, tomou a iniciativa ? polêmica, por discutível sua prioridade - de encomendar um avião novo. Ainda se indaga:- qual seria o parâmetro que tomou para comprar o Airbus, parementado em ambiente de ?mil e uma noites? ?

Uma vez no cargo, como todo presidente de sindicato, cercou-se dos seus ?cupinchas? e ?paus-mandados? - certamente, os mais ladinos foram se assenhorando dos cargos estratégicos. Os registros dão conta que o tratamento dispensado a esses ajudantes ? verdadeiros serviçais, são constrangedores.

Enquanto isso, deslumbrado com o cargo e não suportando o aborrecimento da rotina da administrativa - como fazia no sindicado - foi delegando atribuições para seus asseclas mais próximos - e de confiança. Sua preocupação primeira, era tentar desestruturar qualquer resquício da adininistração anterior, de forma a não sofrer interferência e muito menos fiscalização, como garantia de continuidade no poder indefinidamente - tendo sempre em mente a figura do "Joaquinzão", eterno presidente do sindicato dos metalúrgicos.

Com essa disposição, passou a distribuir favores e benefícios para quem se dispusesse a segui-lo nessa empreitada. Aliás, foi prestando favores que conseguiu aproximar-se da viúva - carente ou não - que procurava o sindicado para encaminhar os papéis do auxílio funerário e pensão do marido recém falecido.

Logo percebeu que podia distribuir - ao invés de favores e serviço - "dinheiro vivo" para as pessoas aderirem ao seu projeto de poder ( e não de governo ) engrossando cada vez mais a base que lhe dá sustentação política.

A primeira tentativa, não deu certo exclusivamente pela incompetência gerencial do intelectual - de forma acadêmica, mas de viés petista - que havia idealizado aquele meio de tornar o povo cativo.

Simplesmente comida não foi suficiente, era necessário dinheiro - que os franceses chamam "larjan" - para conquistar, não só a barriga, como também a consciência da população carente - tal qual as religiões que lhes oferece a salvação eterna apenas com a verdade dos áulicos.

A busca do poder, que já havia deixado no curso da sua história cadaveres, não haveria de poupar - sendo preciso - parceiros e correligionários fiéis. A sua mente já não dispunha de espaço para sentimentos menores, amizade, ideologia, compromisso e verdade se tornaram palavras sem qualquer significado para o candidato a déspota, sua disposição era uma só - a manutenção do poder a qualquer custo.

Com essa postura, não opôs qualquer resistência - pelo contrário, deve ter facilitado - o favorecimento ao seu filho Fábio Luiz e dos filhos do amigo Bittar, em vergonhosa "negociata" com a Telemar. Alguma coisa em torno de 18 milhões de reais .fizeram a feira e o futuro, do jóvem biólogo, ex-estagiário do Zoológico de São Paulo. O exímio praticante de video-game, como todo adolescente ocioso, de repente tornou-se produtor de games para a televisão - excelente negócio !

Assim, utilizando-se de meios até então desconhecidos - ou pelo menos não empregados nesse volume e extensão - acumulou dividendos, muito mais lucro que perdas, que o tornaram unanimidade e passou a ser reverenciado, principalmente, nos rincões mais humildes do território brasileiro.

Às vésperas das eleições de outubro de 2006, esse monstro que a oposição - em alguns passagens inflou, quando apoiou medidas legítimas de interesse nacionais ou tolerando práticas criminosas - ajudou ou permitiu, com manifesta desídia, que alcançasse essa estrutura político / administrativa, mediante o aparelhamento e controle do estado brasileiro.

Enquanto isso, o Brasil - perplexo, assiste aos desmandos, crimes e falcatruas de um governo corrupto - que há muito deixou de sonhar em tonar-se um imenso Portugal, se vê reduzido - com todos os vícios e defeitos que cercam o meio - a uma simples República Sindical, mais apropriado seria dizer Sindicato do Crime !

E agora Kennedy ? Você pode adiantar mais alguma coisa ?

Dias atrás o colunista Alencar Kennedy, no jornal "Folha de São Paulo", escreveu que o governo e sua base de apoio estariam preocupados com as últimas decisões do TSE. Segundo o jornalista (?), por contrárias à coligação que busca a reeleição do atual presidente. Adiantava que altos próceres da base governista estariam dispostos a pedir audiência para os ministros do TSE, com intuito de lhes transmitir a preocupação - sugeriam que o tribunal estaria sendo parcial. Aqui comentamos que essa atitude dos políticos se revelava em coação - velada ou não - mas ilegal, contra a Justiça Eleitoral. Agora, diante da existência de escuta clandestina nos telefones dos ministros Marco Aurélio e Peluso, restaria indagar - primeiro ao Kennedy e depois aos políticos - que tipo
de argumento essa comissão usaria para convencer os juizes a amenizarem os julgamentos dos atos da campanha petista? Depois não se falou mais na tal audiência. Será que se tornou inviável, diante do vazamento da escuta? Certamente, o colunista Alencar Kennedy - sempre bem informado das hostes governistas - poderá nos adiantar mais alguma coisa !

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Quércia e Tasso Jereissati - cada um a seu modo elegeu o governador do seu estado !

