quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

OS NÚMEROS MÁGICOS DA PRESIDENTE

Desde os tempos de Casa Civil a atual Presidente da República vem insistindo em apresentar – que, em geral, se transformam em promessas vãs – números e meras intenções governamentais, por irrealizáveis.

Lembram-se  da “crise da aviação” - o ministro da defesa Waldir Pires, sem nenhum crédito, foi transformado num simples “fantoche”, coitado! -  surgiu então a "mãe do PAC", a toda poderosa ministra-chefe da Casa Civil, com objetivo de aplacar a insatisfação dos usuários, anunciou a construção do  “3º aeroporto” em São Paulo. Na ocasião, em entrevista coletiva chegou a afirmar- “Só não vou anunciar agora a localização para não provocar especulação imobiliária...“

Em setembro último, as vésperas das eleições municipais, usando indevidamente o horário reservado para pronunciamento institucional, proclamou que no transcorrer de 2013, o valor da energia elétrica seria reduzida em 20% - talvez tenha se esquecido de mencionar o mês.

Agora, sem qualquer hesitação (ou constrangimento) - mesmo contrariando pareceres abalizados, dentro e fora do seu governo – insiste em anunciar a construção de mais de 800 aeroportos regionais em todo país.

Inacreditável sua capacidade de transformar meras conjecturas, em promessas irrealizáveis - simplesmente, por inviáveis!

Assim, ela ainda acaba alcançando 100% de aprovação de seu governo - acreditem se quiserem!

PRISÃO DOS MENSALEIROS PODEM SER JUSTIFICADAS

No caso do relator Joaquim Barbosa tomar a iniciativa de decretar a prisão dos mensaleiros condenados, suponho que encontrará carradas de razões e justificativas -  estas reclamadas pelo ministro revisor, como se não fosse imposição legal.

Não custa lembrar que assistimos durante toda a instrução processual da Ação 470, os principais envolvidos arrotarem inocência, chegando a
afrontar nossa inteligência com aquela estória do caixa 2. Alguns não se fizeram de rogados fazendo ciste com o julgamento - “vai se reduzir
a uma conversa de salão ...”

Outro, mais graduado, que poderia muito bem figurar como favorecido de toda trama criminosa, afrontou a mais alta corte ao propor a um dos
seus ministros o adiamento sine die do seu julgamento face a proximidade das eleições municipais – essa mesma pessoa anunciou de Paris que “não sabia de nada”, então porque preocupar-se com seu julgamento.

Enfim, não foram poucas as asneiras e até mesmo ofensas pessoais que as redes sociais e sites claramente favoráveis aos “mensaleiros” e
cordatos com suas ações, tentaram impor aos ministros do STF e particularmente ao seu relator.

Agora, com o julgamento findo – por certo temendo que as condenações de 2/3 dos envolvidos resultem em prisão imediata – resolveram mobilizar as suas bases com intuito de desestabilizar a mais alta corte do país, impondo aos seus principais membros o temor de uma revolta popular. Os últimos movimentos, promovidos por altos próceres do partido governista, mobilizou nada menos que 12 governadores de estados e o mais próximo secretário do Governo Federal – este não mediu suas palavras “em 2013, o pau vai cantar”, por certo sugerindo que falava em nome do “governo petista”.

Diante do atual quadro e dos antecedentes registrados, ao ministro-relator não lhe faltará argumentos, tampouco justificativas para decretar a prisão dos réus condenados. É manifesta a revolta das principais figuras – nem mesmo se acanham de conclamar suas bases eleitores, sindicatos, organizações não governamentais, a se mobilizarem para reverter o atual quadro, que não lhes é nenhum pouco favorável.

Não custa lembrar que um dos pressupostos da prisão preventiva é a possibilidade do réu voltar a delinquir – a medida seria recomendada como “garantia da ordem pública” - claramente manifestada pelos condenados. Ou, não?

Dentro dessa possibilidade, agora com respaldo na Lei das Execuções Penais, o magistrado poderia determinar que os réus fossem recolhidos
a estabelecimento prisionais de alta segurança – é evidente que as pessoas manipuladas poderiam resolver libertá-los, situação que causaria uma conflagração. A outra possibilidade, bem mais simples, recomendaria que os condenados cumprissem pena em seus domicílios, próximos de seus familiares – nesse caso, ficaria caracterizado a impossibilidade do exercício do mandato popular. Justificada, portanto, mais uma vez  a cassação dos parlamentares “mensaleiros”.

