Dilma é a tarefeira
Talvez venha do seu tempo de luta armada. Naqueles microcosmos cada membro tinha sua atividade, tomada como tarefa a ser realizada dentro de determinadas regras e tempo. A disciplina, hierarquia e obediência irrestrita eram condicionantes, não só para permanência no grupo, como para levar a bom termo suas tarefas - sempre limitadas à sobrevivência. Naquelas condições, as opiniões pessoais poderiam até ser levadas para discussão perante o grupo, mas a iniciativa própria - individualizada - nunca fora admitida. Vejo no comportamento da petista Dilma (camarada em armas, como diria José Dirceu), enquanto ministra do governo atual, ainda como uma disciplinada e obediente militante. Embora ocupe cargo estratégico, não a vemos colocar como medida de governo nenhuma posição pessoal - quando muito pronuncia alguma opinião, mas sem levá-la adiante (lembram-se do seu desconforto com os 4,25 do superavit primário). A casa civil, durante sua gestão, diminuiu - não só de estatura - como na expressão de política governamental. Se reduziu, a uma boa tarefeira, a cumprir suas atribuições de maneira burocrática e até certo ponto - vide o apagão aeroportuário e uso de cartões de crédito - com alguma eficiência. Na medida do possível, conseguiu evitar as marolas diárias - mas os escândalos continuaram a pipocar nas imediações do 3º andar do Palácio do Planalto. Realmente, sua cara de contrariada, aliada à sua história de luta e jeito de malcriada, sempre impõe alguma dificuldade de aproximação - inclusive para criticá-la !
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