Equívoco - Barbosa para Presidente!
O ministro Joaquim Barbosa, enquanto relator da Ação Penal 470 (mensalão) merece nosso reconhecimento – simplesmente por ter cumprido com ardor (e rigor!) sua tarefa. Era o que esperávamos - ponto! Agora, alçá-lo à condição de um paradigma do bem e depositário das nossa esperança por um Brasil melhor e mais justo não deixa de ser um exagero – aliás, muito comum em tempo de descrédito dos nossos governantes, preocupação com o amanhã e ausência de liderança digna do nome. Nesse sentido, é bom lembrar que até o indigitado José Sarney gozou de fama e prestígio - isso aconteceu durante o malsucedido “Plano Cruzado” - idos de 1986. A sugestão do nome de Barbosa para candidatar-se à Presidência da República soa como uma daquelas platitudes comuns na imprensa brasileira – por vezes descompromissada com a nossa realidade, lança um assunto irrelevante, na esperança de alcançar alguma repercussão junto a seus cada vez mais escassos leitores. A impropriedade da sugestão permite lembrar o perfil dessa personalidade – não obstante sua condição de vitorioso no aspecto pessoal, superando a difícil barreira da pobreza e da cor, deixou antever algumas dificuldades em suas relações pessoais e familiares. Além disso, nesse pequeno período de vida pública – na situação de ministro do Supremo Tribunal Federal, que alçou, como já foi amplamente publicado, graças à cor da sua pele, através da política de “inclusão social” adotada indiscriminadamente pelo “petismo” - demonstrou ser uma pessoal irrascível e de difícil trato pessoal.
Regra geral, não tolera “contra-ponto” às suas opiniões, tampouco revela não ser muito afeito ao contraditório - parece não gostar do confronto de ideias! A manifestação desse perfil ficou clara e insofismável quando advertiu um repórter, também negro, a quem chamou de "mano" (em inglês) que estaria a constrangê-lo – argumentando:- “... você está agindo como os demais integrantes da imprensa ...” - quando o interpelam sobre sua condição de “negro vencedor", como se essa situação fosse um estigma! Convém lembrar que essa soberba não mais se justifica – queiram ou não: por seus méritos e condições pessoais, alcançou projeção profissional e social onde pouquíssimos brasileiros poderiam chegar – é o Chefe de um dos Poderes da República, certamente o mais expressivo. Além de interferir nos demais poderes, ainda é reverenciado e obedecido por seus pares, portanto, a condescendência, nessa altura, seria uma virtude!
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