Pise, mas não estacione na grama da Praça
Nos idos da década de 70 ou 80, com os filhos ainda pequenos, costumávamos freqüentar as praças da cidade de Assis, onde então residíamos. Durante a primeira gestão do "Zeca Santilli", democrata autêntico, foi dada oportunidade a um jovem engenheiro, adotado como seu diretor de obras. Entre suas iniciativas, ficou marcada a inovação na utilização das praças - por certo, já buscando uma maior freqüência da população - como forma de democratizar o uso do espaço público. Ao invés das placas "não pise na grama", a novidade era a inscrição "pise na grama". Com isso, para contrariedade e tristeza dos zelosos e dedicados jardineiros, algumas praças - como era o caso do jardim defronte o Hospital Sorocabana - passaram a apresentar verdadeiras "trilhas", por onde os usuários cortavam caminho ou até mesmo a transformação do gramado em "campinho" de futebol improvisado. Dias atrás, em visita à Ourinhos no último Finados fui surpreendido com uma nova e inusitada utilização do gramado da Praça Mello Peixoto - à sombra de uma frondosa árvore, uma viatura da Polícia Militar jazia estacionada. Enquanto isso, duas policiais mantinham seu posto de trabalho guarnecido. Embora nada democrático, tampouco ecomendado - havia espaço no leito carroçável - por não se tratar de abrigo seguro para viatura oficial. Algum passarinho poderia macular as cores da corporação, além de clara infringência à legislação de trânsito - suponho que não se tratasse de uma situação de emergência. Apenas lamento não poder instruir com fotografia - a máquina estava no carro, regularmente estacionado na distante rua Altino Arantes, também à sombra de uma árvore.
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