Desculpe Manuel Alceu - mas os dois episódios não guardam relação
O jurista Manuel Alceu Alfonso Ferreira, em seu Terrorismo Jurídico (OESP/25/4 - só para assinantes), voluntária ou involuntariamente, descreve a atuação da polícia, ministério público e judiciário nesse episódio da Operação Furacão, como se fosse uma ação orquestrada contra integrantes da advocacia e do poder judiciário. O autor tenta generalizar uma situação que é pontual - se refere ao envolvimento desse pessoal com uma atividade reconhecidamente ilícita (bingo e caça-níqueis) e a evidente afronta das autoridades produzida pelos sinais exteriores de riqueza sem causa. Lamentável comparar sua posição com a do seu avô Alceu de Amoroso, em defesa dos intelectuais, diante do presidente Castelo Branco. O ilustre jurista, com sua imensa sabedoria, não haveria de ignorar que explorar o jogo - caça-níqueis - ofendia, não só a legislação penal brasileira, como o entendimento do homem mediano. Igual entendimento há de ser exigido do promotor de justiça, policial e ou magistrado - não haveremos de ser complacentes com esse tipo de comportamento. Por último, desculpe - mas em respeito à memória de seu avô - os dois períodos refletidos não guardam uma boa relação. O primeiro diz respeito à inteligência - onde opera o direito e a razão - o segundo, queda-se exclusivamente pela torpeza dos envolvidos - carcterizada pelo defeito de caráter !
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