quarta-feira, 28 de março de 2007

O uso de helicóptero pela polícia

A principal notícia do dia foi a queda do helicóptero do corpo de bombeiro no Rio de Janeiro. Não se discute a facilidade de deslocamento que a aeronave permite, principalmente nas regiões metropolitanas. Igualmente não se questiona sua utilização em determinadas circunstâncias, como ocorre em mega-operações e em outras ocasiões - cerco, perseguições ou expediente dissuasivo. Mas o seu emprego pelas forças policiais vem se revelando em flagrante ostentação - pode ser de força, como pode ser entendido como mera exibição - com alto dispêndio para os cofres do Estado. Apenas para alimentar a discussão - seria oportuno indagar quando custa um helicóptero e quanto se gasta para sua manutenção. Não seria o caso de priorizar as forças terrestres e melhorar o salário dos policiais - exclusivamente racionalizando a utilização desse tipo de aeronave. O custo-benefício é altíssimo. Muitas vezes assistimos - não posso afirmar que foi esse o motivo do acidente no Rio de Janeiro - manobras arriscadas com o propósito de agilizar o salvamento de uma pessoa ferida. Evidente que nem sempre essas intervenções são necessárias e indispensáveis - quiçá, justificam o transtorno que causam no trânsito e no dia-a-dia da população. Também não se pode esquecer que os helicópteros muitas vezes servem exclusivamente para transportar autoridades em suas locomoções ordinárias - num claro desvio de finalidade. Então, aproveitando o ensejo, seria oportuno rediscutir a sua utilização indiscriminada no serviço de policiamento e resgate - como ocorre na atual escala - diante da visível desproporção entre o seu alto custo e questionável benefício.

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