sábado, 15 de setembro de 2007

A hora e a vez da tiragem!

Até algum tempo atrás, no âmbito da Polícia Civil, prevaleciam os escrivães na ascensão profissional. Suponho que José Kfouri Filho foi o primeiro Delegado-Geral oriundo do escrivanato. Agora, com a posse de Maurício José Freire, vemos repetir na chefia da Polícia Civil outro ex-investigador de polícia. Antes foi o Marco Antônio Desgualdo, oriundo da antiga Delegacia de Homicídio. Freire começou no antigo DEOPS e foi especializar-se no EUA. Isso revela que os investigadores alcançaram outro patamar de conhecimento e cultura, abandonando o aspecto rude - geralmente, pecando pela apresentação - que marcava a laboriosa série de classe. Certamente haverá cantilena da intelectualidade sobre a sua origem profissional, mas Maurício Freire saberá administrar eventuais questionamentos e levará a bom termo sua administração - quiçá obtendo do governo a almejada atualização salarial.

Um comentário:

Anônimo disse...

É sempre bom ver os colegas chegando a blogsfera. Quanto a mudança do foco da PC, isso é reflexo do desenvolvimento natural. Afinal, somente agora estão entendendo que a natureza primordial da polícia judiciária é investigar, e quem realmente faz isso são os investigadores. Mas infelizmente, o investigador para crescer profissionalmente, tem que ser delegado. O que você entende por um investigador de sucesso? O tira que tem um bico rentável e não precisa se preocupar com o salário?
O cara que é chefe de uma delegacia em algum departamento? Mas ele teria este cargo se dependesse exclusivamente de seu mérito, e deixasse de lado a influência política para ascender?

Os majuras dizem que os tiras não podem ter status de autoridade, porque seria o gato gato comendo cachorro. Afinal, dizem eles, "já viram um oficial de justiça querer julgar?". Isso é coisa de gente que não sabe para que serve a PC.Coisa de delegado que quer a todo custo manter o status e "amigo do rei" que possuíam a quarenta anos atrás.
O específico da PC é investigadar, e quem faz isos é o tira. O delegado só assina o papel, olha o resultado das diligências, e recebe o resultado do recolha no final de tudo.

Continue na luta. Quanto mais policiais falarem, mais pessoas nos ouvirão.

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