Se o resultado das eleições no Ceará der a vitória ao candidato Cid Gomes e Geraldo Alckmin for derrotado na disputada para o cargo de presidente da república, os objetivos do senador Tasso Jereissati terão sido alcançados. Derrota do seu desafeto Lúcio Alcântara, embora correligionário no PSDB, revela demonstração de força da dupla Ciro e Tasso, que definitivamente veio substituir os coronéis na política cearense. Ao mesmo tempo que inviabilizava a candidatura de José Serra, embora este exibisse melhores condições para o confronto com Luiz Ignácio. Assim, fica estabelecido o parâmetro entre sua atuação - enquanto presidente nacional do PSDB, e do então governador Orestes Quércia quando elegeu o seu sucessor Luiz Antônio Fleury Filho. Na ocasião Quércia jactou-se "quebrei o Banespa, mas elegi meu sucessor". Agora, Tasso Jereisssati tornou o PSDB uma agremiação disforme, desprovida de cara e sem votos! Não conseguiu sensibilizar os pobres, por falta de compromisso e proximidade com seus problemas, assim como, perdeu a simpatia dos ricos - por terem encontrado quem lhes presta o mesmo serviço, certamente por um custo menor. Apesar desse quadro, o PSDB conseguirá eleger três governadores em estados de expressão na federação, exclusivamente pela força política pessoal que cada um detém e graças a história que o partido construiu e conseguiu preservar ao longo de sua existência.

domingo, 17 de setembro de 2006

A morte de dois valentes -"Tonico Listra e coronel / deputado Ubiratan"

Ao ler matéria no "Estadão" traçando o perfil do deputado Ubiratan, com destaque para sua carreira policial-militar, relação com filhos e circunstâncias de seu assassinato, me ocorreu fato semelhante.

Outro cidadão tão corajoso e valente quanto o Coronel-PM também foi morto com tiro no abdomen. Lembrei-me do lider político "Tonico Listra", também coronel da Guarda Nacional, assassinado a tiro - por um policial da Força Pública - na década de 20, na cidade de Santa Cruz do Rio Pardo.

Naquela época, quando uma morte era encomendada - para se ter certeza do resultado letal - recomendava-se ao matador que atirasse na "barriga" da. vítima. Isso aconteceu tanto com "Tonico Listra" quanto com o Coronel Ubiratan.

É bom lembrar que esse tipo de lesão - por suas características - regra geral não provoca a morte imediata. Por isso, a recomendação estava aliada à falta de recurso médico-hospital no interior, exigindo que o paciente fosse removido - sempre em condições precárias - para um centro mais adiantado para receber a assistência médica indicada.

Nem sempre dava tempo de alcançar o socorro, em tempo hábil e o paciente morria em conseqüência de hemorragia intra-abdominal ou em decorrência de septicemia, que inevitável se instalava, diante da demora no atendimento médico.

No caso do ?Tonico Listra? a sua morte ocorreu horas depois quando era conduzido - por um trem especial - para São Paulo.

Acredito que o Coronel Ubiratan - diante das circunstâncias em que foi assassinado - certamente não veio a óbito de forma instantânea, presume-se que tenha sofrido uma morte lenta e dolorosa.

Resta apenas a dúvida - teria ocorrido sob as vistas do seu algoz?

Kennedy - Não vale chorar ! Contra eventual rigor excessivo do TSE cabe recurso ao STF !

Pera aí! O cronista Alencar Kennedy - da Folha de São Paulo - está denunciando ou apenas adiantando uma situação surreal a ser vivida nos próximos dias. Legalmente, esse tipo de interferência se revela em coação criminosa. O magistrado, quando ouvir os argumentos mencionados pelo colunista, poderá prender em flagrante delito, os assacadores contra sua liberdade de exercer o poder que lhe é conferido pela constituição. Cabe esperar para conferir ! Apenas adiante-se:- sabendo de antemão do assunto a ser tratado, o Presidente do TSE ao aquiescer da audiência estará - gratuitamente, ou não - colocando sua isenção sob suspeita.

Veríssimo restaura a fé da "Velhinha de Taubaté"

O desencanto do Luiz Fernando Veríssimo durou pouco. Acho até que - qualquer momento - ele ressuscita a "Velhinha de Taubaté", descartada num momento de infortúnio. Dizer que Luiz Fernando começou a escrever, apenas depois da morte de seu pai, apenas corrobora com a opinião do Fernando Henrique Cardoso quando afirma: "de que dos "Verissimo" preferia o Érico". Não se trata apenas de dialética, por revelar uma avaliação da qualidade literária. Agora também verificamos que é de caráter. Sua ironia, ao mencionar que FHC não entendeu a piada, somente reforça a tese do ex-presidente.

Empresários não podem ficar silentes !

A manifestação espontânea do presidente Luiz Ignácio, durante jantar com ministros e empresários, sobre a possibilidade de "soltar o diabo que tem dentro dele e fechar o congresso", exige comentários das pessoas ali presentes. Mais uma vez a democracia é colocada em risco - pela primeira vez, com anúncio prévio.. Lembram-se em 1964, as mulheres sairam às ruas para pedirem a intervenção militar. Depois, seus maridos - empresários - não só apoiaram, como se locupletaram das benesses oferecidas por um regime de exceção. Agora, os mesmos empresários foram mais uma vez são incitados a colaborar com essa idéia maldita. A sociedade deve exigir que se posicionem - são a favor ou contra a proposta do presidente ? Não podem nem negar a fala do presidente, pois este já a admitiu publicamente, apenas dourou a pílula. Ou foi tudo invenção do cronista ? Depois não venham se posar de "mocinhos" que será tarde.

SOS - democracia !

