Agripino ficou embotado
A veemência da ministra, acompanhada do "quase choro", deve ter sensibilizado o senador Agripino, a ponto de deixá-lo entorpecido. Com isso seu raciocínio embotou e possivelmente não conseguiu recuperar a linha do seu raciocínio. Não é crível que o político nordestino, homem elegante, de boa família e de fala fácil, tenha se enveredado por um caminho sem volta - quase um kamikase, ao entregar o ouro para o adversário. Bastava o senador, após ouvir o proselitismo da ministra, num tom de lamento - bem que poderia conter o reconhecimento da "porralouquice" do seu grupo e a inconsequência dos seus atos - adiantar-se:- "dito isso, por estarmos vivendo em outro momento, onde a democracia se faz presente, participando no parlamento de um confronto de ideias e de ideais, onde prevalece o respeito recíproco, certamente não haverá motivo para mentiras ou simples escamoteamento da verdade". E, para restabelecer o equilíbrio da discussão, poderia lembrar a origem de ambos, frutos da alta classe média - assimétricas, tanto em Minas Gerais como no Rio Grande do Norte. Com isso, o patamar do confronto recuperado e a ministra mantida em corner neutro - onde, inclusive é permitido esquivar-se da verdade e criar situações favoráveis - para um confronto leal ou ser abatida no dia seguinte, por uma mentira!
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