sexta-feira, 10 de março de 2017

Coreia do Sul, modelo de democracia!

A Coreia do Sul, décadas atrás, apresentava um grau econômico bem inferior ao Brasil, quando o País asiático promoveu uma pacífica revolução no ensino público. Alguns anos depois passou a colher os frutos desse programa adotado pelo governo e acolhido por sua população. Todos sabemos que a Coreia do Sul vive em constante tensão com seu vizinho Coreia do Norte, face o  "estado de guerra" desde a década de 50 (?). Ainda assim obteve um desenvolvimento surpreendente, superando o Brasil em muitas casas de zero. Agora, por ocasião do impeachment de sua presidente (a) Park Geun-hie, dá uma aula sobre respeito às regras de um autêntico Regime Democrático. Lá, como cá, a primeira mulher a governar o País cometeu alguns "malfeitos" - homenagem ao "petismo" - e, após o devido processo legal, foi defenestrada do poder. Ao contrário dos brasileiros, os coreanos do sul saíram às ruas, alguns comemorando outros  protestando, mas não li e nem ouvi ninguém falar em "golpe", tampouco  em "misoginia". Não houve "fatiamento" da decisão do Congresso e a Corte Constitucional, instada a se manifestar, no dia seguinte referendava a decisão política. Dentro de breve espaço temporal, haverá nova eleição para Presidente da República. Comparsas da ex-presidente, envolvidos nos crimes ( lá, não se fala em "erros" ou "malfeitos" ) já estão presos - Park deve encontrar o mesmo destino. Podemos até não tolerar  a ocorrência de duas mortes durante as manifestações, mas  haveremos de sentir uma dose de inveja do País Asiático e sonhar um dia alcançar um nível parecido de Democracia. Simples, não ? Cumprir as regras e responsabilizar quem as desrespeite!

quarta-feira, 8 de março de 2017

Palácio do Planalto não é abrigo para vendilhão da Pátria!

A sucessão de fatos, digamos desabonadores, que o Ministério Público (estadual e federal ) vem desvendando e oferecendo à Justiça, na forma de denúncias contra o ex-presidente petista, não deixam dúvidas que ele fez dos seus governos, e também da sua sucessora, um "covil de ladrões". Até o momento da formatação deste texto, o número de processos criminais formalizados e em andamento contra o pai do "Lulinha", já alcançavam o expressivo número de cinco (5) ações judiciais - um belo currículo para quem se habilita a um novo mandato de Presidente da República. Não foi nenhum adversário político ou a imprensa conservadora que lhe impingiu a condição de "Chefe de Quadrilha" - ou  Associação Criminosa - mas sim o impoluto Ministério Público Federal, cujo chefe foi nomeado por um governo petista. Difícil não acreditar que o ex-presidente realmente fez do posto máximo da República Federativa do Brasil e depois como  condutor em chefe da sua criatura e sucessora, um meio de falsear a verdade, domar parlamentares a troco de valores em dinheiro e facilidades de toda ordem, abrir os braços para empresários dispostos a compartilharem o resultado do butim - dinheiro resultante de negociatas da pior espécie, empréstimos fraudulentos,   inclusive venda de medidas provisórias e projetos de lei que lhes beneficiavam -  como meio do seu grupo permanecer indefinitivamente no poder. Para a população tornou-se um ilusionista, cujas promessas vás eram tomadas como verdades incontestes.Agora reaparece disposto e ameaçando retomar a presidência, após ver sua criatura / sucessora defenestrada do poder pela inépcia e falta de atributos para continuar dirigindo o destino do País. Nem mesmo se constrangeu com a fragorosa derrota do "petismo" nas últimas eleições municipais - uma rejeição explícita com seu modo de administrar. Convém esclarecer que o leitor, que esta subscreve, fazia parte daqueles que preferiam ver o "petismo" sangrar até as próximas eleições - mas o impeachment ganhou as ruas e o Congresso não se fez de rogado afastando a presidente petista. A ninguém é dado negar que no dia seguinte, um novo País ressurgiu - a alegria voltou a ser estampada pela maioria da população - as promessas de "incendiar as ruas", como outras promessas não se materializaram. As ameaças do exército do MST também não se concretizaram. Apenas os desmandos, aparelhamento e imenso buraco no orçamento da União vieram a tona. Como uma avalanche prometiam inviabilizar o País como democracia organizada. O Governo Provisório logo mostrou para que veio. Com a legitimidade que a Constituição lhe conferia reformulou os ministérios, montou uma equipe econômica de respeito e adotou medidas austeras que a situação reclamava. O Congresso respondeu  e quando o impeachment foi efetivado, a Nação já respirava ares de um novo tempo, embora as dificuldades ainda perdurassem, o mercado já dava sinais de confiança e a vitalidade. A bolsa voltou a bater bons índices e o real se valorizava. Agora, a destempo - por não aberto o período eleitoral - como se fugisse de uma situação incômoda e malbaratada, surge a figura nada impoluta do ex-presidente, na forma de um pesadelo, prometendo - ou seria ameaça - prometendo retornar a disputar nas eleições de 2018 para o cargo de Presidente da República. Na sua condições de réu, com razoável possibilidade de ser condenado em Primeira Instância, talvez lhe reste apenas duas possibilidades: a primeira, já ventilada pela mídia, é pedir asilo político a alguma das ditaduras que lhes são simpáticas e gratas pelos favores prestados; segunda, candidatar-se a Presidente e com isso readquirir o Foro Privilegiado e ver todos os processos sobrestados (congelados!) pelo período que dirigir o País. Deus nos livre e desconjuro ver novamente o Palácio do Planalto transformado em "covil de ladrões" e "vendilhões" da nossa Nacionalidade. "Vade retro Satanás"!

