Confronto é um equívoco
Na condição de policial civil-aposentado, não há como deixar de lamentar a veiculação de panfleto apócrifo exacerbando as diferenças existentes entre a Polícia Civil e Polícia Militar na cidade de Piracicaba. Pior ainda, é a aventada possibilidade de estar acontecendo retaliações, por parte dos policiais-civis, ainda em decorrência da repressão sofrida nas imediações do Palácio dos Bandeirantes, quando do seu movimento "grevista". Evidente que situações como essas não harmonizam, tampouco aproximam as duas corporações - pelo contrário, apenas servem para diferenciá-las e distanciá-las, cada vez mais. Nesses momentos, a experiência recomenda que o respeito, não só institucional, mas principalmente pessoal - fruto da convivência diária e do objetivo comum - prevaleça como demonstração de maturidade profissional e obediência ao ordenamento jurídico vigente. Ainda que estejam cientes que, esse respeito e a boa convivência, não haverão de interferir no exercício das atribuições constitucionais que cada corporação detêm, cabendo aos seus membros, em conjunto ou isoladamente, cumprir com responsabilidade e a necessária isenção o seu dever funcional - */aliás, como me sugere a discreta atuação do delegado do 6º distrito policial, na condução do inquérito sobre a morte do jovem-metalúrgico./* Em contrapartida, é do interesse da sociedade a inexistência de compadrio entre as corporações, tampouco prevaleça o conluio, fruto da proteção recíproca ou acobertamento de irregularidades entre as diversas instâncias da atividade policial - simplesmente, por se tratar de elementos essenciais à segurança pública, em toda sua amplitude. Portanto, haveremos de admitir que a desconfiança e o rancor não são bons conselheiros, quanto o confronto, este, regra geral, produz resultados lamentáveis!
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