Conchavos inimagináveis
Excelente! É pouco para para definir a didática entrevista da atriz Fernando Montenegro, ao Direto da Fonte, desse domingo chuvoso. Fala de sua dedicação ao trabalho, mas é através da sua visão crítica da sociedade e dos governos brasileiros, onde sua inteligência, experiência de vida se afloram como manifestação cultural e de sabedoria. Destaque para o trecho em que demonstra indignação com os conchavos inimagináveis que se sucedem - no caminhar dos nossos governos - como a justificar sua incompreensão sobre a ascensão de um operário ao poder, sucedendo o acadêmico, professor, com grande capacidade cultural e administrativa (sic). Como se fosse possível, ouso acrescentar à entrevista que os conchavos políticos, por inimanináveis, podemos supor sua forma abstrada, talvez como manifestação implícita - sorrateira, por se revelar em sentimento menor e gestos, nem sempre nobres - de uma vontade ou disposição conscientes. Não é difícil imaginar que o brilhante professor, a que a senhora se referiu, por razões de ordem sociológica / experimental, teria se enveredado em conchavo estritamente pessoal, como meio de vivenciar - na prática - alguma teoria de seu interesse acadêmico. Talvez assim, pudesse justificar a sua falta de empenho na eleição do seu sucessor e seu histrionismo político / acadêmico / sociológico quando transferiu a faixa presidencial para o sindicalista - operário, mas esperto!
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