Desculpem ! Mas, a notícia transcende a área política e campanha eleitoral. Diz respeito ao futuro do nosso país. Não sei se vocês viveram sob a égide (?) de um regime de exceção. Posso adiantar-lhes é por demais castrante - não consegui outro termo, mais apropriado. Então vamos refletir sobre a postura do nosso presidente e do seu partido. Os últimos acontecimentos já eram motivo para tanto, mas sua manifestação - em meio a um grupo, nem tanto isento - foge a qualquer disposição mais séria de continuar presidente sob o regime democrático. Suas dificuldades, certamente serão maiores. O voto é unitário, mas a escolha é de todos nós !

Um forte abraço; Noel.

Elio Gaspari -Globo. "Durante jantar de plutocratas a que Lula compareceu na quinta-feira, o empresário Eugênio Staub perguntou-lhe como pretendia fazer, durante o segundo mandato, as reformas que julga necessárias. Nosso Guia respondeu: "Staub, não acorde o demônio que tem em mim, porque a vontade que dá é de fechar esse Congresso e fazer o que é preciso". Segundo Lula, o próximo Congresso será pior do "que esse que está aí", pois virá com Paulo Maluf e Clodovil. Expressando-se na sua língua franca, deixou mal a mãe e pelo menos 20 notáveis nacionais. A proposta golpista do demônio que Lula carrega consigo foi contestada por inúmeros convidados que a ouviram. Lula vê outro empecilho para o êxito do seu projeto: a imprensa. Nos últimos 50 anos, o Coisa Ruim rondou três presidentes: Jânio Quadros, João Goulart e Costa e Silva. Nenhum deles concluiu o mandato. Castelo Branco e Ernesto Geisel fecharam o Congresso por poucas semanas. Seja o que Deus quiser."


MEMBRO DA EXECUTIVA NACIONAL DO PT IA COMPRAR O TAL DOSSIÊ-

sábado, 16 de setembro de 2006

Dirceu - já sabia do dossiê ?

Acabo de ler que o ex-ministro José Dirceu - Carlos Henrique, para os mais íntimos - antecipou em seu blog, que o dossiê "Vedoin" seria a "pá de cal" na candidatura de Alckmin. Acrescenta o petista que não poderia dizer o mesmo do candidato Serra, face a larga margem de intenções de votos sobre Mercadante - em casa, seria o "Olivinha". Essa leitura do "Zé Dirceu" me faz lembrar daquelas denúncias sobre o resultado de licitações. O denunciante, através de palavras ou frases cifradas, publica em jornais de grande circulação o nome do vencedor da concorrência, cujos envelopes com propostas ainda não foram abertos. Fica evidente, que um e outro, de alguma forma sabiam da "maracutaia" - resta saber o grau de comprometimento.

sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Atitude antidesportiva e deselegante !

O atleta Rogério Ceni, goleiro do São Paulo Futebol Clube - como todo ser humano - praticou um ato deselegante, talvez tenha infringiu a legislação desportiva, quando retirou do pescoço e atirou para a torcida a medalha de vice-campeão da Recopa, logo depois de ser premiado. É certo que o objeto lhe pertencia e, em tese, poderia fazer dele o que bem entendesse, mas sua atitude demonstrou menosprezo - não só pela premiação - como também pelo evento organizado pela Confederação Sul-Americana de Futebol. Seu desconforto poderia ser manifestado de outra forma, inclusive indicando outro atleta para representá-lo como capitão do time. O São Paulo Futebol Clube, pela sua história e tradição, não merecia estar representado naquele ato por seu principal jogador - figura expressiva e lider do seu elenco - e deve se manifestar a respeito do episódio. A Confederação Sul-Americana, uma vez afrontada pelo atleta, deverá estudar uma forma de aplicar rigorosa punição. Se a moda pega, as premiações se tornarão em festival de arremesso de medalhas !

Gabrielli ! Acorda, você está no Brasil.

Num gesto heróico - próprio dos pseudos líderes - José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobrás, vem a público para proclamar:- "Não vou admitir ser expulso da Bolívia !". Acorda presidente, você está no Brasil. Olhe-se no espelho e reflita comigo:- "como bom petista, apenas represento o papel de presidente da Petrobrás". Por onde andará José Eduardo Dutra, a quem sucedeu? Esqueceu-se. Certamente, terás o mesmo destino. Atente, atualmente estás a mando da Dilma Rousseff. Não vá além da sua mediocridade. Aguarde sinalização do escalão superior. Depois então poderá assumir postura tão altiva - por sinal, inadequada para o seu perfil !

Governo petista - desculpas de sempre ... !

Estranho que agora - às vésperas das eleições - o TCU venha anunciar irregularidades na distribuição das cartilhas do governo federal! Expressão raivosa do ex-ministro Luiz Gushiken para tentar descaracterizar a gravidade do episódio. Evidente, que igual postura não se poderia exigir de um petista do seu calibre, quando o governo federal anuncia - agora sim, às vésperas das eleições - a antecipação do 13º salário dos aposentados; suspeitas e equivocadas medidas para facilitar o financiamento da casa própria. Como medidas "politiqueiras" e próprias de palanque eleitoral. Já Tarso Genro - que não conseguiu refundar o Partido dos Trabalhadores - prefere apontar a atuação do TCU como golpismo, afeito ao udenismo que grassa pela oposição ao governo petista. Felizmente, suas iniciativas nunca são bem sucedidas. Não conseguiu derrubar o presidente Fernando Henrique - "FORA FHC" como também não obteve êxito na refundação do PT - que continua como dantes no quartel do Abrantes ...!

EFICIÊNCIA DA POLICIA OU INGENUIDADE DOS TRAFICANTES

Já de um bom tempo, venho acompanhando pelos jornais da região, notícias sobre as inúmeras e expressivas apreensões de "maconha" e "cocaína", realizadas pela Polícia Rodoviária - tanto federal, como a estadual.