Ainda poderia ser  lembrada a evidente possibilidade dos réus – todos eles com alto poder aquisitivo e dotados de uma imensa rede de proteção, inclusive governamental – safarem-se da ação da justiça, fugindo do país e refugiando-se  numa dessas “republiquetas” tão em moda no continente. Nesse caso, o pressuposto legal para adoção da medida é no sentido de assegurar a aplicação da lei penal – cuja inviabilidade frustraria, não só o ordenamento jurídico e suas instituições, como significativa parcela da população brasileira. Vai ministro Joaquim Barbosa feche o ano com chave de ouro e dê essa satisfação para o povo brasileiro - a parte que não compactua com a malversação do dinheiro público.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Equívoco - Barbosa para Presidente!

O ministro Joaquim Barbosa, enquanto relator da Ação Penal 470 (mensalão) merece nosso reconhecimento – simplesmente por ter cumprido com ardor (e rigor!) sua tarefa. Era o que esperávamos - ponto! Agora, alçá-lo à condição de um paradigma do bem e depositário das nossa esperança por um Brasil melhor e mais justo não deixa de ser um exagero – aliás,  muito comum em tempo de descrédito dos nossos governantes, preocupação com o amanhã e ausência de liderança digna do nome. Nesse sentido, é bom lembrar que até o indigitado José Sarney gozou de fama e prestígio - isso aconteceu durante o malsucedido “Plano Cruzado” - idos de 1986. A sugestão do nome de Barbosa para candidatar-se à Presidência da República soa como uma daquelas platitudes comuns na imprensa brasileira – por vezes descompromissada com a nossa realidade, lança um assunto irrelevante, na esperança de alcançar alguma repercussão junto a seus cada vez mais escassos leitores. A impropriedade da sugestão permite lembrar o perfil dessa personalidade – não obstante sua condição de vitorioso no aspecto pessoal, superando a difícil barreira da pobreza e da cor, deixou antever algumas dificuldades em suas relações pessoais e familiares. Além disso, nesse pequeno período de vida pública – na situação de ministro do Supremo Tribunal Federal, que alçou, como já foi amplamente publicado, graças à cor da sua pele, através da política de “inclusão social” adotada indiscriminadamente pelo “petismo” - demonstrou ser uma pessoal irrascível e de difícil trato pessoal.

Regra geral, não tolera “contra-ponto” às suas opiniões, tampouco revela não ser muito afeito ao contraditório - parece não gostar do confronto de ideias! A manifestação desse perfil ficou clara e insofismável quando advertiu um repórter, também negro, a quem chamou de "mano" (em inglês) que estaria a constrangê-lo – argumentando:- “... você está agindo como os demais integrantes da imprensa ...” - quando o interpelam sobre sua condição de “negro vencedor", como se essa situação fosse um estigma! Convém lembrar que essa soberba não mais se justifica – queiram ou não: por seus méritos e condições pessoais, alcançou projeção profissional e social onde pouquíssimos brasileiros poderiam chegar –  é o Chefe de um dos Poderes da República, certamente o mais expressivo. Além de interferir nos demais poderes, ainda é reverenciado e obedecido por seus pares, portanto, a condescendência, nessa altura, seria uma virtude!

Ave de mau agouro!

Difícil imaginar um são paulino chefiando a delegação corinthiana no Japão - além de inacreditável, seria de maus presságios. Por outro lado, a figura do indigitado José Maria Marin é sinistra. Até parece saída das trevas - acrescente-se: nada confiável. A sua vida pregressa igualmente não o recomenda:- filhote da Ditadura Militar, foi criado no seio do “malufismo”. Como vice de Paulo Maluf acabou assumindo parte do mandato de Governador do Estado de São Paulo – mais ou menos como aconteceu agora, a CBF igualmente caiu no seu colo. Acreditem, os mais jovens, São Paulo sobreviveu a sanha desses pedradores do interesse público – o futebol brasileiro também haverá de superá-lo. Nos moldes do “malufismo”, depois de acertar os ponteiros com o ex-presidente Ricardo Teixeira –  este, mesmo afastado e “exilado” voluntariamente nos Estados Unidos, continua percebendo altos vencimentos -  Marin resolveu dar à CBF a sua cara. Outro mau presságio – saravá! Pode até dar certo, mas o esporte, quando levado a sério, exige organização e seriedade – talvez esteja querendo repetir o Governo Militar na improvisação.  Não custa lembrar que a história do nosso futebol revela que a reprodução de momentos passados, ainda que exitosos, sempre acabou nos frustrando – basta lembrarmos das Copas de 1966 e 1974.

domingo, 2 de dezembro de 2012

FHC, um gentleman!

