Candidato único, nem sempre uma boa solução
O exercício da democracia pressupõe a existência de correntes políticas que se opõem no confronto de idéias e formas de implementar o seu programa de governo. Por isso, a existência de candidato único em uma eleição, sempre causa certa apreensão, se outro motivo não houvesse, simplesmente por ignorar a principal característica da democracia representativa. A unidade de pensamento e a ausência do contraponto de idéias, em geral, ocorrem sob o domínio de regime autoritário ou da supremacia de um segmento sobre o restante da sociedade. Além de inibir a alternância do poder, anulando eventuais opositores, ainda permite o favorecimento pessoal ou de determinado grupo. Mesmo conhecendo as qualidades pessoais do atual prefeito e saber das suas realizações em prol do desenvolvimento de Palmital e bem estar do seu povo, mesmo assim, causa espécie saber que nas eleições de outubro de 2008, naquele município, como em outros tantos, não haverá embates de idéias, que não deve ser confundido com o confronto físico e afronta moral, por não comportar o rancor e tampouco a vingança, imprescindíveis para a difusão e aperfeiçoamento da democracia.
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