Há que se reconhecer e louvar a atuação daquelas milícias no combate ao tráfico de drogas - inclusive, no âmbito internacional.

Apenas lamente-se que as prisões se restrinjam a pessoas comuns do povo - verdadeiras mulas, na acepção literal do termo - em geral homens, bem jovens ou mulheres, estas ao que nos parece um pouco mais adultas.

Isso não empana a eficiência da Polícia Rodoviária, pelo contrário lhe confere méritos, já que sua atividade precípua diz respeito à vigilância das rodovias, acompanhada da fiscalização de seus usuários.

Infelizmente, diante das evidências constatamos que essa atuação é isolada e não tem continuidade pelos órgãos responsáveis pela coleta de subsídios e continuidade das investigações, com vistas a localizar, identificar e prender os responsáveis pelos demais elos da cadeia (?) - produção da erva, refino e/ou prensagem e embalagem, já que apenas, parcialmente, a sua distribuição vem sendo detectada.

Mesmo assim, o trabalho realizado é digno de aplausos e merece o nosso respeito, por se levar em consideração que não se trata de uma apreensão apenas - como já foi mencionado - diz respeito a uma série de intervenções bem sucedidas.

Depreende-se que a Polícia Rodoviária estaria monitorando essa modalidade de crime, de forma sistemática, em todo eixo das estradas - estaduais e federais - com tamanha eficiência que o resultado chega a ser surpreendente. Essa metodologia poderia ser expandida e aplicada simultaneamente em toda malha rodoviária.

Aliás, situação mais ou menos semelhante, tem sido registrada nos aerportos internacionais, onde - com freqüência intrigante, passageiros com destino à Europa, tem sido surpreendidos transportando drogas - em condições até certo ponto simplista e de afronta à capacidade de fiscalização dos órgãos alfandegários.

É até possível concluir:- ainda que de forma isolada, a nossa polícia está a demonstrar certa eficiência; o volume do tráfico é tamanho que essas apreensões não lhe causam prejuízo significativos; ou, ainda, as pessoas presas são, simplesmente, peças de fácil reposição e de baixo custo - perfeitamente descartáveis.

Diante de uma conduta ilícita reiterada - sempre utilizando o mesmo modus operandi, restaria então indagar:

As apreensões decorrem exclusivamente da competência e eficiência da Polícia Rodoviária?

Seriam então os traficantes ingênuos a tal ponto de manterem o fluxo de drogas - de forma rotineira - sendo transportado em condição vulnerável e amplamente conhecida, inclusive já detectada pela polícia?

Apenas as dúvidas são minhas!

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Promotores acusam:- PF vazou diligência no Senado!

Dias atrás comentei que a Polícia Federal - em diversos momentos da recente vida nacional - havia descartado o (s) coringa (s) por não ter realizado, tempestivamente, investigações sobre fatos típicos criminosos envolvendo altos próceres do governo federal e, particularmente, do petismo. E quando o fez conduziu as investigações - vide casos Waldomiro Diz e Maurício Marinho - de tal forma negligente que tornou inviável qualquer apuração mais séria. Agora, coube ao ministério público federal denunciar, através da imprensa nacional, que a Polícia Federal vazou informações sobre busca ordenada pela justiça nas dependências do congresso nacional. Coube a um dos suspeitos da conduta ilícita acompanhar a diligência, depois de adredemente preparar os computadores e arquivos, para torná-la infrutífera. Desta vez, a Polícia Federal não se limitou a descartar o coringa, antes disso, passou a carta para o adversário - no caso o investigado - para que ele "levasse a melhor". Seria o caso:- presidente da república e ministro da justiça - virem, mais uma vez a público, para louvarem o esmero e profissionalismo da Polícia Federal!

Aécio e Minas

Se a escolha do Alckmin foi a melhor para o atual quadro da política nacional? Se atendeu os interesses da coligação PSDB / PFL? Ou, se foi apenas um projeto político pessoal do ex-governador? Parece irrelevante. Poderíamos até mesmo especular, se a escolha não se resumiu a um pragmatismo do PSDB paulista? Isso, por levar em conta a carência de candidatos nos quadros do PSDB de São Paulo. Mesmo torcendo por uma mudança no caminhar da campanha - possibilidade de ocorrer segundo turno - o favoritismo do presidente Luiz Ignácio era admitido, mesmo nos períodos mais difíceis da crise do "mensalão", nunca foi descartado. Por outro lado, não se pode negar que o Serra reune melhores condições pessoais e políticas para um confronto com o petista. Ainda assim, a batalha seria renhida e muito difícil de ser vencida. Enquanto isso, em São Paulo o PSDB ou PFL não dispunham de quadro para enfrentar o candidato petista, fosse ele Mercadante ou Marta. Especulava-se sobre o vereador José Anibal, o ex-ministro Renato, senador Tuma ou até mesmo a deputada Zulaiê. O primeiro chegou, apenas em alguns momentos, a afrontar a candidatura Serra - a gente sabe o por quê! (?). Por vias diretas ou tortas - de propósito ou simples coincidência - acabou acontecendo a melhor situação para o PSDB, Na iminência de perder os anéis e os dedos - a presidência da república e o governo estadual - acabou (os anéis já não eram seus ... !) mantendo apenas o que lhe era possível. Será que me fiz entender?

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Segurança Pública - exige competência, dedicação, sensibilidade e disposição para o diálogo !

