sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Spiritus et Corpus - emana das corporações brasileiras

É louvável a postura do dirigente de qualquer órgão, oficial ou privado, quando assume a responsabilidade pelos atos realizados no âmbito da sua corporação. Mas, pode resvalar para o indesejável spiritus et corpus quando - diante de claras, por evidentes, irregularidades na área de sua atuação - se revela em defensor astuto e intransigente da conduda de seus subordinados. Recentemente, deparamos com o tenente-brigadeiro-do-ar Juniti Saito, comandante da Força Aérea Brasileira - sair em defesa dos seus subordinados - quando prestava depoimento perante a CPI do Apagão Aéreo, na Câmara dos Deputados. Indagado sobre a subtração de pertences das vítimas do acidente com o Boeing da Gol, na floresta amazônica. Reproduzida a denúncia formulada por familiares das vítimas, com a descrição das circunstâncias que envolviam o fato - em sã consciência, a não ser que o brigadeiro tenha outras informações sobre o episódio - não há como de antemão inocentar os militares e demais pessoas que participaram da busca no local do acidente. Em outra situação, ainda mais recente, diante da queda do helicóptero do Corpo de Bombeiros de Brasília, com a morte de três PMs., surge na tela da televisão o comandante daquela corporação - ainda no local do acidente - afirmando que o evento não decorreu de falha técnica, tampouco humana, exclusivamente pela experiência dos seus ocupantes. Nada comentou, tampouco foi lhe perguntado, sobre a conveniência e oportunidade da utilização do aparelho naquela situação - mormente, quando outros tipos de veículos alcançaram o local da ocorrência. Por último, deparamos com o conselheiro do Cremesp e o presidente da SBCP- comentarem a cirurgia plástica realizada no colombiano preso - tentando isentar a médica (cirurgiã plástica) de qualquer responsabilidade pela mudança da aparência do criminoso.Chegaram a afirmar que o profissional da medicina não dispõe do discernimento do policial para diferenciar um criminoso entre seus clientes - ainda que fosse perceptível as cirurgias já realizadas pelo paciente e nada ventilaram, talvez por motivos éticos, sobre a forma do pagamento, pouco usual. Nesses casos, partindo tais comentários de profissionais capacitados em suas respectivas áreas de atuação - pelo menos é o que deduzimos, mesmo sem conhecê-los - além da indignação, deixa no ar algumas dúvidas:- será que esse pessoal está falando sério ou, simplesmente, substimam a nossa inteligência!

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