sábado, 10 de fevereiro de 2007

HÉLIO COSTA - um ministro imprevidente

O ministro Hélio Costa, embora representando o Estado de Minas Gerais, parece que perdeu a principal característica do povo mineiro - o comedimento e moderação em seus arroubos de coragem e manifestações intempestivas. Embora esteja cotado para continuar no Ministério das Comunicações - representando o PMDB do senado - o comportamento do ex-apresentador de TV tem se revelado um tanto imprevidente. Ainda que condutas parecidas levadas a efeito pelos indigitados Waldomiro Diniz, assesssor da Casa Civil e Maurício Marinho, chefe de compras dos Correios, os tenha levado à execração pública - parece que o ministro não se dá conta do seu desatino. Primeiro, durante a discussão da escolha do sistema a ser adotado para implantação da TV-digital, o ministro Hélio Costa adiantou-se e se posicionou favorável ao sistema japonês - chegando a viajar para o Japão para conhecer melhor o modelo que defendia. Depois posicionou-se publicamente contra o lançamento da TV por assinatura via DTH pela Telefônica - em seguida, estranhamente reuniu-se com o presidente do grupo espanhol e o acompanhou amistosamente até o aeroporto. Mais recentemente, deixou de comparecer a importante evento realizado para discutir inovações tecnológicas e a interatividade na televisão, desprezando ou desconhecendo a sua importância para a modernização dos sistema brasileiro. Agora, em outro arroubo de coragem e até desprendimento pelo cargo - embora, haja controvérsia - Hélio Costa vem a público anunciar que a concessão da operação do Banco Postal, adquirida pelo grupo Bradesco através de concorrência pública, deverá ser revogada. A justificativa do ministro foi simplória, lacônica e demagógica:- os altos lucros auferidos pelo Bradesco. Como em outras ocasiões, o Ministro das Comunicações haverá de retroagir dessa investida administrativa contra um ato jurídico, enquanto não impugnado, considerado perfeito. Aliás, já o fez em outras ocasiões - com isso, fica manifesta a sua imprevidência. Nas pessoas de Diniz e Marinho atos dessa natureza, certamente, levariam outro nome.

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