No início, certamente coube aos municípios arcarem com as despesas decorrentes da adaptação dos prédios e do pagamento de aluguéis para colocar em funcionamento os distritos policiais de todas as cidades do interior paulista (ver matéria publicada no Jornal Debate). Atualmente, o grande público não tem informação se os municípios continuam a suportar essa despesa e outras, como luz, água e telefone, para continuidade desse importante serviço público. É certo que a justificativa para criação e instalação dos distritos policiais - como unidades de atendimento ao público e realização de atos atinentes à polícia judiciária - foi a descentralização das atividades da Polícia Civil. Agora, depois de mais de duas décadas (?) em funcionamento, novamente surge a discussão sobre a localização dessas unidades policiais. Penso que o momento é propício para outras considerações. Na organização administrativa do estado, quando se cria um serviço, órgão, dependência ou, simplesmente, se realiza a extensão de uma atividade pré-existente, como é caso da delegacia de polícia, exige-se estudo de sua viabilidade e, principalmente estimativa de seu custo para o erário público. Uma vez criada e instalada a repartição, órgão ou serviço, as despesas decorrentes passam a integrar o orçamento do ente administrativo como previsão de despesas para o exercício seguinte. Por outro lado, é sabido que as despesas, enquanto não previstas no orçamento ou quando insuficientes para manutenção do serviço / atividade, são suportadas pelos municípios privilegiados por esse serviço, sob pena de ver interrompido ou restringido o funcionamento da repartição. No momento, estamos assistindo a comunidade mobilizar-se para adquirir uma viatura para o resgate (ver matéria publicada no Jornal Debate). A situação descrita, ocorre com freqüência em todo interior paulista - quiçá brasileiro - e não fica restrita à área da segurança pública, alcançando a saúde, educação, saneamento, justiça, ministério público, receita, forças armadas e outras, cuja intervenção cabe a outros entes federados, mas sempre contam com a colaboração das prefeituras para continuidade e melhoria do serviço. Por ora, lamentavelmente não se tem notícia de disposição do governo estadual - nem mesmo estudos existem - construir prédios para fixação dos distritos policiais em locais estratégicos de suas respectivas circunscrições territoriais. Enquanto isso, a demonstração de isenção e independência do responsável pelo órgão, repartição ou serviço, deve se ater ao cotidiano e à rotina de sua atividade, sempre voltados para o interesse público e nunca perdendo de vista o bem estar da coletividade - destinatário do seu produto final. Encontrar as melhores condições de trabalho e ao mesmo tempo oferecer serviço de boa qualidade, sempre disponível e acessível para todos, são obrigações indispensáveis ao agente público competente, dedicado e interessado no bom desempenho do seu cargo. Quando a lei permite, há que se ponderar sobre conveniência e oportunidade da decisão !
(Folha de Ourinhos - 20/08/2006)

domingo, 10 de setembro de 2006

VEÍCULOS RECOLHIDOS NÃO DEVEM SER PROBLEMA !

Reportagens veículadas nos últimos dias dão conta que o poder público encontra dificuldades para retirar de circulação e manter recolhidos veículos encontrados em estado de abandono, retirados de circulação e apreendidos pela fiscalização, em razão de documentação irregular, em mau estado de manutenção, produto de crimes e envolvidos em acidentes de trânsito. As autoridades responsáveis, justificam a ausência de ficalização mais rigoroza - nas ruas e estradas - alegando que o alto custo e falta de espaço disponível para recolha e manutenção dos veículos em condições mínimas de segurança, dificultam e até mesmo inviabilizam um trabalho mais eficiente e de forma continuada. Enquanto isso, 30 a 40 % da frota circulante apresenta graves irregularidades, que passam pelo não pagamento do imposto, seguro obrigatório e multas, uso de combustíveis alternativos e má conservação de pneus e equipamentos de segurança. As dificuldades elencadas pelo poder público, poderiam ser facilmente superadas, desde que a prestação do serviço fosse oferecida para o particular. Não se trata de atividade própria e muito menos exclusiva do poder público, não havendo empecilho legal ou óbice de qualquer natureza para transferi-la para a pessoa física ou jurídica, na forma de concessão. O serviço de guarda e vigilância dos veículos apreendidos, por suas características exigem espaço físico, instalações e vigilância, além da organização e responsabilidade do concessionário. Se realizaria na esfera municipal, através de licitações públicas, particular se habilitaria a prestar o serviço, não só em melhores condições, como também pelo preço mais barato ofertado. Além disso, em cidades maiores, poderia ser habilitado mais de um prestador de serviço, com áreas próprias e até mesmo exigindo espaço coberto para recolha de determinado tipo de veículo, como motocicletas e automóveis. Uma vez estabelecida a competição a qualidade do serviço oferecido e o preço cobrado pela estadia se desenvolveria pela livre escolha pelo usuário - dono do veículo apreendido. Em contrapartida pelo preço cobrado, o prestador de serviço se responsabilizaria pela vigilância e cuidados com o bem sob sua guarda, sendo obrigado a promover o ressarcimento em caso de furto, roubo e avarias decorrentes da negligência na guarda e cuidados com o veículo apreendido. Cabendo ao poder concedente aplicar as sanções pelo descumprimento das regras estabelecidas. Algumas cidades do interior já experimentam esse tipo de prestação do serviço pelo particular. Os resultados poderiam ser melhores, desde que houvesse regras mais claras para escolha do prestador do serviço; preço cobrado razoável e acompanhamento, mediante fiscalização rotineira. Assim, o poder público tornaria a ineficiência de um serviço, prestado atualmente de maneira precária, em uma nova atividade - digna e rendosa - para o particular que se propusesse a exercê-la com responsabilidade e com regras claras.

