Varig - Justiça lavou as mãos!
O magistrado que presidiu a Recuperação Judicial da Varig tanto fez que acabou vendendo a empresa. Não importa se não foi pelo melhor preço - talvez tenha sido o menor. É certo que usou e abusou do poder discricionário - ou premido pelas circunstâncias - obrigou, por decreto, a BR fornecer combustível - sem pagamento - para a empresa inadimplente. Anulou decisões das assembléias de credores. Convocou e reconvocou inúmeros leilões. A Varig-Log - que tempos atrás fora desmembrada e vendida - acabou adquirindo, por um preço simbólico, a parte produtiva da empresa área. A recuperação judicial continua sendo uma incógnita, já que a credibidade da Varig - como empresa idônea - há muito se esvaiu. Mesmo assim, contrariando todas as opiniões de especialistas e até do Governo Federal, a Justiça Pública preferiu alienar a companhia em condições - no mínimo nebulosa - ao decreto de sua falência. Medida mais esperada! Parece que o Magistrado, por vaidade ou não, apenas quis lavar as mãos, evitando qualquer responsabilidade com a derrocada definitiva da Varig.
(Estadão - 22/07/2006 - link para assinantes)
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