quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Delegado deixou se levar pela emoção

Conheço o delegado Valencise desde a época que atuava na cidade de Jaú. Sei do seu valor e da sua capacidade profissional. Em diversas ocasiões, mesmo à distância fui levado à aplaudir suas intervenções - mais recentemente, no caso do estudante bêbado que invadiu o posto de gasolina, atropelando o frentista. Por outro lado, em sua profissão, aprende-se que a atuação do delegado de polícia, âmbito da Polícia Judiciária, se esgota no relatório que ultima o inquérito policial. Qualquer comentário ou intervenção a partir desse momento, salvo situações previstas em lei, deixa de ser uma atitude profissional. No seu caso, quando instigado pelo repórter, revela sentimento pessoal em relação à conduta de Rogério Buratti - pós interrogatório em inquérito policial. Quero crer que o delegado Valencise, como é do seu perfil, conduziu com isenção a investigação policial. Ainda tenho comigo, que Valencise levou as diligências, particularmente o interrogatório de Buratti, sob sua efetiva presidência, observando as regras constitucionais, não se atendo exclusivamente às afirmações e alegações do investigado para sustentar o indiciamento. Por certo, outras provas carreadas para os autos certamente darão embasamento à acusação, ainda que o réu se reserve no direito de negar os fatos e o envolvimento de terceiros. Aliás, comportamento comum, que não deveria ser objeto da qualificação imposta pelo delegado de polícia, mesmo que houvesse "falcatrua" - ou mero expediente da defesa!

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