Cereja, já não enfeita mais o bolo
Talvez essa viagem à China traga mais racionalidade para o governo petista. As extravagantes viagens, por constantes e muitas vezes repetitivas, acabam se tornando enfadonhas e irrelevantes - não para a estrela e seu séquito. Ao lado da sua reconhecida intuição - seja qual for significado - as limitações do nosso presidente é sobejamente reconhecida, talvez por isso haja necessidade de estar sempre cercado de assessores competentes - é o caso do José Dirceu e o presidente do Banco Central - que muitas vezes se adiantam na elaboração e encaminhamento das tratativas que o petista eventualmente manterá com seu interlocutor - isso, para não ficar restrito ao "esse é o cara". Desta vez, não só a ausência dos Ministros da Fazenda e do Banco Central, contribuíram para esvaziamento da sua visita à China, mas também a falta de uma conversa preparatória prévia reivindicada pelo Itamaraty - o presidente Hu Jintao não recebeu previamente o Ministro Amorim - certamente a inexistência dessa ponte dificultou o encaminhamento dos propagados acordos políticos e comerciais. Talvez por ser ainda inexpressiva, a importância do Brasil no cenário internacional. Por outro lado, podemos concluir que a "cereja" já não é mais suficiente para enfeitar e tornar o bolo apetitivo - indispensáveis os condimentos, que lhe dão conteúdo e sabor. Certamente, por repetitiva, a performance da "figura exótica", acabou se tornando desinteressante para os circunstantes.
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