terça-feira, 26 de maio de 2009

Polícia Civil mais diligente!

Não há como negar que a Polícia Civil do Estado de São Paulo - *assim como, suas congêneres dos demais estados* - no decorrer do tempo, vem perdendo atribuições e com isso acabaram ficando menor. Para agravar, outros motivos - *ainda que se admita a baixa remuneração e falta de profissionalismo dos seus quadros* - contribuem para a perda de qualidade dos serviços oferecidos à população. Supõe-se não existir, pelo menos a curto prazo, medida alguma que possa reverter essa situação -* parece que o desalento, muitas vezes levado pelo individualismo de seus membros, que preferem "se virar" por outros meios * - agravada pela perda de credibilidade, cada vez mais patente. Por outro lado, apenas manifestação de vontade e promessas de mudanças radicais, já não são mais suficientes para alimentar qualquer esperança de mudança - *esbarram sempre na falta de verba ou ausência de profissionalismo para sua efetivação.* Então fica a sugestão, porque não buscar a recuperação desse prestígio, integrado pela capacidade de gestão, aliado do respeito e confiança da população, através de pequenos gestos ou movimentos perceptíveis - *que não gerarão gastos e muito menos exigem melhores meios ou efetivo maior* - como é o caso do boletim de ocorrência. Registre-se que esse instrumento foi criado pela Polícia Civil e, no decorrer do tempo, adquiriu status de peça processual, com previsão legal - *incentivando, facilitando e priorizando a sua elaboração*. É verdade que alguns passos já foram dados nesse sentido - *como a possibilidade de sua elaboração pela internet e pelo Poupa-Tempo, *mas, ainda há espaço para um trabalho de marketing, conjugado com o propósito e disposição de valorizar a notificação criminal - *matéria-prima da Polícia Civil, assim como, o inquérito policial serve ao Ministério Público.* Lamentavelmente, essa importante ferramenta de trabalho vem sendo desprezada, quer para espelhar a realidade, no aspecto criminal, como fonte na elaboração de estatísticas idôneas ou se tornando, mais adiante, supedâneo para realização de uma Polícia Judiciária de melhor qualidade. A par da evidente contribuição interna, a Polícia Civil estará se tornando mais visível e acessível aos olhos e interesses da população, através de simples mudança de comportamento e singela adequação de suas atribuições legais - também na emissão de cédula de idade e concessão de CNH!

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Noel,

Parabéns pela percepção. Acho que o caminho mais curto para se buscar uma melhora na polícia civil e recuperar seu "status" seria pela base, melhorando a qualidade do boletim de ocorrência, padronizando os procedimentos, qualificando melhor o policial com incentivos reais. É preciso agir com inteligência. Não basta criar setores de inteligência. Hoje, o governo gasta valores altíssimos com computadores para serem utilizados como as antigas máquinas de escrever. Um absurdo, se comparar o custo das duas ferramentas (computador x máquina de escrever). Imagine que as Delegacias ainda não são informatizadas. Insistem nos velhos livros e desperdiçam a caríssima mão de obra. É preciso ser racional. Usar a tecnologia para gastar menos em mão de obra, e, com a sobra proporcionar melhores salários. Não dá para admitir que o governo continue contratando, com os limites impostos pela lei, para atender a burocracia que emperra a máquina e penaliza o cidadão. Apenas para ilustrar, um flagrante feito na máquina de escrever era lavrado em uma hora. Hoje, gasta-se o mesmo tempo, para não dizer mais (devo observar que isto não é uma crítica ao estilo barroco do atual modelo de auto de prisão em flagrante). Alguma coisa esta errada. É preciso repensar a polícia, sem vícios, talvez oxigenando a cúpula. Um abraço. Gilberto.

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