Números da PF, merecem reflexão
A minha condição de observador, após 31 anos na carreira policial, permite refletir sobre os números oferecidos pela Polícia Federal - como resultado de seu trabalho durante o exercício de 2009. Embora expressivos, alguns números se tornam pífios perante a nossa realidade. Por exemplo, considerando que a PF dispõe de sedes nos 26 estados brasileiros, as 4.534 prisões realizadas, se distribuídas por suas principais unidades, resulta em menos de uma prisão por dia. As operações especiais (281) por melhor que sejam seus resultados se aproximam de 10 por estado, isso durante o período de doze (12) meses. Louve-se, por outro lado, o número de feitos instaurados em sua relação com os inquéritos relatados (concluídos) - mesmo não sendo definido os exercícios a que pertencem estes últimos e, tampouco idicado o estoque remanescente nas delegacias. A lentidão e procrastinação na conclusão de seus feitos é sobejamente reconhecida. Lamente-se a diminuição na quantidade de substâncias apreendidas - foi dispensada qualquer justificativa. O resultado anunciado fica menos expressivo se o compararmos ao número de policiais que compõe o efetivo da Polícia Federal - por isso, a relação custo benefício não justifica o júbilo do ministro petista. Também não pode ser desprezado que a Polícia Federal age sobre um número reduzido de infrações penais e sua atuação alcança todo território brasileiro - talvez o público desconheça sua negligência com outras atribuições, como é caso da fiscalização das empresas de segurança!
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