sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Delegada Sato precipita seu relatório

Também entendo que este não era o momento da delegada Sato encerrar as investigações policiais sobre a morte do petista Celso Daniel. Os promotores reclamam que a delegada não esgotou a pauta de diligências - certamente, sugeridas pelo processo-crime em andamento. Por outro lado, o relatório da delegada Sato não representa seus melhores trabalhos de Polícia Judiciária. "Aqui e acolá", em geral, não são expressões apropriadas para concluir investigação peculiarmente complexa. Dar como concluído seus trabalhos e oferecer resultado pífio e decepcionante - não só pela conclusão da inexistência de crime político - de conteúdo jurídico discutível, ainda assim, tornado público pela autora. O momento igualmente não nos revela o mais apropriado, revela curiosa coincidência com o término do primeiro mandato petista e organização de uma nova equipe. O prestígio e fama adquiridos pela delegada Sato - fruto exclusivo do seu trabalho desde a época de escrivã - aliado ao relatório de agrado ao petismo, poderá lhe abrir algumas portas na administração federal. Aliás, isso já aconteceu com o delegado Mauro Marcelo - infelizmente, acabou atropelado pelo próprio êxito na Abin. Evidente que a delegada Sato desagradou, com seu gesto, figuras expressivas do futuro governo paulista e tornou exíguas suas possibilidades no âmbito da polícia paulista. Há que se aguardar o desenrolar dos acontecimentos !

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