Doutor Sérgio Sérvulo - seu recentemente, é hoje.
Inteligência, lucidez, clareza de pensamento, são algumas expressões que poderiam ser utilizadas para qualificar a entrevista (ESP/27/5) do ilustre jurista, pensador do direito e antenado com os assuntos do Estado Brasileiro. Evidente que a Polícia Federal, quando se dispõe a fazê-lo realiza um trabalho diferenciado no âmbito da polícia judiciária. Igualmente é verdade que seu efetivo, certamente por estar próximo do poder central - em todas as esferas - acabou obtendo um tratamento, principalmente salarial, igualmente diferenciado das demais congêneres estaduais. Oportuno o registro do comportamento sobranceiro do doutor Lacerda, seu diretor. Apenas deixou de comentar que essa mesma proximidade produziu no seio da PF a "partidarização" do seu quadro - flagrante no processo sucessório da sua direção. O próprio Lacerda, tempos atrás - logo após sua intervenção no processo do impeachment do presidente Collor - foi praticamente defenestado da corporação ou pelo menos preterido. Agora, afirmar que até recentemente a Polícia Federal fora manipulada - e lembrar apenas do episódio da candidatura da senadora Roseana Sarney - nos pareceu um flagrante lapso de memória do lúcido advogado. Bastaria apenas lembrar das figuras de Waldomiro Diniz, assessor da Casa Civil e os altos próceres petistas Delúbio Soares, Silvio Pereira, Genuíno, Sereno e outros, envolvidos em escândalos e falcatruas, bem recentemente, que não sofreram o mesmo rigor investigativo da Polícia Federal. Isso, para ser eqüânime, nos leva a concluir que se houve manipulação política da instituição antes, como sugeriu o entrevistado - mais do que nunca - ela continua acontecendo no atual governo, infelizmente !
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