Entrevista do juiz Ayoub apenas confirma nossa apreensão
A entrevista concedida pelo juiz Luiz Roberto Ayoub (OESP-12/6) apenas confirma a apreensão que seus atos causaram por ocasião do processo da pseudo recuperação judicial Varig. A sua postura, ainda que admita erros na condução do processo, continua sendo de uma pessoa intocável, por inatingível em seus atos, enquanto juiz de direito e representante do Estado. Suas explicações não são coerentes, tampouco o redimem dos seus equívocos. Basta lembrar que cabe a Justiça, através dos seus magistrado e servidores, agir com sabedoria e discernimento - /certamente, haveria instrumento e meios legais/ - para se dirimir dúvidas e estabelecer a realidade sobre a situação e credibilidade dos envolvidos, principalmente quando a matéria discutida é complexa e da decisão judicial possa decorrer prejuízo a muitos, inclusive para a Nação, em benefício de poucos. Enfim, as justificativas do magistrado, caso não se revele em soberda ou demonstre arrogância, beira a simplicidade, particularmente quando afirma que da sua decisão cabe recurso - /elementar, meu caro Watson/! - e que aspectos da idoneidade dos beneficiados caberia à Anac verificar. Também absurda e afrontosa aos nossos ouvidos sua comparação entre a recuperação da Varig com o leilão de um automóvel a ser utilizado ou não como táxi, a depender do poder concedente. Efetivamente sua decisão poderia ser equânime e equilibrada. No entanto, prefere esquecer ou desprezar que seu comportamento - /talvez tangencie com a ilegalidade/ - abandonou à própria sorte 6.000 homens e mulheres, além do prejuízo causado ao erário público. Mais lamentável saber que alguns ex-empregados da Varig, não suportando o repentino desemprego, vieram a falecer!
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