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

Lulla absolve Collor !

Acabamos de assistir manifestação pública do ex-presidente Fernando Collor de Mello apoiando a reeleição do presidente Luiz Ignácio Lulla da Silva. Considerando que Luiz Ignácio defende seus parceiros, irmãos, capitão do time e companheiros petistas, dos "erros praticados" (nelogismo para definir crimes), afirmando que ainda estão sendo investigados e que devemos aguardar manifestação do ministério público e depois o julgamento da justiça. Depois então poderemos acusá-los, já que a presunção de inocência de regra constitucional. Considerando que Fernando Collor de Mello, depois de destituido da presidência de república (assim como os altos próceres petistas o foram dos ministérios) foi investigado, acusado pelo ministério público (pero no mucho) e julgado pela justiça, que reconheceu a inépcia das denúncias - portanto, literalmente inocentado. Com esse entendimento, Lulla absolve o ex-presidente Collor - que tanto combateu e denunciou !

BIODIESEL - A VERDADE NÃO É BEM ESSA !

O Jornal de Piracicaba, edição de 07/09, estampa em manchete que o pequeno município de Charqueada, dentro de dois anos, estará produzindo 345 milhões de litros de biodiesel. Praticamente, atenderá 1/3 da demanda nacional do produto.

Para não usar outra expressão mais contundente, poderia apenas contestar a notícia dizendo ser ela "exagerada". Quando na realidade soa de forma falaciosa, por atentar contra o boa-fé do consumidor, diante de sua conotação de "propaganda enganosa".

É sabido que a região de Piracicaba, como pioneira mantém posição privilegiada na cadeia produtiva do álcool - utilizado, em suas versões hidratado e anidro, como combustível e aditivo da gasolina consumida no país e também exportado.

É bom lembrar, para alcançar esse estágio foram décadas de pesquisas, investimentos, frustações e dedicação ao negócio. Foi preciso vencer momentos de crises no setor. Enfretaram o desestímulo governamental, desvirtuamento de finalidade dos financiamentos, investimentos mal programados e até mesmo a perda de crebilidade, principalmente pela falta de competitividade do produto ou redirecionamento da produção para o açucar.

Entre as perdas e ganhos, a cana de açúcar acabou prevalecendo e, definitavemente, passou a ocupar parcela significativa da área agricultável da região piracicabana (?). Seu parque industrial, ainda que mais enxuto, auferiu ganhos de eficiência e produtividade - tanto na área de produção de equipamentos sucroalcooleiros, como na moagem da cana e beneficiamento dos seus produtos finais.

Havemos de reconhecer, para se chegar ao estágio atual, percorreram-se décadas e gerações se revesaram na busca desse ideal. Muitos desistiram e quedaram-se à beira do caminho. Apenas alguns - diríamos poucos - alcançaram o atual estágio do setor, prestigiado e garantido como opção energética, agora usufruem do sucesso e, consequëntemente, dos altos lucros advindos da persistência e continuidade do empreeendimento.

Agora, como num passe de mágica, surge o biodiesel. A priori não se pode descartar e muito menos inviabilizar a iniciativa, por sua importância enquanto opção futura na busca de nova matriz energética, já que os estudiosos prenunciam o esgotamento das reservas de petróleo em nosso planeta. Mas, até o momento não há como empolgar-se com essa proposta, diante das dificuldades para sua implantação com viabilidade econômica.

O Governo Federal o apregoa como bandeira ideológica, não só como redenção para nossa dependência externa - vide gás da Bolívia - na área da energia, chegando a cometer manifesto disparate quando o anúncia como "petróleo verde" que vai atender, futuramente, as necessidades energéticas do mundo.

O mesmo exagero comete o Jornal de Piracicba quando repercurte - em destaque - a versão que o município de Charqueada, dentro de dois anos, produzirá 345 milhos de litros de biodiesel, suficiente para atender 1/3 (um terço) da demanda nacional do produto. Salvo engano, o mesmo Governo Federal sugere a adição de até 5% de biodiesel, a curto prazo, no óleo combustível atualmente consumido pela frota de caminhões brasileiros.

Para decepção dos incautos, cabe registrar que estudos preliminares revelaram que seria necessária uma área agricultável bem superior àquela, atualmente, utilizada pela cana de açúcar para o plantio de oleaginosas destinadas à produção de biodiesel, exclusivamente, para atender a demanda incialmente aventada.

Por fim, cabe alertar que o BNDES, como órgão de fomento do Governo Federal, vem oferecendo subsídios para instalação de plantas industriais voltadas para a produção do biodisel - quiçá não estejamos assistimos ao revival do Proalcool, onde apadrinhados políticos e, oportunistas de ocasião, foram favorecidos e acabaram sucumbindo em situações nebulosas !

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

Seleção - mais uma vez, vitrine e exposição de mercadorias !