Ao afirmar que o ex-presidente petista "confunde o público com o privado", mais uma vez o "tucano" foi benevolente com o operário, a quem ajudou tornar-se Presidente da República - talvez por acreditar "na experiência sociológica", então do agrado dos intelectuais. Oportuno refletir que, em geral, a "confusão" decorre de uma dificuldade em definir o "certo do errado" - nesse caso, s,m.j. beneficiaria o agente  com a culpa, strito senso. No entanto, no caso do petista, considerando sua reiteração e insistência na mesma prática, servindo-se, quando conveniente da assumida ignorância (não sabia de nada...), já não pode mais gozar desse beneplácito. Não há dúvida, diante da contumácia, reconhecidamente incorrigível manipulador de pessoas e dados, que já perdeu os parâmetros e limites de sua ação político/personalista - passou a agir com a desenvoltura de um déspota. Curiosamente, as incursões da Justiça não o tem alcançado - a oposição, como vimos. "pisa em ovos" quando denuncia suas ações deletérias; enquanto a imprensa, com raras exceções, demonstra cooptação. Com isso, apenas nos resta a indignação e a espera, pelo amanhã, com a certeza de que ele virá.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Trabalho de equipe ou aparelhamento?

Já não se discute mais o aparelhamento dos últimos governos do país. A sequência de escândalos envolvendo servidores de escalões superiores - alguns vizinhos do Gabinete Presidencial - de per si demonstram o "mar de lama" que permeia a Administração Pública Federal. Primeiro foi o Chefe da Casa Civil que organizou e comandou a "quadrilha de mensaleiros" -  agora condenado pelo STF, apesar das negativas, esperneio  e pressão manifestadas pela  alta cúpula do nosso "PRI". Depois a "colaboradora de confiança" da atual Presidente da República (ou presidenta, como gostam de dizer seus áulicos) a quem confiou a Casa Civil quando se afastou para candidatar-se. Não esqueçamos dos "malfeitos" - eufemismo utilizado pelo governo para tratar da corrupção em seu quintal - nos Ministérios do Transportes, Esporte, Turismo, Saúde e outros - difícil saber em que área não grassou essa "erva daninha" e lamentar que nossos governantes continuam a afirmar desconhecer as falcatruas. Atualmente, veio a público o envolvimento da chefe do Gabinete da Presidência da República em São Paulo - pelo que indica as revelações da PF, trata-se de "chefe de quadrilha" com ramificações na alta cúpula do poder central - ainda não se pode mensurar o alcance desse último escândalo. A dúvida que paira e também não esclarecida é saber até que ponto o governo e a administração federal estão contaminados com esses acalentados "malfeitos". O certo é que o nosso "PRI" está a criar uma "nova Casta" na sociedade brasileira - e não se trata da festejada "classe média".  Reconhecidamente essa "elite" está sendo montada nos escaninhos da Administração Federal, constituída por apaniguados de sucessivos governos petistas - como é caso desses "irmãos Vieira". Sem pudor ou qualquer tipo de medida, com total ausência de escrúpulos, desprovidos de valores éticos e desprezo pelo dinheiro público. Resta indignar-se, torcer e esperar que ainda assistiremos a ".... volta da aroeira ..." , na forma de cobrança política ou judicial que um dia advir. Acalenta-nos saber que o STF já sinalizou que essa cobrança é possível!

Reforma da Polícia!

