segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Ouvidor - não é assinalador criminal

Parece-me equivocada a postura do Ouvidor da Polícia - Antônio Funari Filho. Comparar o número de mortos pela polícia paulista, mês-a-mês, não é sua atribuição primordial. Poderia até tomar os números com ferramenta de seu trabalho - agora, ter como parâmetro para sua atuação, números maiores ou menores, demonstra apenas hesitação no seu mister. Cabe lembrar que os agentes policiais não devem agir para matar, mas prioritariamente prevenir o crime e, no caso de insucesso, reprimir - prendendo o criminoso. Enquanto ao ouvidor, fica reservado o dever de observar, examinar e avaliar cada episódio - sugerindo as medidas cabíveis, sempre no intuito de restabelecer o princípio da não letalidade durante a ação policial. Por fim, não se deve abandonar o conceito que a atividade policial é de risco - inclusive consta do seu juramento, oferecer a vida em defesa da sociedade - o oposto, seria aceitar essas mortes como normais e inevitáveis.

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