A cada mudança de técnico, a situação se repete. Com a justificativa de renovação no selecionado brasileiro, uma leva de novos jogadores são convocados, a título de observação. Em outras oportunidades, principalmente depois de uma campanha desastrosa na copa do mundo, já assistimos esse filme. O caso emblemático - além de outros, é claro ! - figurou o atleta "Doriva". Com todo respeito, tratava-se de um jogadorzinho medíocre - como tantos que vimos despontar para depois sucumbirem no ostracismo - foi convocado pelo Zagalo para a Copa de 98. Integrante do cast do nebuloso empresário uruguaio/brasileiro/espanhol Juan Figger, logo depois, altamente valorizado, tinha seu passe vendido para um clube europeu - logicamente, passando pelo Rosário Central para fins fiscais. Agora, mais uma vez deparamos com uma situação parecida. O técnico "Dunga" - gostaria de utilizar o seu nome civil, mas . . . - lança mão de um sem número de atletas - Daniel Carvalho, Elano, Wagner (2), Fábio, "Cearense" e outros - que atuam nos recantos mais longínquos, em times sem qualquer expressão, como a atender interesse outros - que não os da seleção brasileira - mesmo porque, dificilmente, vingarão como atletas de ponta por não disporem de técnica e, em muitos casos nem mesmo de idade, para ocuparem lugar de destaque em nosso selecionado. Parece-nos que essa atitude, não só do técnico e da sua comissão técnica, mas da cúpula da CBF e atende interesses inconfessáveis - certamente, empresários e mananger representando esses atletas auferirão altos lucros, mais uma vez . . . ! Alguns já falam em buscar time de maior expressão. Sugiro essa pauta para as seções de esporte dos jornais e revistas - a quem interessam essas convocações e a quem pertencem os atletas convocados ? Quando for para valer, os atletas consagrados serão convocados para integrarem a seleção brasileira. Raramente, o Brasil !

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

Fenaban - tem garantia da justiça e, principalmente, da polícia !

Através dos jornais é possível acompanhar a démarch das negociações salariais envolvendo os bancários e a direção da Fenaban. Por motivos outros, até mesmo os empregados dos bancos oficiais (BB, CEF e Banco do Nordeste), estão sendo representados pelos sindicato dos bancários, quando do oferecimento das reivindicações da categoria. A direção da Fenaban - ao que parece sem qualquer justificativa, diante dos altos lucros obtidos pelos bancos - de plano descartou a possibilidade sequer estudar a proposta apresentada pelos empregados. A data base para o dissídio salarial da categoria se aproxima e a Fenaban não demonstra disposição para o diálogo - quiçá apresentará sua proposta! Qualquer mobilização dos bancários para fazer frente a essa intransigência dos banqueiros tem se mostrado infrutífera. Em geral há pouca ou inexpressiva adesão. E, quando mobilizados, a justiça pública tem oferecido garantias legais para o funcionamento das agências bancárias e, as polícias estaduais, tem demonstrado inusitada eficiência para dar cumprimento à ordem judicial. Assistimos bancários sendo afastados das portas das agências bancárias, agredidos e até mesmo presos quando resistem à ordem do poder público. Curioso, essa mesma presteza e eficiência as polícias estaduais - muito menos a Polícia Federal - não revelam quando o assunto diz respeito a invasão e ocupação de terras particulares e prédios públicos, por movimentos clandestinos, bem quistos, por sinal aliados do governo federal. Mesmo havendo ordem judicial para sua desocupação e, conseqüente prisão, dos irresignados com a medida emanada do poder judiciário!

terça-feira, 5 de setembro de 2006

Fiesp e PT - comunhão possível !

É evidente, por manifesta, a simpatia do empresário Paulo Skaff, presidente na Fiesp, ao candidato Luiz Ignácio. Essas manifestações de simpatia da direção da Fiesp à reeleição do presidente petista, apenas reforçam uma suspeita antiga. Paulo Skaff está apenas retribuindo o apoio que recebeu - por ocasião de sua eleição. A alta cúpula petista, incluindo aí os ministros que cairam em desgraça, envolveu-se diretamente no resultado das eleições da Fiesp. A derrota de Cláudio Vaz, como representante da continuidade administrativa de Horácio Laffer Piva, significava sobrepor-se à elite paulista, representada pela legenda PSDB. Agora, Paulo Skaff mesmo sem embocadura ou fervor ideológico para defender o governo petista, ainda assim revela sua gratidão ao presidente / candidato e se engaja na campanha da reeleição, levando consigo a estrutura administrativa da Fiesp.

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

Técnico de futebol, mas pode chamar de charlatão !

A vitória do Brasil sobre a Argentina, como uma boa demonstração da performance do treinador "Dunga" à frente da seleção brasileira de futebol, apenas reforça minha tese. Diferentemente de outros esportes coletivos, como o basquete e volei - até mesmo o futebol de salão - o futebol não exige talento, brilho e maiores conhecimentos do expert que se apresenta como "treinador de futebol". Defendo que ao contrário do campo de futebol, as dimensões das quadras onde se praticam esses esportes, são reduzidas e, por conseguinte, dificultam a movimentação dos 5 ou 6 jogadores - de cada equipe - que se defrontam. Com isso, a ocupação de cada espaço, quer na evolução defensiva, como na armação e desenrolar das ações ofensivas, exige uma sincronia, não só harmônica, como de alternâncias milimétricas na ocupação dos espaços, sempre com movimentos sincronizados, de tal forma a surpreender o adversários com diferentes jogadas. Já o futebol, com a imensidão do espaço gramado, onde 10 jogadores - em cada equipe - (já que os goleiros permanecem, praticamente, estáticos) dispõem de grandes espaços para desenvolverem as jogadas. Talvez essa disponibilidade de espaço, não só torna o futebol um esporte - na maioria do tempo - moroso e enfadonho, como também não exige grandes locubrações, com fórmulas criativas na maneira de dispor e atuar dentro das quatro linhas. Pela tradição, a distribuição dos jogadores em campo, oferece poucas opções de variação na ocupação dos espaços. Ao mesmo tempo, os poucos técnicos - referidos, como estudiosos - não conseguem impor novas formulações táticas ou não teriam eles disposição e - quiçá inteligência suficiente para criá-las. Recentemente, um ex-jogador tentou fazer uma digressão sobre a evolução dos sistemas táticos introduzidos e praticados por nossas equipes. Lembro que falou do WM e suas variações. Passou pelo "carrocel holandes" e depois, parece que caiu na mesmice do 4 x 4 x 2 do Vicente Feola e suas alterações para o 4 x 3 x 3 do Minelli. e por aí se resumiu. Não se vislumbra nada mais sério no futebol. O empirismo prevalece, como reduto dos charlatões. Não existem escolas, muito menos professores disponíveis suficientemente preparados para tornar o futebol objeto de estudo técnico-científico, como ocorre com outros esportes coletivos, de forma a torná-lo de melhor qualidade, mais interessante de ser assistido e ocupando racionalmente toda amplitude do espaço reservado para sua prática. Enquanto isso, observamos a mediocridade imperar nessa área pródiga de recursos humanos e financeiros !
(Jornal Debate - 10/09/2006)