Evidente que tudo deve começar pela alteração do artigo 144 da CF, A descentralização do serviço de policiamento preventivo é uma medida a
ser discutida. Os municípios, particularmente os viáveis, devem obter status de titularidade no exercício do poder de polícia de segurança
pública. Muitos já dispõem de Guardas Municipais, mas com atuação restrita aos próprios da municipalidade - alguns atuam no policiamento ao arrepio da lei. O exercício da polícia judiciária também deve ser repensado, inclusive a instrução/persecução criminal haverá de ser reformulada. A discussão será demorada, por polêmica e inferir interresses corporativos múltiplos. Por ora, poderemos pensar e implementar medidas práticas e sem custo para o erário público, tampouco dispendio de material humano e recursos materiais. Para tanto, basta priorizar algumas práticas e realocar parte dos funcionários disponíveis. Por certo o maior problema atual é o distanciamento dos órgãos policiais e a população para a qual devem prestar serviço - aliada ao mal atendimento, a falta de confiança marca essa relação conflitante. Assim, cabe às corporações buscarem a necessária aproximação, a partir de uma melhor disponibilidade dos seus serviços e implementar um bom atendimento. A um custo "zero", ao invés de reduzir os pontos de atendimento, particularmente a Polícia Civil deveria mobilizar-se no sentido de oferecer maior facilidade para acesso de seu público alvo, em especial as vítimas de criminosos. Sabemos que atualmente o índice de notificações de ocorrências está defasado - e não adianta transferir essa atribuição para a Polícia Militar, seus integrantes não foram preparados para esse atendimento, tampouco o quartel é ambiente propício, pois não permite o fluxo de pessoas. Claro que esse atendimento não se restringiria a mera anotaçõão do fato, podendo a vítima contar com surpote de outros serviços e orientação quanto as medidas a serem adotadas na busca de solução para o seu desassossego. Seria apenas o ponto de partida para recebermos um melhor serviço de Segurança Pública!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Parem com isso!

É bom lembrar que  CARLOS HENRIQUE GOUVEIA DE MELLO é um réu como qualquer outro condenado pela justiça brasileira - nada realizou de bom, tampouco construtivo para a normalidade democrática nacional. Pelo contrário, talvez sua maior realização  foi expor a vida e o futuro de um "bando de incautos", quando os convenceu a participar de um inconsequente congresso estudantil em Ibiúna - a imensa maioria deve ter se arreppendido de acompanhá-lo naquela aventura. A outra enganada e ludibriada na boa-fé foi a mãe de seu filho - a quem negou até mesmo sua real identidade. A pacata paranaense dormiu e engavidou de um homem que nunca conheceu - mais tarde veio a saber que se tratava de um aventureiro. Depois ainda tentou inviabilizar o restabelecimento da democracia, negando-se a assinar ( e levando outros "incautos" a acompanhá-lo) a Constituição de 1988, depois de discuti-la e nela introduzir uma série de platitudes; mais adiante conduziu seus asseclas a obstarem cintra  o "plano real" e a "lei de responsabilidade fiscal", além de votarem contra essas duasimportantes materiais. Aqueles que ousaram contrariá-lo ficaram pelo caminho, alguns mortos - foi contra até mesmo a eleição de Tancredo Neves. Por último, idealizou e conduziu essa mazela, que foi o "mensação" - outras deve ter realizado, mas ... Pelo seu histórico, não se justifica o espaço que mídia vem dando a esse aventureiro - nem mesmo o "Luz Vermelhoa" recebeu esse tratamento.   Parem com isso ! Mais parece um culto à personalidade - de quem não a tem. Ainda vão acabar o eudesando e inocentando um manipulador contumaz - esse filme nós já assistimos recentemente e seus efeitos perniciosos já começamos a enfrentar.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Mensalão - a quem interessou

A discussão é oportuna - e foi o PT quem a provocou. A estratégia é antiga - quando acuado,  o petismo tenta se igualar aos demais partidos políticos. Ao tentar escamotear  "mensalão", argumentou que todos se utilizavam do "caixa-2" nas campanhas políticas. Agora propaga  que o "mensalão" começou em Minas Gerais, durante a campanha "tucana" para o governo estadual - coincidentemente, a acusação foi feita pelo mesmo publicitário que serviu ao PT. Oportuno lembrar aos petistas que em Minas Gerais o chefe do poder executivo foi apontado como principal interessado na compra de votos e responde ao  processo - ainda não julgado. Pelo menos por ora, não se tem notícia que o chefe do executivo federal, à época dos fatos, cujo governo foi beneficiado com a "compra de votos" no parlamento, ainda não foi convidado a explicar-se perante a Justiça. Espera-se que a isonomia reclamada pelo petismo seja reconhecida e seu grão-mestre, tal qual o "mensaleiro mineiro", no momento oportuno, venha a ser chamado a prestar conta e defender-se, como os demais envolvidos.

Lider de audiência!