Imprensa - assim, vai perdendo crédito!

Pelo que é dado observar, a imprensa brasileira nessa passagem da vida nacional deixou de de lado as análise isentas, tampouco emite opinião fundada na verdade. Apenas nos oferece a "opinião pública", forjada por informações malbaratadas e dirigida através de uma imprensa manifestamente "marrom" e por blogs "sujos", por financiados com dinheiro de origem espúria para difundir informações falsas ou distorcidas. Como evidência dessa manipulação da verdade, cito objetivamente a declaração do ministro Gilmar Mendes, do STF, quando instado a falar sobre as últimas delações. Vazamentos ilícitos, por afrontar a lei que disciplina as "delações premiadas". O ministro, cujas colocações nem sempre concordo, ao falar da crise moral e ética que o Brasil enfrenta, foi taxativo:- "Há mais de uma década "vivemos um descalabro", praticamente no "mato sem cachorro, pela apropriação do Estado Brasileiro por interesses  escusos, onde o público e o privado se confundiram no afã de dilapidar os cofres da Nação". Aí vem a repercussão da maioria dos órgãos de informações, tanto escrito, como falado e televisionado, em uníssono, parece até combinado, desvirtuaram o tempo  verbal de "viver", para colocar na boca do ministro Gilmar Mendes, que o País "vive um descalabro" pela falta de  pudor dos empresários e políticos. Um direcionismo que nem mesmo nos regimes ditatoriais, em geral conduzidos com "mão de ferro" é capaz de produzir informações despudoramente  manipuladas para induzir o seu povo ( eleitores ! ) a desconhecer a realidade. É um crime de "lesa-pátria" e deve ser punido pelo desprezo, após a devida denúncia. Por certo não veem, simplesmente por não querer ver e, assim ignorar que o País reencontra um novo modelo de gestão responsável e que reformas importantes estão sendo implementadas - outras ainda são formatadas - e que o "descalabro atual" somente existe (resiste) na cabeça de pessoas mal informadas ou mal intencionadas. Suponho que os jornalistas, particularmente aqueles que   insistem em dizimar o descrédito fazem parte do segundo grupo. Com isso, os órgão de informação acabarão perdendo o crédito ! E a Brasil perde, mais uma vez !

Cidades sem delegados - matéria apenas informativa!

A ausência de um delegado de polícia exclusivo e permanente em mais de 200 municípios pode ser explicada pela lacuna no efetivo, pela decorrência de aposentadorias, demissões voluntárias e compulsórias, ou ainda, pela não realização de concursos públicos com maior periodicidade para reposição dos quadros. Também não pode ser desprezada a falta de atrativos para os bons profissionais do direito (e vocacionados) para a difícil missão, nem sempre reconhecida pela sociedade. A dedicação é exclusiva - não é concebível que um delegado de polícia faça "bico", as exceções devem ser coibidas, salvo no campo do magistério - e a remuneração nem sempre atende os anseios daqueles que se propõem a ingressar na carreira ou descobrem lhes faltar aptidão para o serviço policial. Vai além do mero conhecimento jurídico, por exigir outros atributos:- como capacidade gerencial, liderança, administrar e conduzir equipes dotadas de pessoas das mais diferentes origens e formação ética, moral e intelectual - diferenciam o delegado de outros operadores do direito. Curioso é que ninguém comenta a falta de promotores de justiça, defensores públicos e oficiais da Polícia Militar, nessas mesmas cidades - nem mesmo dispõem de uma sala para atender a população, salvo os destacamentos, regra geral alojados em prédios da Polícia Civil. Caso ali comparecem em uma ocasião ou outra utilizam-se de alguma dependência municipal, como a Câmara ou Prefeitura. Não vêm me dizer que não são  essenciais! A Polícia Civil, como a Polícia Militar, está presente em cada município do Estado de São Paulo. A população encontra uma unidade da corporação dotada de pelo menos um ou dois funcionários - na condição de policiais de carreira. Portanto, a população não fica desprovida de assistência da Polícia Civil, além dos escrivães, investigadores e agentes, sempre pode contar com um delegado de polícia, previamente designado para responder, ainda que à distância, ao dia a dia da unidade desprovida de autoridade policial efetiva. Disso, infelizmente a matéria jornalística não cuidou, por simples desconhecimento ou reconhecida falta de isenção para noticiar um fato interesse público. É lamentável!

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