O corporativismo pega - PF não é exceção
Considerando o espírito de corpo e o corporativismo que impera - não só na Polícia Federal - mas em todas as corporações (magistratura, mp, advogacia, legislativo . . .), a conduta do delegado Moises Pereira, durante a oitiva (ou seria interrogatório?) dos jornalistas da Veja, não é de causar tanta estranheza. Sua corporação fora vilipendiada, naquilo que é mais sagrado, o sigilo de suas ações e o segredo daquilo que ocorre em seu interior. Um colega de Moisés, com nome mais incomum, depois de interrogar Hamilton Lacerta (este sim, indiciado) declarou aos jornalista que o petista era uma pessoa coerente, acreditava no que estava fazendo e não se dizia arrependido, embora negasse o transporte do 1.7 milhão de reais. Esse conformismo - diante do insucesso - foi estranho. Não se tem notícia de realização de busca e apreensão - nem mesmo diria, de forma espalhafatosa - nos escritórios e residência dos envolvidos no esquema. Ainda que compreensiva, essa indignação com a imprensa não se justifica, ainda que o contato entre o preso e o assessor da presidência da república, não tenha ocorrido. O episódio - como a revelação das fotografias do dinheiro - deverá servir de alerta- "pode-se enganar alguns durante todo tempo; pode-se, até mesmo, enganar a todos, durante algum tempo; mas, certamente, não se poderá enganar a todos, durante todo tempo." Pense nisso, doutor Moisés . . . ! (Kennedy, que não é o da folha)
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