Não se trata do livro de Walter Clark, mas sim das transmissões "ao vivo" das sessões do Supremo Tribunal Federal que nas últimas semanas cuida do julgamento da Ação nº 470 - não se deve  proferir o termo "mensalão" para não ferir suscetibilidades. Enquanto nossos craques, na música, letras e esportes, por razões mais variadas  já não conseguem mais despertar o interesse da população, surpreendentemente o povo elegeu seus novos heróis - de repente Joaquim Barbosa, Fux, Carmen Lúcia, Marco Aurélio, Rosa Weber, Ayres Brito, Gilmar Mendes, tornaram-se pessoas  do nosso convívio. Simplesmente por encarnarem o perfil de julgadores que todos nós desenhamos e através de seus votos refletirem as nossas expectativas de justiça. Definitivamente perderam
aquela aura de figuras emblemáticas, que julgavam segundo entendimentos distantes da nossa compreensão. Agora não: tornaram-se nossos servidores leais, cujos atos e ações estão a encarnar os valores e regras que sempre obedecemos e transmitimos a nossos filhos - muitas vezes sem consonância com aquilo que vivenciavam na sociedade. Definitivamente tornaram-se  nossos heróis e exemplos de comportamento que haverá de servir de parâmetro para o futuro desta nação. Regozijo-me ao ouvir dos sitiantes vizinhos, caboclos da melhor qualidade, comentários sobre o andamento desse julgamento, já não
duvidam mais que muitos acusados serão realmente presos e como qualquer pessoa do povo que cometa crime reiteradamente, cumprirão as penas encarcerados - não é sinal dos tempos, mas sintonia do STF, primeiro com a prova dos autos e depois com o anseio popular.

Haddad e seus trejeitos

Os marqueteiros, que já conseguiram transvestir petistas históricos como pessoas quase normais, agora,  no afã de eleger mais um poste, impõe ao candidato Haddad uma série de figurinos. Há duas semanas da eleição parece que ainda não conseguiram encontrar o  modelo ideal - com sua queda nas pesquisas, tudo indica que dificilmente encontrarão.  No início, para demonstrar uma juventude que seu rosto de pessoa bem criada já evidencia, mandaram que andasse feito um desmiolado, quase perdido entre os prédios, viadutos e avenidas da cidade. Depois apresentou-se como moço estudioso, bom filho, marido exemplar e pai estremoso. em sucesso, recentemente apareceu no perfil do protagonista da novela da Globo - deu pena vê-lo com o corpo arqueado, barba amanhecida, surgir  in close na tela da TV., enfurnado como se fosse um miura.  Evidente que houve excesso nessas pinturas, mesmo porque sua marca sempre foram os equívocos na gestão do ENEM e na cartilha conhecida como "kit-gay" - tudo indica que sua campanha naufraga e a derrota se pronuncia.

sábado, 1 de setembro de 2012

Mensalão oficializado

Nossas homenagens ao STF - condenações de mensaleiros e seus patrocinadores não só redimem o Brasil, como também lavam nossa alma. Contudo, nos parece que os métodos agora definitivamente desnudados (compra de parlamentares) acabaram oficializados através das emendas "ditas parlamentares" - mais correto seria dizer "particulares" - por servirem exclusivamente a seus interesses  eleitorais e não ao país. Não é à toa que o governo petista costuma liberá-las a macheias (sic) nas vésperas de votações de seu interesse no Congresso Nacional. Chegam ao cúmulo de estabelecer limites ou teto ao valor dessas emendas - como se fossem realmente compra ou retribuição de favores prestados. O momento dessa negociações é agora, por ocasião da elaboração e discussão do orçamento do próximo exercício - o número de cada bancada e sua fidelidade ao governo é que farão estabelecer o montante de emendas que caberá a cada um de seus parlamentares. Como de praxe acontece em negociações desse tipo, raramente essas emendas atenderão o interesse público - o vício de sua origem, em geral, a fará transformar em moeada de troca com os patrocinadores de campanhas eleitorais.Felizmente, já podemos apontar esse tipo de maracutaia, sem cometer injustiça!

quinta-feira, 10 de maio de 2012

OS RURALISTAS E A MP. DA POUPANÇA

A princípio a bancada ruralista no Congresso Nacional deveria regozijar-se com as alterações na Caderneta de Poupança, já que seus representados têm interesse na queda dos juros, objetivo da desindexação dos rendimentos daquela aplicação popular.

