A visão periférica do cronista parece estar comprometida (Kenedy Alencar)
O curioso é que o raciocínio do cronista - em seu texto "Aécio cria em BH embrião de aliança para o planalto" (Folha 06/04) - caminha apenas em um sentido, enquanto a realidade apresenta suas nuances. Talvez seja resultado do uso do cachimbo - acaba, efetivamente, deixando a boca torta. No caso do Aécio, o cronista não se permitiu aventar a possibilidade, que pode ser concreta, do governador mineiro estar sendo "cristianizado" - ou pior, estar apenas servindo de instrumento nas mãos hábeis do petismo para colocar mais um componente desagregador no ninho "tucano". Porque não aceitar a possibilidade, ainda que remota é verdade, do neto do doutor Tancredo, compor a chapa de Serra. Omitiu que o PT, em sua última convenção nacional, estabeleceu que a anunciada composição mineira, obrigatoriamente haverá de ser submetida ao "comitê central". E, por um acaso, os "tucanos" de outras matizes, avalisará em 2010, a entrega do governo de Minas Gerais ao petista Fernando Pimental - como parece estar ficando alinhavado. Por fim, acreditar que o Ciro Gomes vai abrir mão da sua candidatura, beira a ingenuidade - em outros momentos, ainda mais desfavoráveis, impôs sua candidatura - imagine agora, que conta com alguma afeição do presidente petista. Vou empregar a mesma expressão, que outro dia, usei para definir a pena da sua colega Eliane Cantanhêde - o cronista integra ou, pelo menos é simpático, à maneira "frankliana" de fazer jornalismo - suponho que um dia também obterá uma vaga na TV Estatal.
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