Mar de cana - favorece usineiro e penaliza as duas pontas do mercado de alimentos
Poderíamos também dizer:- "o mal da cana". Essa é a situação do Estado de São Paulo. O governo estadual, um pouco tarde é verdade, revela preocupação pela ocupação de 70% das terras agricultáveis com a lavoura de cana de açúcar e promete intervir para frear esse descalabro. A situação somente é confortável para os usineiros, por estarem com sua produção próxima dos centros de consumo, auferem maiores lucros. Situação inversa enfrentam os produtores de alimentos. Há décadas estão sendo obrigados a levar suas lavouras para terras cada vez mais distantes, não só dos grandes centros urbanos, mas também dos portos que permitem o escoamento de suas safras. Com isso o agricultor vê o seu lucro minguar, principalmente com as despesas de frete - tanto para os insumos, como para o transporte da produção - enquanto o consumidor paga cada vez mais caro pelos alimentos que consome. Sem esquecer que a cana-de-açúcar, sendo explorada em áreas próximas dos centros urbanos, prejudica o meio-ambiente e atenta contra a qualidade de vida nas cidades.
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