Contudo, este possível apoio tem tudo para desandar, caso a presidente petista resolva aderir ao movimento ambientalista “Dilma, veta tudo” e não sancione o novo Código Florestal, nos termos aprovado pela Câmara dos Deputados.

Talvez estejamos na iminência de assistir, democraticamente, um remake (ou reprise) da votação da CPMF, quando o Senado Federal rejeitou a prorrogação dessa malfada contribuição, a despeito das promessas e juras do governo petista – com isso, a sociedade brasileira se livrou de uma expropriação indevida.

Agora, por vias transversas, o Congresso Nacional, particularmente a Câmara dos Deputados, onde a bancada ruralista se faz presente e com seus adeptos de ocasião poderá – ainda que atirando no próprio pé – fazer justiça ao pequeno aplicador, este sim injustiçado por uma medida imposta de cima para baixo, sem a devida discussão pelos representantes do povo.

Esse prazo está se exaurindo. 15 dias contados a partir do recebimento do projeto de lei, já aprovado pelo Legislativo, pelo chefe do do Poder Executivo, que poderá vetá-lo, parcial ou integralmente, ou sancioná-lo em iguais condições – observando que havendo consenso entre as duas casas, o Poder Legislativo poder rejeitar o veto e sancionar o projeto, desde que o faça no prazo de 30 dias.

Aguardemos – o jogo é jogado e o desenrolar dos fatos indicará quem vai piscar primeiro!

sábado, 14 de abril de 2012

Cachoeira vem de longe - faltou investigação!

A intimidade de "Cachoeira" com o poder vem de longe - quem não se lembra do vídeo onde ele negociava propina com Waldomiro Diniz? Não custa lembrar que o fato ocorreu durante o primeiro governo petista - e o fato já revelava, nada mais nada menos, seu acesso à Casa Civil, onde reinava o então "capitão do time". Então nenhuma estranheza sobre a proximidade do "banqueiro" com o mundo político. Talvez, na época, tenha faltado disposição para aprofundar as investigações em direção a Goiás - preferiram desviar o foco para Minas Gerais, onde surgia acusação contra um tucano plumado. Agora, a CPMI de iniciativa do petismo novamente tem interesse em "embaralhar o jogo" - mais uma vez busca nivelar seus criminosos com os demais infratores. Por certo, devem contar com o silêncio de "Cachoeira", que tem a escudá-lo, na condição de defensor, o ex-ministro da justiça petista - acreditando poder repetir o depoimento do publicitário Mendonça na CPMI do Mensalão. Lembram-se?

terça-feira, 10 de abril de 2012

Governador é quem nomeia Chefe do MP

Queira ou não os promotores de justiça, o Ministério Público continua vinculado ao Poder Executivo. Em algumas passagens, como a nomeação do Procurador-Geral, fica clara sua subordinação ao Chefe do Executivo. No caso presente, onde o Governador do Estado fez uso do seu poder discricionário - fundado na oportunidade e conveniência - para nomear o segundo colocado na lista tríplice que lhe foi oferecida, restou cristaliana essa subordinação. Portanto, a eleição do Chefe do MP pela classe não passa de mero exercício da independência funcional que a Constituição lhes garante - como assistimos, ainda com alguma exceção.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Parece até que não percebemos...

Não me digam que não é asustador o número e a constância de explosões de caixas eletrônicos e agências bancárias - além da sua incidência alcançar praticamente os quatro cantos do país. Não sei dizer se é justificável este alarme, mas aqui de longe - moro na zona rural do interior do Paraná - fico indignado em abrir o noticiário e toda manhã saber de novos casos. Chego a supor que nossas autoridades, particularmente os órgãos responsáveis pela segurança pública e repressão criminal, tampouco a população, não vislumbram a gravidade do problema, salvo quando as explosões ocorrem próximas de suas casas, revelando nem um pouca assustada (ou talvez insensíveis com mais esse problema afeto à sua segurança, por serem muitos...). Agora, não me digam que explodir prédios e equipamentos é crime comum - que não passa de um furto qualificado, como afirmam os entendidos - prefiro me precaver e afirmar: é terrorismo puro, por muito menos, em países mais organizados, todo aparato de informação (ou seria infiltração e espionagem) prevenção e repressão estariam mobilizados, no afã de coibir e prender os autores dessa prática criminosa. Os banqueiros, com todo poder que usufruem, também não se mobilizam, até parecem satisfeitos com o ressarcimento, certamente oferecido pelas seguradoras - "a segurança pública que se dane " Enquando isso, os meios de comunicação e nossos legisladores preferem dar prioridade à discussão da lei seca (também importante, mas... !) e a copa do mundo (e seus despresíveis entraves...!) O número de marginais, potências das armas empregadas e volumes de explosivos empregados nessas ações são realmente assustadores - talvez os responsáveis pela segurança pública venham apenas se mobizar quando esses atentados alcançarem os quartéis, delegacias, presídios, tribunais e outros prédios públicos e particulares. Capacidade de ação e mobização os marginais demonstraram possuir e dispor cada vez maior - além da ousadia, alimentada até agora pela facilidade de agirem!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