sábado, 2 de setembro de 2006

O filho do "seu" Enzo Mainardi !

Traz do pai a capacidade de síntese, própria dos bons publicitários. Mensagens curtas, objetivas e certeiras - diria, pontiagudas . . . ! Certamente, evoluiu ao trazer essas qualidades - e, alguns defeitos - para uma causa mais justa. Não vende nada. Apenas oferece a oportunidade do povo brasileiro não se iludir com promessas vãs - mercadorias de má qualidade - e vá ao encontro de sua liberdade. Liberdade de escolha, é lógico !

Tudo combinado . . . !

É um abuso ! Afronta à inteligência do cidadão ! Enfim, favorecimento descarado ao candidato à reeleição. As revistas Época, Istoé e Carta Capital, desta semana, em uníssono, trazem em suas capas a fotografia do presidente / candidato Luiz Ignácio. É muita coincidência para não acreditarmos que tudo foi adredemente preparado e combinado - quiçá remunerado ! Será que o TSE vai tomar providência? Se precisar de provocação, sirva esta como representação.

O LIMIAR DA PERCEPÇÃO

Acabei tendo contato mais próximo com a expressão "limiar da percepção" em decorrência dos últimos exames médicos que realizei. O resultado do exame de glicemia revelava alta taxa de açúcar no sangue. Aproximando-se dos números que indicam intolerância à glicose.

Primeiro, foi o meu filho - o mesmo que sugeriu esta caminhada - (agora os exames chegam pela internet) e, depois, logicamente, o doutor Baroni, médico jovem, atencioso e capacitado profissionalmente, que já havia me recomendado substituir os biscoitos recheados e outras guloseimas, por uma fruta, especialmente uva, mas ...

Ao reduzir o consumo de açúcar - substituido por adoçante - acabei me surpreendendo ao perceber a intensidade de doçura dos alimentos, quando voltava a experimentá-los.

Aí veio a explicação da engenharia de alimentos, mais precisamente da área de "análise sensorial", a diminuição do uso de açucar aguça a nossa percepção.

Ocorre o mesmo, quando somos expostos a situações de extrema falsidade, onde as "mentiras", "dissimulações", "desonestidades", "falcatruas" e a prática de "corrupção" nos são apresentadas - não como condutas reprováveis - mas forma de ser do "jeitinho brasileiro" ou condutas aceitáveis e dissiminadas em nossa sociedade.

Essa comparação apenas sugere que nos despertemos dessa letargia em que vivemos - meio que anestesiados por essa aura de irrealismo - e adotemos uma atitude, como possibilidade real, de alterarmos essa falsa realidade instalada em nosso país e darmos uma nova direção para nossas vidas e/ou nossos destinos - como nação e país soberano - a partir do limiar da percepção da realidade atual.

Assim como acontece com o estudante, quando encontra dificuldade para entender o significado de uma palavra a determinado assunto, para dirimir nossas eventuais dúvidas sobre o tema - que serviu como título - vamos buscar explicação no dicionário da língua portuguesa.

Limiar !
Derivação: sentido figurado.
o primeiro momento; começo, início
Rubrica: medicina.
intensidade mínima para que um estímulo produza um resposta

Percepção !
substantivo feminino
ato ou efeito de perceber
faculdade de apreender por meio dos sentidos ou da mente
Diacronismo: obsoleto.
percepção interna (p. opos. à percepção através dos sentidos);
consciência
função ou efeito mental de representação dos objetos; sensação, senso
Uso: formal.
consciência (de alguma coisa ou pessoa), impressão ou intuição, esp. moral
Ex.: minha p. deste candidato induz-me a não votar nele (n.destaque)

in verbis:- Dicionário Houaiss - da Língua Portuguesa

Sem embargo de outras ponderações, nossa percepção se revela envolvida por interferências do meio, dos nossos sentidos e, principalmente, da nossa manifestação de vontade em observar e compreender a situação que nos apresenta a realidade, com a disposição de alterá-la. No plano político, vivenciamos situações indesejáveis e, pudemos perceber, que as mudanças nem sempre ocorrem para melhorar as nossas vidas e o nosso país, mas sempre é possível modificá-las.

Evidente a semelhança do exemplo e sua comparação com a atual quadra da vida nacional. O momento é histórico e, por demais importante, para não ser entendido e, por conseguinte desprezado, como a caminhar ao encontro do nosso limiar de percepção político-eleitoral.

Este é o momento !

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