Os segredos do Ministério Público
É de causar apreensão - isso, para não dizer indignação - a decisão do Conselho Superior do Ministério Público, promovendo a vitaliciedade do promotor Tales Ferri Schoedl. A corregedoria, que emitiu parecer pelo seu não vitaliciamento, foi derrotada pela maioria dos conselheiros - ou melhor, não foi acompanhada nem mesmo por seis membros do colegiado. Para quem não se lembra, o promotor Tales Shoedl - munido de uma pistola automática - matou um jovem e feriu outro na Riviera de São Lourenço. Resumindo, o Conselho Superior do Ministério Público convalidou o período de estágio probatório do promotor acusado de homicídio e outro crime tentado, como houvesse mantido comportamento exemplar durante os primeiros dois anos no cargo. Evidente que não estavam julgando o fato criminoso - felizmente, por não lhes couber essa tarefa - os procuradores/conselheiros simplesmente avaliavam a conduta e comportamento pessoal do homicida, na condição de guardião da lei e outras tantas atribuições constitucionais que exigem, além de outros atributos, sabedoria e, principalmente, equilíbrio emocional. Plagiando Daniel Piza - uma lágrima para as vítimas!
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