CORÓ - PRECURSOR DA RECICLAGEM

Estou me referindo a uma época – final dos anos 50 e início da década de 60 – em que a cidade de Ourinhos convivia com uma imensa vala, também conhecida como voçoroca, ao que parece provocada pelas águas fluviais que escorriam ao nível das ruas – ainda desprovidas de galerias - descendo da parte alta até  desaguarem nas terras do senhor Ângelo Christone, no final da rua Pedro de Toledo.

Partindo daquele ponto, ou ali terminando, o “buracão” como a população denominava aquela área degradada da cidade, serpenteava o perímetro urbano já bem povoado, esgueirando-se pelos fundos dos quintais das residências, interrompendo ao se aproximar da antiga rua Goiás – hoje, Narciso Migliari – para depois retornar, solapando parte do terreno da Padaria Itoda, até alcançar a esquina da rua Brasil com Gaspar Ricardo.

Com essa introdução, para compreensão dos eventuais leitores, talvez já possa localizar e descrever a propriedade do senhor Coró, então  localizada na esquina da rua Goiás com a Visconde do Rio Branco. Ali, num terreno amplo – bem na beira do “buracão” - aquele homem, de hábitos e aparência rudes, vivia com sua numerosa família numa casa de construção bem rústica e no entorno da residência desenvolvia sua atividade de acumular todo tipo de material descartado pela população, além de manter animais domésticos, galinhas, porcos cabritos, cavalos e outros.

Por certo a aparência não era nada agradável, evidente que produzia algum desconforto, não só para as pessoas que ali habitavam, particularmente as crianças constantemente sob o risco de cair na vala – disso logo superavam, pois a diversão dos mais crescidos era transpor o “buracão” pendurados ( trocando de mãos ) na canalização de distribuição de água suspensa entre suas margens – ou se contaminar com aquela sujeira, como também aos vizinhos expostos à proliferação de insetos e bichos peçonhentos. No mesmo quarteirão, descendo em direção ao cemitério, já existia a “coloninha” - uma série de casas em construção de madeira, suponho destinadas às primeiras famílias trazidas para o centro urbano pelo êxodo rural –  o primeiro conjunto de casas populares construído na cidade, onde surgiram grandes craques do futebol ourinhense.

Além de acumular ferro-velho, vidros, latas, papelão e outros materiais, certamente destinados a venda no atacado, o senhor Coró ainda se esmerava em transformá-los em utensílios de uso doméstico – como era o caso das latas de óleo, depois de recortadas suas partes planas eram ajustadas dando lugar a um recipiente no formato de tacho. Cabia a um dos seus filhos – bem mais que um adolescente, quase um jovem – sair pelas ruas oferecendo os tachos de lata. Em um deles sempre levava sabão de cinza, moldados com se fossem bolas, produto também de fabricação familiar, muito aceito pelas donas de casa para alvejar as roupas sempre impregnadas pela terra rocha de difícil remoção. Era comum vê-lo parado ao lado de um “campinho”, mais no centro da cidade, apoiando sua mercadoria em uma das coxas, suspensa pelo pé apoiado no joelho da outra perna (?), observando, com o olhar ávido, os meninos jogarem futebol.

Por mais que a família se movimentasse no afã de buscar o sustento para todos, era evidente que as condições de vida daquelas pessoas não se aproximava do ideal – ainda assim mantinham-se ali agrupados. Lembro que uma das filhas do senhor Coró, uma moça simpática e agradável, ainda bem jovem passou a frequentar a Igreja Metodista. Com seu sorriso largo e forma amistosa de se relacionar logo se integrou àquela comunidade – muitos anos depois, num desses eventos familiares, a reencontrei, então uma senhora, mostrando a mesma disposição de outrora e igual alegria de viver.

