Contexto prevaleceu
Evidente que pairava um certo ceticismo - quanto ao recebimeno da denúncia pelo STF, contra os envolvidos no "Mensalão". A própria imprensa, aliada ou não, mantinha-se incrédula - salvo raras exceções - por não querer apostar suas fichas na instalação da Ação Penal contra os 40 denunciados. Suponho que a posição da revista da Veja - durante o episódio Renan Calheiros e Mônica Veloso - não fez escola, ao contrário, manteve outros veículos de comunicação num estado próximo da letargia. Pelo visto e ouvido, até mesmo na seara do STF, havia certo pessimismo a respeito do desdobramento da persecução criminal - felizmente as resistências foram vencidas e o contexto prevaleceu. Observa-se que os senhores ministros, no decorrer da exposição dos fatos criminosos, das provas e evidências, vão sendo tomados de indignação - quiçá perdure até o julgamento do mérito. Para o homem comum - aquele indivíduo cumpridor das suas obrigações e atento ao que se passa em seu redor - não haveria de ignorar a conduta dos envolvidos e a forma descarada como agiram. Como diria José Dirceu, no estertor da sua atuação à frente da Casa Civil, é público e notório - isso quando queria se isentar de responsabilidade pelo "mensalão! - agora vale para sustentar a condenação de todos os envolvidos. Torna-se indispensável que a imprensa assuma definitivamente o seu papel e caminhe - não ao lado, tampouco a reboque dos atos judiciais - esperando que se adiante mantendo os envolvidos sob observação e forneça, através dos meios que disponham, novos subsídios a respeito dos fatos. Definitivamente, essa passagem da vida nacional, recolocará as questões da moral e da ética na atuação política e nas questões da administração pública em outro patamar - caberá aos ministros do STF estabelecer o seu nível!
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