Antes eram as fontes luminosas, agora são os portais
Já houve época em que o prefeito municipal se esmerava na construção de Fonte Luminosa na praça central - que se tornou sinônimo do mal emprego do dinheiro público, mas que serviu para o político populista marcar sua administração, perpetuando seu nome na placa inaugural. Na minha cidade, quando da reforma da Praça Mello Peixoto, o então prefeito José Maria Paschoalick não deixou por menos - substituiu o repousante tanque adornado pelos peixes vermelhos pela prometida Fonte Luminosa. Na noite da inauguração, foi possível observar as pessoas levando vidros para guardar a água colorida que a fonte espargia, respingando nos circunstantes mais afoitos. Em Platina, certo prefeito fechou a rua da igreja e a transformou em calçadão - quando indagado, apresentava duas justificativas: a primeira, alegava que o dinheiro não era suficiente para construir a Fonte Luminosa; a segunda, dizia estar facilitando a chegada das noivas por ocasião dos casamentos ali realizados. Agora, assistindo a corrida das cidades, a maioria ávidas em obter o seu portal - nem sempre de bom gosto, marcando o início do seu perímetro urbano. Em Santa Cruz do Rio Pardo, por exemplo, o portal é bem significativo por exibir a forma de uma cruz - podemos observá-lo da rodovia Orlando Quagliato, mas consta que o projeto foi mal elaborado e precisou ser refeito por não permitir a passagem de veículos com maior porte. Pelo visto, a cidade de Assis - que já teve sua Fonte Luminosa na Praça do Hospital Sorocabana - brevemente também contará com seu portal, caso seja viabilizada a iniciativa do diligente vereador João Rosa Filho, o "Timba". Restando apenas a expectativa sobre o seu formato - *como a obviedade tem prevalecido, em Palmital surgiu a figura da palmeira, em Assis talvez não dispensem o uso do "S", que adorna triplamente o nome da cidade.
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