Não custa lembrar que na mesma época outras pessoas já se ocupavam da recuperação de materiais inservíveis – os conhecidos ferro-velhos, não confundir com os atuais famigerados “desmanches”, estes nem sempre voltados para uma atividade lícita – como era o caso do “Tonico Soares, na rua Duque de Caxias, e do Raimundo Barrueco, misto de empresário e policial voluntário.

Resta lembrar que personagens como o senhor Coró e outros, como o velho e simpático italiano que diariamente percorria as ruas da cidade, de corpo franzino, alquebrado pelo tempo, sempre trazia no braço sua cesta de vime e anunciava a compra de vidros descartáveis cantando “Torori-Tororó” - no que era acompanhado pela criançada – merecem registro na nossa história e com essas lembranças rendo-lhes essa homenagem!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Proliferação de presídios

À distância não consigo entender a ânsia - até mesmo, sem muita pressão - dos últimos Governos do Estado de São Paulo em construir, numa sequência quase irracional, presídios nos quatro quadrantes do território paulista. Observo que isso vem acontecedendo a quase duas décadas - período em que o número de vagas praticamente triplicou. Louve-se o fechamento no mesmo período da Casa de Detenção - Carandiru - e a desativação das cadeias dos distritos policiais da Capital e Cadeias do interior - particularmente das cidades médias e grandes. Nesses casos, os imóveis foram transferidos para a Secretaria da Administração Penitenciária, em alguns a Polícia Civil livrou-se do encargo de vigiar presos a troco de seu patrimônio. Agora, retornando ao tema proposto, não vejo coerência, tampouco prioridade, na ação do Governo Estadual, visto que apregoa, com certo alarido e algum exagero, que os índices de criminalidade estão sendo reduzidos drasticamente, apesar da atuação dos seus órgãos de prevenção e repressão não justificar o fenômeno - exceção das guardas municipais, armadas ou não, cada vez mais envolvidas em atribuição de responsabilidade do Estado. Por outro lado, a ausência de sensibilidade e a falta de critério dos juízes, promotores e delegados - muitas vezes aprisionando ou mantedendo na prisão infratores ocasionais ou de baixa periculosidade, mesmo com lei autorizando outra medida - esgotam rapidamente as vagas continuamente criadas pelos novos presídios. Até parece a corrida do gato e do rato! Ainda nos intriga saber que esses mesmos governantes não guardam a mesma preocupação nas questões relacionadas com a saúde pública - por certo o custo para construção e manutenção de um presídio não se distancia do valor correspondente a de um hospital de médio porte. É claro, por evidente, que a importância da saúde e da vida das pessoas sobrepõe, em valor humano, social e moral, ao encarceramento de um pequeno ou médio infrator, - não adianta querer mencionar o prejuízo decorrente de um furto ou roubo, os valores das grandes falcatruas na esfera pública superam em muito o montante do dano causado pela população de qualquer presídio paulista. Enquanto isso, vamos assistindo impavidamente os médicos escolherem, face a inexistência de vagas suficentes em nossos hospitais, quais pacientes irão receber tratamento condizente com sua condição humana - os demais relegados à própria sorte nos corredores de atendimento. Atualmente, essa mesma situação praticamente já não existe na esfera do sitema prisional. Portanto, a discussão sobre a conveniência e oportunidade da criação e construção de novos presídios no Estado de São Paulo é oportuna - melhor seria direcionar o aproveitamento racional das 300.000 vagas atualmente existentes!

domingo, 22 de janeiro de 2012

Enem, salvo-conduto para Haddad

Oportuna e conveniente a suspensão do Enem, adredemente marcado para o mês de abril de 2012. Assim, a figura de Haddad ficará a salvo de mais um insucesso - leia-se: má gestão! na sua longa e infeliz carreira de ministro. Por certo, o governo petista quer assegurar que até o mês de novembro de 2012 - portanto, garantida sua blindagem até as eleições de outubro - o ministro Haddad não será exposto a mais um vexame administrativo. Quase uma rotina em sua conturbada gestão à frente do Ministério da Educação - fruto exclusivo da sua inapetência administrativa. Caberá aos paulistanos repudiá-lo ou não!

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