É preocupante - policiais revistados ao entrar no trabalho
Sem dúvida, vivemos momentos surreais. No passado, caso ouvíssemos que os policiais militares estivessem sendo revistados antes de entrarem em serviço - denotava que algum graduado chato cuidando da aparência da sua tropa - o assunto seria considerado relevante. Ao contrário do que ocorre nas empresas - comércio e indústria - onde os operários têm seus pertences vistoriados na saída do trabalho, com vista a evitar furtos e apropriações indevidas de algum material, aos policiais a revista passou a ser imposta para coibir que entrem com instrumentos ou outro material que possam levá-los a praticar alguma conduta ilícita. Inacreditável, que o comando procure evitar que os policiais tragam consigo "drogas", armas particulares ou clandestinas, instrumentos para tortura e afins, que poderiam a vir ser utilizados durante o seu turno de trabalho. Equiparável à figura do cachorro tomando conta da lingüiça. Melhor seria pensar que os maus policiais fossem alijados das corporações ou pelo menos se mantivessem sob cuidadosa e eficiente supervisão e fiscalização durante o exercício de suas atribuições - aliás, como ocorre em qualquer outra atividade, pública ou privada. A par de outras implicações, ainda mais preocupantes, concluímos que o policial ao submeter o cidadão a revista vexatória, nas vias públicas das cidades, apenas estará reproduzindo constrangimento que sofrera ao chegar para o trabalho.
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